sexta-feira, setembro 01, 2006

BREVES


1. Vi há tempos (último fim-de-semana de Julho) na capa duma daquelas revistas de tios e tias, em cujo nome não reparei, um SOS lancinante:

Alexandra Lencastre

decepcionada com

a sua última relação

e sem amor à vista

CADA VEZ

MAIS SÓ!”

(e o título era acompanhado do retrato da “piquena”)

É uma dor d’alma!

Eu, que sou um sentimental e um puro, fico logo com a lagrimazita ao canto do olho. Fico perfeitamente angustiado. É um aperto que não consigo respirar.

Não haverá, por aí, alguém disponível e liberto de compromissos ou disposto a consolar a nossa estrela, qual Sol abrasador e reconfortante?

Admite-se, lá, que a pobre sofra como sofre sem que ninguém se apiede dela?

Não acredito.

Serão os tios e as tias assim tão empedernidos?

Posso lá acreditar que não se levante, de imediato, um movimento de solidariedade que acuda à pobre Xandinha!

Vá! Vocês os que podem: não a deixem sofrer mais, tadinha!

Não sejam mauzinhos!

2. O presidente do governo regional da Madeira, e presidente local do partido (PSD), não tem mais degraus para descer em matéria de nível de educação e maneiras.

Uma antologia dos seus discursos, das suas declarações e das suas intervenções revela verdadeiras preciosidades da sua linguagem de baixíssimo estofo: o seu glamour é a bazófia provinciana e rude, o insulto baixo e reles, no mínimo o dichote num calão despropositado, quando não mesmo – e com mais frequência do que se julga – a carroceirada ignóbil, a mácriação mais abjecta.

Com tal espécie de guru, o PSD-Madeira não pode, nunca, tornar-se credível e respeitado.

A não ser por alguns que lhe devam o pão e a subsistência... Ou por mor d’outros favores, igualmente à custa do erário público, inclusive à nossa custa, os do contenente...

O sujeito, na sua boçalidade e petulância, deve ter migrado da selva profunda do continente que lhe fica próximo e de fronte, da família dos Colubus badius temmincki ou outra, onde espinoteava e saltava de galho em galho, de árvore em árvore, directamente para a êlha!

Só pode ter sido!

Vejam-se algumas pérolas do seu rico vocabulário:

«Todos se recordarão de um carnaval em que ele, em cuecas, insultou publicamente a Assembleia da República ("que se f...")», (editorial de Nuno Pacheco de QA 26JUL06 no Público)

Da tourada e do desvario do Chão da Lagoa, não participa Marques Mendes, declarado persona non grata na sua anterior edição «pela censura às declarações xenófobas de Jardim contar os chineses e contra os jornalistas "filhos da puta" e "bastardos"» como se pôde ler no DN de 05.06.05...

Curiosamente, Ramos (creio que o pai), achou por bem prevenir: “a festa é dos madeirenses e a atracção (sic! Sem aspas) não é o presidente do partido, mas o PSD-Madeira” (referindo-se, ao que se presume, ao presidente regional do partido, uma vez ser dado adquirido que Marques Mendes não participaria do regabofe).

Costuma dizer-se que cada povo tem o governo que merece. Mas eu continuo a acreditar que a Madeira e os madeirenses não merecem o castigo que lhes coube.

3. Voltando à guerra do Líbano. E à carnificina de Qana...

Os serviços israelitas apressaram-se a rectificar: afinal, as vítimas mortais do ataque isrelita a Qana, não terão sido 52, entre elas 37 crianças, mas sim 28, das quais 16 crianças...

Ou seja – pretende-se que se infira – tudo está bem, tudo é compreensível e aceitável, não há que considerar qualquer “erro” ou o “crime de guerra”, ou “efeito colateral”.

52 mortos? Entre eles 37 crianças?

Claro que havia lugar para censuras e incriminações.

Mas SÓ 28 mortos, e apenas 16 criancinhas?

Vá! Não sejam exagerados. Não se passa nada de grave...

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