quinta-feira, novembro 17, 2005

BLOCO DE NOTAS: O INCRÍVEL INIMIGO PÚBLICO

Durante estes meses tomei alguns apontamentos no meu bloco.
Vou repescando alguns deles. Como o de hoje.

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Com o Inimigo Público já sabemos como é: “se não aconteceu, podia ter acontecido”.

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Recordo a edição de SX 07OUT05.

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“Inquérito” de rua de Susana Romana (a propósito das recentes autárquicas, e nas suas vésperas). Respostas:

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Leopoldo Pires, 104 anos, figurante no SIC 10 Horas:
“Gostei muito que aquele jovem bochechudo tenha voltado para se candidatar à Câmara Municipal de Portugal, ou lá como é que aquilo se chama”.

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Miguel El Matador, presidiário:
“Gostei de saber que depois de me pirar daqui da prisão tenho um futuro próspero na vida autárquica. Até me tinha candidatado já este ano, mas a colher que nos dão com o pudim flan é muito pequena e não fiz o túnel a tempo”.

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Coisa pública, por Marcos Pombal

Os 4 e o bom povo

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Anda tudo preocupadito. Amofinadito. E se neste domingo os venerandos eleitores isaltinam? Felgueiram? Avelinam? Majoram? Grande escandaleira. Lá se vai a crença no povo. No bom povo.

O povo dos cravos nas metralhadoras. O povo em cuja pessoa a nossa augusta soberania reside.

É. Que acontece se a maltósia deita os seus papeluchos nos renegados? Nos proscritos pelos editorialistas? Nos autarcas que gamam mas rotundam? Nos mafiosos? Como é que vamos acordar segunda-feira? Como é que nos vamos olhar ao espelho?

Lérias. Vamos acordar como sempre. Upa da cama, mijinha e bica escaldada.

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Segunda-feira não muda nada. O povo vai decidir como quiser. E sabemos como vai decidir.

Meus amigos: é o mesmo povo que vê a TVI. O povo que compra o "24 Horas". O povo que lê a Margarida e idolatra o Castelo Branco. É o povo que temos. Nós não somos a Academia de Atenas. Nós somos Agualva-Cacém. (E eu, esta semana, sou o Vasco Pulido Valente).

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Consultório

Perguntem ao Pacheco

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- Quando em campanha eleitoral, dá-se um beijinho ou dois?
M. M. Carrilho, leitor devidamente identificado.

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RESPOSTA - Entre a alta sociedade portuguesa, é de mau tom dar-se dois beijos, mas é uma atitude que se pode considerar provinciana. Isabel II de Inglaterra dá dois beijos, e o leitor não é menos do que a Rainha de Inglaterra. Aproveite.

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Pacheco

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(...)

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- O sr. Alberto João Jardim, abusando como é seu hábito da enorme tolerância que as autoridades têm demonstrado para com as suas manifestações primitivas, ameaçou dar pontapés no coelho.
' Isto poderá não passar de uma simples bravata, mas como evitar que se concretize esta crueldade?
J. Coelho, Largo do Rato

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RESPOSTA - Infelizmente, essas atitudes bárbaras ainda são muito comuns entre certos sectores da população rural, para quem os animais não têm quaisquer direitos. Todos os animais gozam de protecção legal e têm direito a não serem sujeitos a maus-tratos e tratamento desumano. Se esse senhor o agredir a pontapé, dirija-se a uma esquadra de polícia ou apresente queixa na Liga dos Amigos dos Animais, Associação O Animal, etc.

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Pacheco

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