Não sei se haverá algum jornalista, comentador ou analista do “Contenente” que tenha poupado A. J. Jardim.
Salvo, obviamente, Luís Delgado.
A esse, ao cronista-mor da dinastia dos Jardim-Santana-Valentim-Isaltino, ainda não ouvi uma palavra de azedo descontentamento, de séria reprovação, de estampada discórdia.
Desta vez é o Editorial, de hoje, do Público, pela pena do seu director, José Manuel Fernandes. E não se poupa a “mimos”, não se compadece com a criatura, utilizando o verbo adequado, a palavra certeira, o adjectivo apropriado.
«Valerá a pena comentar os dislates de Alberto João Jardim? Não será isso ir exactamente ao encontro do que pretende o soba do Funchal, isto é, propaganda? Depois de tudo o que ao longo dos anos bolsou, sóbrio ou etilizado, mascarado ou engravatado, Jardim nem surpreende. Nem se calhar chega a chocar, pois o hábito enjoa e o homenzinho tornou-se tão insignificante e exótico que já só pelo superlativo da provocação chama a atenção».
Pouco depois acrescenta ainda:
«Demagogo nato, o passo agora dado - que deve ser lido como um estímulo aos instintos mais básicos que levam ao racismo e à xenofobia - mereceu condenação geral, desta vez com a excepção, lamentável, do CDS (que disse "compreender as preocupações de Jardim") (…) e a novidade da condenação da direcção do PSD».
Na realidade, já chega de bojardas. A histriónica criatura devia deixarnos em paz.
Na sua visão tribalista da política, o “soba” devia reservar as suas energias para a sua clientela, que dele directa ou indirectamente depende. E que não são tão poucos como isso!
Não vale a pena desperdiçar mais palavras com tal rês. Com tão apoucada criatura.
Mas já agora recordo o que, recentemente, há cerca de um mês, escrevia nestas páginas. Aqui.
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