MEMÓRIA DO TEMPO QUE PASSA

2005/2015 - Década das Nações Unidas para o Desenvolvimento Sustentável.

2005 - Ano Internacional do Microcrédito. Ano Internacional da Física (aprovado pela UNESCO)

Dia Nacional da Polónia.

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Foi há 527 anos (1478), numa QA: nasce em Bruges o rei de Espanha Felipe I. Em Portugal reinava D. Afonso V (12º). Pontificava Sisto IV (212º).

Filipe I, o Formoso, foi rei de Espanha de 1504 a 1506, e arquiduque de Áustria. Filho de Maximiliano, rei dos Romanos e depois imperador da Alemanha, e de Maria de Borgonha, filha de Carlos o Temerário, a sua história é, por assim dizer, a do advento da Casa de Áustria ao trono da Espanha. Abriram-lhe o caminho para este trono o seu casamento com a segunda filha de Fernando e Isabel, D. Joana. É que, entretanto, dera-se a morte do herdeiro presuntivo do trono de Espanha, D. João, a do novo herdeiro presuntivo, o filho da princesa castelhana D. Isabel e do rei de Portugal D. Manuel (o infantezinho D Miguel), e a morte, enfim, de D. Isabel, rainha de Portugal e filha primogénita dos reis católicos. Os impasses foram-se sucedendo, até que a morte dos últimos presumidos herdeiros, de D. Miguel, com meses de idade, e logo depois sua mãe D. Isabel, fez com que ficassem assim desfeitas todas as dúvidas. Quando morreu Isabel a Católica, D. Joana, mulher de Filipe o Formoso, foi proclamada rainha de Castela, acto sancionado nas cortes de Toro. D. Fernando, seu pai, renunciou ao título de rei de Castela e tomou o de regente ou governador. Filipe, sob o pretexto de que a sua presença era necessária em Flandres, ausentou-se de Espanha, deixando a mulher, «Joana a louca» grávida. (Joana, diz-se “a louca”, por ter apanhado em flagrante adultério o marido Filipe). Elevado Filipe ao trono de Espanha, pouco tempo durou a sua realeza. Tendo chegado à Corunha em Abril de 1506, havendo distribuído sinecuras e prebendas aos seus conselheiros flamengos, apanhou um resfriamento em Burgos, estando de visita a D. João Manuel, depois de jogar a pela, e morreu com febre a 25.11.1506. Deixou os seguintes filhos:

Carlos, que foi o célebre Carlos Quinto de Alemanha e Carlos I de Espanha; Fernando, que foi imperador da Alemanha depois da abdicação daquele; Leonor, que foi rainha de Portugal (3ª mulher de D. Manuel) e depois rainha de França, por ter passado a segundas núpcias com o rei Francisco I; Isabel, que foi rainha da Dinamarca; Maria, que foi soberana da Hungria; e Catarina, que casou com o nosso D. João III e foi por esse casamento rainha de Portugal e regente durante a menoridade de D. Sebastião.

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Foi há 89 anos (1916), num SB: constitui-se em Tancos, sob o comando do general Norton de Matos, o Corpo Expedicionário Português, constituído por 30 000 homens. Decorria o mandato presidencial do Dr Bernardino Machado. Pontificava Bento XV (258º).

Tinha-se em vista a II Grande Guerra, que estava já em curso.

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Aconteceu há 59 anos (1946), foi numa SG: a revista americana Time publica, no seu número de JUL, um artigo crítico sobre a situação portuguesa, a natureza do regime e a personalidade de Salazar. Consequência: o jornalista é expulso do País, o número da revista é retirado do mercado e é proibida a venda da revista, em Portugal, durante seis anos. Claro que decorria o consulado do vitalício PR Carmona. Pio XII (260º) era o soberano pontífice da igreja romana.

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Na mesma data nasceu, em Avignon, sul da França, Mireille Matthieu, actriz e cantora.

Mireille Mathieu é filha de um operário, Roger e da dona-de-casa Marcelle, que enfrentaram grandes dificuldades económicas para criar seus catorze filhos.

Roger, seu pai, alimentava o sonho de poder cantar, visto que possuía uma bela voz de tenor. Neste ambiente, Mireille cresceu e herdou o talento musical do pai.

Grande admiradora de Edith Piaf, Mireille cantou em público pela primeira vez aos quatro anos. Porém, para se tornar uma grande estrela internacional, não bastava apresentar-se para a família e os amigos, que a apelidaram “ la vie en rose “, por motivos óbvios.

Seu primeiro disco, em 48 rotações, vendeu mais de um milhão de cópias, com as músicas mon credo, c’est ton nom, qu’elle est belle e le funambule.

Com uma ascensão meteórica em sua carreira, Mireille participa de programas de televisão nos Estados Unidos e apresenta-se no Olympia, em 1967.

Menina-prodígio, uma revelação da música francesa, seria a sucessora de Edith Piaf, imagem que ela gradativamente foi eliminando, ao adquirir personalidade própria.

É muito longa a sua discografia. De que destaco: À coeur perdu (em directo do Olympia 1967); Acropolis adieu (1971) com actuação em directo em Byblos, Líbano, e em Tóquio, no Japão, no mesmo ano, e, também em directo, em Montreal, em 1977, e ainda na versão inglesa, Goodbye My Love, em 1974, igualmente em directo e nessa versão, e nesse ano, em Tóquio, por fim com duas versões em espanhol, Acropolis adios, uma em 1974, outra em 1981; C’est si bon (1985), que se repetiu em directo em Moscovo, em 1987; La dernière valse (The Last Waltz) (1967), com actuação em directo no Olympia, no mesmo ano, e outra actuação em directo em Byblos, em 1974, e uma última em Tóquio, no mesmo ano; Une femme amoureuse (Woman In Love) (1980), com uma actuação em directo em Moscovo, em 1987; Folle, folle, follement heureuse (1974), com actuação em directo em Tóquio no mesmo ano; J’ai envie de chanter (1977) e Le thème du grillon (version française de “Tema de Cri-Cri) (avec Placido DOMINGO et EMMANUEL) (1985).

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E ainda na mesma data é fundada a Organização Mundial de Saúde.
Organização Mundial de Saúde (OMS) é uma agência das Nações Unidas fundada para evitar a propagação das doenças e promover a sua erradicação. Em 1991, tinha 4500 empregados e um orçamento de 843 milhões de libras. A sua sede é em Genebra, na Suíça. A Assembleia reúne-se em Maio de cada ano e é presidida pelas delegações de todos os Estados-Membros. Têm como principais tarefas aprovar o orçamento e decidir as principais políticas.

Os maiores problemas de saúde em países desenvolvidos e em vias de desenvolvimento estão relacionados com o comportamento individual, como o tabaco, uso de drogas, hábitos dietéticos, práticas sexuais pouco seguras e violência.

A OMS propõe igualmente convenções, acordos, regulamentos e faz recomendações acerca da nomenclatura internacional de doenças e causas de morte. Desenvolve, estabelece e promove padrões internacionais relativamente a alimentos e substâncias biológicas e farmacêuticas.

Desde a sua criação a OMS alcançou grandes resultados, contribuindo para um mundo mais saudável.

A erradicação mundial da varíola foi o maior êxito nos primeiros 50 anos da OMS.

A luta contra as doenças infecciosas é uma das prioridades da OMS. Milhões de crianças têm sido salvas anualmente da morte e da invalidez, em parte devido aos programas de imunização mundial.

Actualmente, oito em dez crianças no mundo estão vacinadas contra as seis maiores doenças infantis, facto que tem levado à redução da mortalidade infantil.

(CONTINUA)