sexta-feira, julho 08, 2005

MEMÓRIA DO TEMPO QUE PASSA

2005/2015 - Década das Nações Unidas para o Desenvolvimento Sustentável.
2005 - Ano Internacional do Microcrédito. Ano Internacional da Física (aprovado pela UNESCO)
Feriado Municipal de Chaves.
Dia da Marinha.

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Foi há 508 anos (1497), era um SB: a armada de Vasco da Gama parte de Belém, em Lisboa, para a sua viagem de descoberta do caminho marítimo para a Índia. Reinava D. Manuel (14º). Pontificava Alexandre VI (214º), o célebre Rodrigo Bórgia.

Vasco da Gama (1468-1524), responsável pela descoberta do caminho marítimo para a Índia, em jovem ainda tentou uma carreira eclesiástica, chegando a receber a tonsura clerical em 1480. Respeitado como navegador experiente, e encarregado por D. João II de várias missões no mar, foi o homem escolhido por D. Manuel I para comandar a armada que viria a estabelecer o caminho marítimo para a Índia. A possibilidade de seguir esta rota marítima tinha já sido antevista, após Bartolomeu Dias, na sua viagem de 1486, ter ultrapassado o cabo da Boa Esperança.

A expedição de Vasco da Gama foi então cuidadosamente preparada e, no dia 8 de Julho de 1497, partiu do Restelo, composta por um navio de transporte (que deveria ser destruído no caminho), a caravela Bérrio e as naus São Gabriel e São Rafael, ambas construídas expressamente para esta viagem. Vasco da Gama seguiu na expedição comandando a nau São Gabriel, enquanto o seu irmão mais velho, Paulo da Gama, comandava a nau São Rafael. A tripulação era constituída por cerca de 170 homens, dos quais apenas um terço regressaria a Portugal.

Vasco da Gama acumulava funções de capitão-mor da expedição e funções diplomáticas: era portador de cartas de D. Manuel I para o samorim (título aí utilizado pelo respectivo rei) de Calecute, com quem o monarca pretendia estabelecer as primeiras relações na Índia.

Aí chegado em Maio de 1498, Vasco da Gama não pôde, porém, levar a cabo as suas missões, já que os mercadores muçulmanos lhe levantaram diversos obstáculos, impedindo o estabelecimento de relações diplomáticas e comerciais estáveis. Não possuindo meios militares para se impor, o navegador iniciou, nesse mesmo ano, uma atribulada viagem de regresso, que resultou na perda de grande parte da tripulação (devido ao escorbuto) e da nau São Rafael. O seu próprio irmão, doente, morreu ao chegarem à ilha Terceira, em Julho de 1499.

Só em finais de Agosto de 1499 desembarcou em Lisboa, tendo sido recebido por D. Manuel I com vários privilégios e mercês honoríficas pelos serviços prestados ao reino.

Partiu novamente para a Índia em 1502, acompanhado por uma armada de 15 naus e com o objectivo de assegurar o domínio definitivo das águas do Malabar. Tornou tributário o rei de Quíloa, castigou o rei de Calecute, pelos entraves antes colocados por este, assinou alianças com os reis de Cochim e Cananor, conseguindo, antes do seu regresso, em 1504, assegurar o domínio isolado dos portugueses no oceano Índico.

Novos privilégios o aguardavam à sua chegada a Lisboa. D. Manuel I tornou-o conde da Vidigueira e D. João III nomeou-o vice-rei da Índia, com amplos poderes sobre aquele território. A sua última viagem para a Índia teve início nos princípios de 1524, com o objectivo de pôr cobro às desordens que comprometiam a presença portuguesa. Acabou por morrer no dia 25 de Dezembro de 1524, em Cochim, vítima de uma grave doença. O seu corpo, inicialmente sepultado na capela-mor desta localidade, foi mais tarde trasladado para a Vidigueira.

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Completam-se hoje 384 anos (1621), era uma QI: nasceu, em Château-Thierry, Jean de la Fontaine, escritor francês. Em Portugal reinava Filipe III (20º). Já pontificava, desde recentemente, Gregório XV (234º).
La Fontaine (1621-1695), a partir de 1656, viveu basicamente em Paris. Foi amigo dos dramaturgos Molière e Racine. Entre as suas obras incluem-se Fábulas (1668-94) e Contos (1665-74), um conjunto de contos espirituosos e obscenos em verso. O material que serviu de base às suas famosas Fábulas não foi inventado pelo poeta, mas sim retirado de Esopo. No entanto, La Fontaine enriqueceu imenso estas fábulas simples e deu-lhes uma importante dimensão didáctica. Apreciadas a diferentes níveis, continuam ainda a fazer parte, desde a infância até à idade adulta, da cultura de importantes homens de letras como André Gide ou Paul Valéry que, em pleno século XX, fizeram renascer a boa reputação de La Fontaine. O autor conhecia bem os clássicos da Antiguidade como Homero, Platão, Plutarco, Virgílio, Horácio e Ovídio. Os seus escritores italianos preferidos eram Boccaccio, Machiaveli, Ariosto e Tasso. A escrita de La Fontaine foi profundamente influenciada por inúmeros escritores franceses dos séculos XVI e XVII.

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Aconteceu há 382 anos (1623), que foi num SB: morre Gregório XV (234º). Sucede-lhe Urbano VIII, eleito em 06.08. Em Portugal decorria o reinado de Filipe III (20º).

Gregório XV, que o mundo conhecera como Alessandro Ludovici, foi papa de 1621 a 1623 (quase 2 anos e meio). Deve-se-lhe o sistema de voto secreto nas eleições dos papas. Foi ele que canonizou Sto Inácio de Loiola, S. Francisco Xavier, S. Filipe de Neri e Sta Teresa de Ávila.

Em 28.01.1621 morreu Paulo V (233º). Aos 09.02 é eleito Gregório XV (234º).

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Foi há 296 anos (1709), era uma SG: terminou o império sueco, com a derrota das tropas suecas de Carlos XII, pelas de Pedro, o Grande.

Em Portugal reinava D. João V (24º). Decorria o pontificado de Clemente XI (243º).
Carlos XII viveu entre
1748 e 1818.

Filho do rei sueco Afonso Frederico foi nomeado regente depois da morte do seu irmão Gustavo III (1792) e durante a menoridade do sobrinho Gustavo IV. Em 1809 tornou-se rei da Suécia depois de Gustavo IV ser deposto por uma revolta. O seu reinado pautou-se sobretudo pela assinatura da paz com a Rússia, através da qual cede a Finlândia, e com a França. Conquistou a Noruega, anexando-a aos seus territórios, altura em que foi eleito rei da Noruega (1814). Escolheu para seu sucessor o general francês Bernadotte.

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Completam-se hoje 183 anos (1822), era uma SG: morreu Percy Bysshe Shelley, poeta inglês. Em Portugal reinava D. João VI (27º). Pontificava Pio VII (251º).
O poeta lírico inglês, Shelley, viveu de 1792 a 1822 e foi a principal figura do movimento romântico. Expulso da Universidade de Oxford pelas suas atitudes ateístas, lutou durante toda a sua vida contra a religião e pela liberdade política. Este facto reflecte-se nos primeiros poemas de sua autoria, como Queen Mab (1813), um poema que tinha como tema a liberdade política.

Nascido perto de Horsham, no Sussex, foi educado na escola de Eton e no University College, em Oxford, de onde foi expulso por ter colaborado na elaboração de um panfleto: The Necessity of Atheism (1811).

Em 1818, altura em que vivia em Itália, Shelley concebeu a tragédia The Cenci, a sátira sobre Wordsworth, Peter Bell the Third (1819) e o drama lírico Prometheus Unbound.

Em Julho de 1822, Shelley afogou-se quando o seu barco, que navegava perto de Viareggio, se afundou.

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Foi há 173 anos (1832), era um DM: em Portugal, as tropas liberais desembarcam na praia do Mindelo. Reinava D. Miguel (29º). Pontificava Gregório XVI (254º).

Trata-se de um dos episódios das guerras liberais do sec. XIX, já várias vezes abordadas.

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Foi há 169 anos (1836), era uma SX: nasceu Joseph Chamberlain, estadista britânico. Em Portugal já reinava D. Maria II (30º). No vaticano prosseguia o pontificado de Gregório XVI (254º).
Chamberlain
(1836-1914), político britânico e reformista, a partir de 1874 dedicou-se integralmente à política, adoptando pontos de vista radicais e participando activamente nos assuntos locais. Em 1876 foi eleito para o parlamento e associou-se ao grupo republicano liderado por Charles Dilke, o mais esquerdista dos membros do partido liberal. O ponto alto do seu período radical foi alcançado com o programa onde defendia, entre outras coisas, educação gratuita, impostos proporcionais e minifúndios com «três acres de terra e uma vaca», o que viria a ser reprovado. Em 1886 demitiu-se do governo devido à política de Gladstone para a Irlanda, tendo liderado a revolta dos unionistas liberais. Como secretário de estado para as colónias no governo conservador de Salisbury, Chamberlain foi responsável pelas relações com os boers até ao início da guerra, em 1899.

Em 1906 ficou incapacitado devido a um problema grave de saúde. Chamberlain foi uma das mais vivazes figuras da política britânica, e o seu monóculo e orquídea tornaram-no um dos favoritos dos cartoonistas políticos.

Teve um continuador na carreira política, mas que enveredou por outros caminhos: Joseph Austen Chamberlain

(1863-1937), político conservador britânico, filho mais velho de Joseph Chamberlain.

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Completam-se hoje 166 anos (1839), era uma SG: nasceu John D. Rockefeller, milionário norte-americano. Em Portugal prosseguia o reinado de D. Maria II. Continuava o pontificado de Gregório XVI.
John Davison Rockefeller (1839-1937), aliás, foi o primeiro bilionário americano. Fundou a Standard Oil em 1870. Em 1882, detinha o controlo de 90% das refinarias norte-americanas. No ano de 1913 fundou a filantrópica instituição denominada Fundação Rockefeller, bem no centro de Nova Iorque, à qual o seu filho John Davison Rockefeller Jr. (1874-1960) dedicou toda a sua vida.

As actividades exercidas pela Standard Oil Trust desencadearam o tumulto em desfavor dos monopólios e, em 1890, contra a passagem da antimonopolista Lei Sherman. O monopólio foi dissolvido em 1892 e só em 1899 foi reorganizado como companhia por acções. Em 1911, o Supremo Tribunal inviabilizou a companhia.

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Completam-se hoje 165 anos (1840), era uma QA: nasceu o jurista e político Manuel de Arriaga. Ainda reinava D. Maria II. E ainda pontificava Gregório XVI (254º).
Manuel de Arriaga Brum da Silveira (1840-1917) nasceu na Horta, Açores. Foi presidente da República Portuguesa entre 1911 e 1915

Licenciado em Direito pela Universidade de Coimbra (1865), exerceu advocacia em Lisboa e foi professor de inglês no ensino liceal. Foi deputado a partir de 1882, e propagou os seus ideais republicanos, tendo contribuído para o advento da República. Foi preso em 1890, durante uma manifestação, e fazia parte do directório republicano quando se deu a revolta de 31 de Janeiro de 1891.

Após a revolução de 1910, foi eleito presidente da República portuguesa, tendo-se tornado o seu primeiro presidente constitucional. Renunciou em 1915, em consequência de um movimento revoltoso que se opunha à ditadura de Pimenta de Castro, consentida pelo presidente. Presidiu ao país num período conturbado, sofrendo as dificuldades de conciliar partidos e ideais opostos.

Foi ainda autor de contos e poemas reveladores de um pendor romântico e publicou volumes de textos políticos e discursos: O Partido Republicano e o Congresso e A Irresponsabilidade do Poder Executivo no Regime Monárquico Liberal, entre outros.

Em Setembro de 2004, os seus restos mortais foram trasladados para o Panteão Nacional.

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Completam-se hoje 116 anos (1889), era uma SG: nasceu, em Lisboa, Damião Peres, professor universitário e historiador. Reinava D. Luís (32º). Pontificava Leão XIII (256º).

Damião Peres formou-se em letras, foi professor da Universidade do Porto e depois da Faculdade de Letras de Coimbra. Dedicou ao ensino quase quatro décadas da sua vida.

Dirigiu uma célebre História de Portugal (chamada de Barcelos, editada entre 1928 e 1937) em colaboração com E. Cerdeira. Para além de importantes trabalhos de conjunto sobre a formação de Portugal e os descobrimentos, foi um grande erudito e etnógrafo. Fundou a Revista de Estudos Históricos e organizou as colecções de numismática do Museu Nacional do Porto e da Casa da Moeda de Lisboa. Entre as obras publicadas encontram-se História dos Descobrimentos (1943) e História dos mais Belos Castelos de Portugal (1970).

Morreu em 1976.

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Foi há 93 anos (1912), era uma SG: em Portugal, a cidade de Chaves resiste ao cerco das forças monárquicas vindas de Espanha que pretendem restaurar a monarquia, abolida em 5 de Outubro de 1910. Decorria o mandato presidencial do Dr Manuel de Arriaga. Pontificava Pio X (257º).
Chaves foi fundada pelo imperador romano Flávio Vespasiano, em 78 a.C. com o nome de Aquae Flaviae. Foi conquistada aos mouros por D. Afonso III de Leão e fazia parte do Condado Portucalense, entregue ao conde D. Henrique.

Chaves foi palco de alguns importantes acontecimentos na nossa história.

Já antes deste que hoje se comemora, em 1837, foi ali assinada a convenção de Chaves, que pôs termo à chamada «revolta dos marechais»: Saldanha depois de ser, episodicamente, ministro da guerra e chefe de governo, liderou em 1837, com o duque da Terceira, uma revolta contra a governação setembrista (revolta dos marechais). Derrotado, viu-se obrigado a citada convenção.

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Faz hoje 80 anos (1925), foi numa QA: nasceu, em Santarém, Joaquim Veríssimo Serrão, professor universitário e ensaísta português. Era PR Manuel Teixeira Gomes. Pontificava Pio XI (259º)

Professor universitário e historiador português natural de Santarém. Formado em ciências histórico-filosóficas (1948), seguiu, durante anos a carreira docente universitária e dirigiu o Centro Cultural Português da Fundação Gulbenkian em Paris (1967-1972).

Regressado a Portugal, voltou à cátedra.

Membro de várias instituições e associações históricas, recebeu os prémios Alexandre Herculano (1954) e D. João II (1965).

Entre as obras que publicou, contam-se Itinerários d'el-Rei D. Sebastião (1963-1964), O Rio de Janeiro no Século XVI (1965), A Historiografia Portuguesa, Doutrina e Crítica (1972-1974), História de Portugal (1977-1990), História das Universidades (1983) e Marcello Caetano, Confidências no Exílio (1985).

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Foi há 79 anos (1926), era QI: em Portugal, golpe de estado depõe o general Gomes da Costa do seu cargo de Presidente da República. Na chefia da Igreja estava Pio XI (259º).
Manuel de Oliveira Gomes da Costa (1863-1929) durante muitos anos dedicou-se à sua carreira militar.

Em 1921 iniciou a sua carreira política, candidatando-se pelo partido reformista. Pressionado para chefiar o movimento militar que se propunha terminar com a anarquia política vigente, em Maio de 1926 lançou, em Braga, o grito «Às armas, Portugal!». Assumiu a Presidência da República a 17 de Junho mas, vítima de vários jogos de poder, foi deposto a 9 de Julho. Em Outubro de 1926 foi promovido a marechal.

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Foi há 75 anos (1930), era uma TR: é aprovado o Acto Colonial, base programática e legal de uma política colonial essencialmente imperial e centralista. Carmona cumpria o seu 1º mandato por eleição. O governo da Igreja estava confiado ao papa Pio XI (259º).

A estrutura do edifício da ditadura ia-se compondo. Agora era o Acto Colonial, instrumento legal que, nas colónias, impunha uma política autoritária e centralista.

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Foi há 41 anos (1964), era uma QA: inauguração do aeroporto do Funchal. Era PR o almirante Américo Tomás. Decorria o pontificado de Paulo VI (262º).

Estas eram as oportunidades de Américo Tomás cumprir a mais “nobre” missão que lhe era atribuída: cortar a fita de uma inauguração.

Por vezes, em circunstâncias tais, oferecia-nos uma daqueles brilhantes improvisos a que nos habituara. Por mero esquecimento, estou seguro, a Academia não publicava tais discursos, mas eles eram, em grande parte, transcritos na secção “factos e documentos” da Seara Nova – como creio que já tive a oportunidade de recordar – para gáudio de todos nós, como verdadeiras pérolas do anedotário nacional.

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Foi há 38 anos (1967), era um SB: morreu Vivien Leigh, actriz inglesa. Em Portugal ainda era PR o almirante Américo Tomás. No Vaticano pontificava Paulo VI (262º).
Vivian Mary Hartley (1913-1967) era uma actriz inglesa de origem indiana. Estreou-se em 1934 como actriz de cinema e, no ano seguinte, actuou nos palcos de Londres e Nova Iorque. Artista de grandes capacidades dramáticas, tornou-se uma das maiores estrelas de Hollywood. Conquistou dois Óscares na categoria de melhor actriz pelos papéis de Scarlett O'Hara, nesse clássico que se intitulava Gone with the Wind/E Tudo o Vento Levou (1939), em que contracenou com Clark Gable, e de Blanche du Bois, em A Streetcar Named Desire/Um Eléctrico Chamado Desejo (1951). Foi casada com o actor inglês Laurence Olivier entre 1940 e 1960, tendo contracenado com o marido na peça Antony and Cleopatra (1951).

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Foi há 31 anos (1974), era uma SG: é criado o COPCON / Comando Operacional do Continente. Era PR Spínola. Paulo VI (262º) era o soberano pontífice.

Essa estrutura militar foi chefiada por Otelo Saraiva de Carvalho.

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Completam-se hoje 15 anos (1990), foi num DM: morre a actriz e empresária teatral Amélia Rey Colaço. Cumpria o seu 1º mandato o Dr Mário Soares. Já decorria o longo pontificado de João Paulo II (264º).

Amélia Rey Colaço, aliás, Amélia Schmidt Lafourcade Rey Colaço Robles Monteiro, nasceu num meio aristocrático (era filha do pianista e compositor Alexandre Rey Colaço, professor de música do rei D. Manuel, e de Alice Lafourcade Schmidt). Em 1920, casou com o actor Robles Monteiro, de quem teve uma filha, a actriz Mariana Rey Monteiro. Inicialmente destinada à carreira musical, o teatro tornou-se uma vocação irresistível para Amélia Rey Colaço, tendo começado por participar em pequenos recitais de poesia. Em 1917, estreou-se como actriz no Teatro da República (actual Teatro São Luís), na peça Marianela, de Pérez Galdós, obtendo um enorme sucesso. Em 1921, como protagonista de Zilda, de Alfredo Cortez, inaugurou, no Teatro de São Carlos, uma nova companhia teatral, a Companhia Rey Colaço/Robles Monteiro, que constituiu um símbolo do teatro português e cuja existência se manteve até 1974, altura em que foi suspensa.

A vida de Amélia Rey Colaço confunde-se com a história da companhia, pois ao longo dos 53 anos de duração da empresa (a maior parte dos quais como concessionária do Teatro Nacional D. Maria II), a actriz assumiu-se como a alma mater do teatro português. Inteligente e culta, conhecedora da literatura dramática portuguesa e estrangeira, apaixonada pelos grandes clássicos, interessada nas correntes dramatúrgicas contemporâneas, conseguiu, apesar da censura do Estado Novo, levar à cena nomes como Lorca, Harold Pinter e Eugène Ionesco. Empenhou-se na criação de um repertório nacional e na divulgação de textos arrojados para a época, sem nunca esquecer os novos autores portugueses (contribuiu para a afirmação de José Régio, Luís Francisco Rebelo, Bernardo Santareno e Miguel Franco). Chamou pintores prestigiados para colaborar consigo, como Raul Lino, Almada Negreiros e Eduardo Malta, e revelou novos actores como Raul de Carvalho, João Villaret, Eunice Muñoz, Carmen Dolores, Maria Barroso, João Perry, Rogério Paulo, Lurdes Norberto, Varela Silva e João Mota.

Como empresária, soube elevar a dignidade da actividade teatral e como encenadora, destacou-se pela atitude de pedagoga. (BU)

Foi uma Senhora, e um dos nomes grandes do teatro. Contam-se-lhe numerosos êxitos, entre eles As Árvores Morrem de Pé. “Foi sobretudo a sua versatilidade como actriz, a sua entrega, a sua generosidade e sua energia inesgotável que fizeram dela uma figura cimeira do teatro português até à sua retirada dos palcos em 1985, com a peça El-Rei Sebastião, de José Régio. Um dos seus últimos trabalhos foi na série de televisão Gente Fina É Outra Coisa (1982).”

Foi galardoada com diversos louvores e condecorações. Deixou publicado o livro Vinte anos no Teatro Nacional (1949). Colaborou com Vítor Pavão dos Santos, na fundação do Museu do Teatro. Morreu com 92 anos de idade.

Em 1998 (ano em que se comemorou o centenário do seu nascimento), a actriz foi objecto de uma grande homenagem no Teatro Nacional D. Maria II, onde tem desde então um busto, criado por Lagoa Henriques. (BU)

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Foi há 11 anos (1994), era uma SX: morreu Kim Sung II, chefe de Governo da Coreia do Norte desde 1948.

Durante seis séculos, o território correspondente à Coreia esteve sob protecção da China. Em 1592, os japoneses invadiram e conquistaram parte da Coreia. A disputa pelo território prolongou-se até ao século XX, entre o Japão, a URSS e a China. A República Democrática e Popular da Coreia foi formada a partir da delimitação da zona situada a norte do paralelo 38, ocupada pelas tropas soviéticas, após a rendição do Japão em 1945. A URSS instalou no poder um «Comité Executivo do Povo Coreano», onde entravam comunistas coreanos treinados pelos soviéticos, ainda antes de a Coreia do Norte ter sido proclamada uma República Popular, em 1948, sob a liderança do Partido dos Trabalhadores da Coreia, e com Kim Il Sung na presidência. As restantes forças soviéticas retiraram-se do país em 1949.

Em 1950, a Coreia do Norte invadiu em larga escala a Coreia do Sul, com o intuito de unificar a península coreana. Assim começou a Guerra da Coreia, que durou três anos e terminou num empate, após a intervenção de tropas das Nações Unidas apoiadas pelos EUA (que apoiava a Coreia do Sul) e de tropas da China (que apoiava a Coreia do Norte). A fronteira entre o norte e o sul, situada no paralelo 38, foi restabelecida pelo acordo de armistício celebrado em Julho de 1953, tendo sido criada uma zona tampão desmilitarizada e patrulhada pela ONU. A Coreia do Norte nunca aceitou este acordo, mantendo as suas intenções de reunificação

Internamente, os anos que se seguiram a 1948 foram sinónimo de desenvolvimento económico, segundo os moldes de planificação socialista.

O crescimento económico da Coreia do Norte ficou, contudo, muito aquém do observado na rica e mais populosa Coreia do Sul. No que diz respeito à política externa, a Coreia do Norte adoptou uma posição neutral no conflito sino-soviético, assinando um tratado de amizade e assistência mútua com a China em 1961, ao mesmo tempo que recebia ajuda económica e militar da URSS. A Coreia do Norte permaneceu em grande parte imune à onda de reformas pluralistas ou de socialismo de mercado que inundou os outros países comunistas a partir de 1987.

Durante a década de 80, a política da Coreia do Norte passou a ser dominada pela questão da sucessão, tendo Kim Il Sung procurado nomear o seu filho, Kim Jong Il, como o único herdeiro. Em 1992, Kim Jong Il substituiu o seu pai no cargo de comandante supremo das forças armadas. Todavia, houve alguns elementos do Partido dos Trabalhadores e das Forças Armadas que se opuseram aos propósitos de sucessão invocados por Kim.

O colapso do comunismo na URSS privou a Coreia do Norte de um considerável auxílio militar e económico, não tendo a China conseguido preencher a lacuna. A Coreia do Norte foi forçada a rever a sua estratégia de isolamento, procurando atrair ao seu país o investimento estrangeiro, sobretudo dos japoneses.

Quando Kim Il Sung morreu, sucedeu-lhe o seu filho, Kim Jong Il, no papel de líder nacional.

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