segunda-feira, julho 18, 2005

MEMÓRIA DO TEMPO QUE PASSA

2005/2015 - Década das Nações Unidas para o Desenvolvimento Sustentável.
2005 - Ano Internacional do Microcrédito. Ano Internacional da Física (aprovado pela UNESCO)
Dia Nacional de Espanha.
Dia Nacional dos Bombeiros.

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Consta que terá sido há 1941 anos (64), o que de acordo com o actual calendário terá sido numa QA: início do grande incêndio de Roma, que dura nove dias. Era Nero o imperador de Roma. Pontificava ainda S. Pedro, o 1º papa.

Reza a história que Nero se fascinou com o grande incêndio de Roma, e que se terá extasiado na sua contemplação enquanto tocava harpa. Atribuiu o incêndio, contudo, à acção dos cristãos, o que levou a uma sua feroz perseguição.

Nero foi o nome que escolheu Lucius Domitius Ahenobarbus (37-68 d.C.). Adoptado pelo imperador Cláudio, foi o seu sucessor, no ano de 54. Tirano e cru assassino, mandou matar, inclusive, a sua própria mãe e a própria mulher.

A partir de 65 sucediam-se os conluios, as revoltas e as conspirações. Suicidou-se em 68.

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Completam-se hoje 395 anos (1610), foi num DM: morreu Michelangelo Merisi da Caravaggio, pintor italiano. Em Portugal reinava Filipe II (19º). Pontificava Paulo V (233º).
Caravaggio foi o apelido adoptado (e o nome que utilizava) Michelangelo Merisi – que tem que ver com o local em que nasceu.

Michelangelo Merisi ou Michelangelo Merisi da Caravaggio nasceu em Itália, em San Giorgio, perto do Pozzo Bianco di Caravaggio, em 1573.

Estudou pintura, desde 1584, com Simone Peterzano, em Milão. Passou a viver em Roma em 1588. Recebeu a sua primeira grande encomenda em 1599, para a Capela Contarelli, na Igreja de São Luís dos Franceses, em Roma.

“Pintor de grande importância no contexto do maneirismo. Algumas das suas obras, pela sua sensualidade e dramatismo, são precursoras do barroco.”

Contam-se entre os seus quadros: O Repouso no Egipto (c. 1590, Galeria Doria, Roma); La Buena Dicha (1594, Museu do Louvre, Paris); A Decapitação de Holofernes (1595-1596, Colecção Coppi, Roma); Cabeça de Medusa (c. 1597, Galleria degli Uffizi, Florença); Vocação de São Mateus (Igreja de São Luís dos Franceses, Roma); Martírio de São Mateus (Igreja de São Luís dos Franceses, Roma); Conversão de São Paulo (Igreja de Santa Maria del Populo, Roma); Crucificação de São Pedro (c. 1601, Santa Maria del Populo, Roma); A Morte de Nossa Senhora (1605-1606, Museu do Louvre, Paris); Deposição de Cristo (Pinacoteca Vaticana, Roma); David com a Cabeça de Golias (Galeria Borghese, Roma); A Ceia em Casa de Emaús (Pinacoteca de Brera, Roma); A Adoração dos Pastores (Museu Nacional, Messina, Itália).

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Completam-se hoje 308 anos (1697), o que aconteceu numa QI: morre o escritor e grande orador Padre António Vieira. Reinava D. Pedro II (23º). Pontificava Inocêncio XII (242º).

O Padre António Vieira nasceu em Portugal, em 1608, e tinha apenas 6 anos quando emigrou com a família para o Brasil.

Frequentou o Colégio dos Jesuítas, na Baía, tendo ingressado na Companhia de Jesus em 1623. Ordenado sacerdote em 1635, já então proferira alguns sermões e se iniciara na catequização dos indígenas. Em 1641, viajou para Portugal, integrando a comitiva de reconhecimento e homenagem ao novo monarca, D. João IV.

Veio a conquistar a estima do rei, que o fez seu confessor, conselheiro e pregador da corte, e o encarregou de algumas embaixadas na Europa. Veio, assim, a ocupar um lugar de destaque na vida do país; a sua intervenção na política nacional através da actividade de pregador, que se saldara já por denúncias e críticas à injustiça e à corrupção de colonos e administradores no Brasil, prosseguiu então, com o estímulo do combate à coroa espanhola. Tal passaria, segundo Vieira, pela moderação da perseguição inquisitorial aos cristãos-novos, de forma a salvaguardar os capitais destes e a sua contribuição para a Guerra de Independência. Tal posição valeu-lhe alguns ódios e o rancor da Inquisição. A sua luta em prol dos direitos dos índios brasileiros originou também reacções por parte dos colonos: de regresso ao Brasil em 1652, Vieira foi portador de um decreto de libertação dos índios. Foi esta a sua fase de mais intensa acção evangélica. Com a morte de D. João IV, seu protector, e tendo deflagrado conflitos entre os colonos e os missionários, estes últimos foram expulsos do Maranhão. Vieira, entre outros, foi levado em 1661 como prisioneiro para Lisboa.

Data do ano seguinte o seu «sermão da Epifania», constituindo uma defesa dos missionários e um ataque aos colonos. Apoiante de D. Pedro [II], foi perseguido pelos partidários de D. Afonso VI. Entretanto, a Inquisição, acusando-o de heresia, instaurou-lhe um processo e prendeu-o, entre 1665 e 1667. As acusações dirigiam-se à crença messiânica e visionária de Vieira. Apoiado nas «Trovas» do Bandarra e nas Sagradas Escrituras, profetizava a ressurreição de D. João IV, a quem caberia a concretização do Quinto Império português, que coincidiria com o reino de Cristo na Terra — crença mítica descrita no texto «Esperanças de Portugal, Quinto Império do Mundo, primeira e segunda vida del-rei D. João IV». Entre 1669 e 1675 permaneceu em Roma e, de volta a Lisboa, iniciou a publicação dos seus Sermões, entre os quais se encontram os célebres Sermão de Santo António aos Peixes e o Sermão da Sexagésima. Regressou à Baía em 1581, tendo sido superior das missões do Brasil e Maranhão e, ainda, visitador do Brasil (1688).

A obra de António Vieira, de que é indissociável a sua intensa acção como homem público, compõe-se de cerca de 200 sermões, mais de 500 cartas e uma série de documentos vários — de política, diplomacia, profecia, religião...

Neles demonstra uma profunda capacidade de análise e denúncia dos vícios humanos, com grande realismo e inteligência implacável na sua acção moralista. Simultaneamente, Vieira foi o visionário do Quinto Império, o idealista utópico e profético de um messianismo em que se conjugavam as crenças sebastianistas tradicionais e as crenças messiânicas de origem judaica. Em ambos os casos, socorreu-se da sua extraordinária capacidade oratória, pela qual, num estilo claro, sedutor e simples, e segundo os preceitos escolásticos e retóricos da escola jesuíta, recorria a processos pseudo-lógicos de interpretação das escrituras, num discurso fortemente alegórico e metafórico, aplicando os sinais e passagens da Bíblia à realidade sua contemporânea. Os seus textos revelam um grande virtuosismo no domínio da língua e no domínio dos seus efeitos no auditório, expandindo cada motivo de forma dialética e envolvente, causando espanto pelas revelações e consequências do seu jogo de raciocínios, que por vezes se aproximam do maravilhoso. Exprimiu, de forma exemplar e viva, muitos dos princípios artísticos do barroco, o que levou, no iluminismo oitocentista, a um certo descrédito da sua figura.

Considerado frequentemente um dos paradigmas da prosa clássica portuguesa, foi o maior orador sacro da literatura do país e, simultaneamente, um dos maiores apologistas do messianismo nacional, que justificava todo o seu empenho na valorização e reforma da economia e na força política do país.

Os seus Sermões foram publicados entre 1679 e 1748. Conservam-se também as Cartas (1735), a História do Futuro Livro Ante-Primeiro (1718, obra do seu profetismo milenarista) e uma «Defesa Perante o Tribunal do Santo Ofício» (1957), para além de uma série de outros textos variados, entre os quais se encontram os célebres «Sermão de Santo António aos Peixes» e «Sermão da Sexagésima». (Transcrito da cit BU, da Texto Editores)

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Foi há 135 anos (1870), era uma SG: inicia-se o Concílio do Vaticano I. Em Portugal reinava D. Luís (32º). Em Roma pontificava Pio IX (255º).

Mastai-Ferretto, aliás Giovanni Maria Mastai Ferretto, pertencia a uma aristocrática família e seria o futuro Papa Pio IX. Eleito a 16.06.1846, o seu pontificado decorreu até 07.02.1878, data da sua morte, sucedendo-lhe Leão XIII.

Entre os mais importantes actos de Pio IX deve destacar-se a proclamação do dogma da Imaculada Conceição de Maria, pela bula Ineffabilis Deus, de 08.12.1854.

Por outro lado, “Pio IX queria para a Igreja o controlo de toda a cultura e da ciência, de todo o sistema de educação; negava a liberdade de fé, consciência e culto aos outros credos; e eliminava toda a ideia de tolerância. Reclamava a completa independência da Igreja em relação a qualquer fiscalização do Estado; sustentava a necessidade da continuação do poder temporal da Santa Sé, e declarava, por fim que o pontífice não podia nem devia reconciliar-se com o progresso, o liberalismo e a civilização moderna”. Daí a encíclica, de Dezembro de 1864, Quanta Cura, e o célebre Syllabus complectens praecipuos nostrae aetatis errores, que ficou conhecido por, apenas, o Syllabus, no qual, sem rodeios, ligava o papado ao mais abstruso ultramontanismo.

Tudo isto quando já ia muito avançado o séc XIX!

Pode dizer-se que o pontificado de Pio IX culminou no concílio do Vaticano, convocado em 1869 e iniciado na data que hoje se comemora. Nesse concílio foi proclamada a infalibilidade do papa e a universalidade do seu episcopado, elevando-se assim a um ponto que nenhum dos seus predecessores atingira.""Na ordem espiritual estabeleceu a infalibilidade do papa quando fala "ex catedra". No domínio temporal viu Roma tornar-se capital da Itália e o Estado Pontifício confinar-se ao Vaticano e às basílicas de S João de Latrão, Sta Maria Maior e S Paulo Fora de Muros".

O partido dos "velhos católicos" (onde se incluía o nosso Herculano) não admitia os dogmas da infalibilidade e da Imaculada Conceição. Foi um longo - difícil e polémico – pontificado de quase 32 anos.

Como é que João Paulo II, nem tanto tempo depois, como isso, não haveria de “pedir perdão” por tão grave passado da Igreja, passado em que, por certo, se não limitou às sanhas persecutórias das cruzadas e da Inquisição! (Deixando, é certo, segundo muitos, matéria para outros futuros pedidos de perdão…)

E foi um papa como Pio IX, de marcada e activa intolerância, designadamente em relação a outros credos, que a Igreja elevou à dignidade dos altares em SET2000!...

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Completam-se hoje 96 anos (1909), foi num DM: nasceu Andrei Andreievich Gromyko, político soviético. Em Portugal reinava, mas por pouco tempo, D. Manuel II (34º). Pio X (257º) era o pontífice reinante.
Andrei Gromyko foi presidente da ex-URSS de 1985 a 1988. Participou em 1943, nas conferências de Teerão, Yalta e Potsdam, na qualidade de embaixador para os Estados Unidos. De 1946 a 1949, como representante das Nações Unidas, fez uso do veto soviético 26 vezes. Foi ministro dos negócios estrangeiros entre 1957 e 1985. Formalmente foi ele quem nomeou, no ano de 1985, Gorbachov, líder do Partido Comunista.

Foi uma das destacadas figuras da Guerra Fria.

Morreu em 1989.

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Faz hoje 87 anos (1918), era uma QI: nasceu em Umbata, no sul do Lesoto, Nelson Mandela, político sul-africano. Em Portugal decorria a breve “República Nova” da presidência do major Sidónio Pais. Na suprema liderança da igreja de Roma estava Bento XV (258º).
Nelson Rolihlahla Mandela, de seu nome completo, foi político e advogado e presidente da África do Sul entre 1994 e 1999. Tornou-se presidente do ANC, Congresso Nacional Africano em 1991. Preso desde 1964, durante 27 anos, como fundador do ANC, na altura ilegalizado, tornou-se um símbolo de unidade a nível mundial para o movimento contra o apartheid. Preso, aliás, acusado de sabotagem e de tentar derrubar o governo, tendo sido condenado a prisão perpétua. Em Fevereiro de 1990, após o fim da ilegalização do ANC, foi libertado por ordem do presidente da república F. W. de Klerk, e iniciou negociações com o governo sobre um futuro multirracial para a África do Sul. Mandela casou-se, em 1955, com a activista sul-africana dos direitos civis Winnie Mandela (o casal separou-se em 1992 e divorciou-se em 1996). Partilhou o Prémio Nobel da Paz de 1993 com o presidente sul-africano F. W. de Klerk.

Depois da vitória do ANC na eleições de 1994, Mandela conseguiu reduzir substancialmente as tensões raciais no país. No início da sua presidência, Mandela efectuou um trabalho notável para recuperar um país economicamente em crise, devido às sanções internacionais.

Em 1997, Mandela anunciou que não iria recandidatar-se às eleições de 1999, e em Dezembro, foi substituído por Thabo Mbeki na presidência do ANC. No dia 18 de Julho de 1998, dia do seu octogésimo aniversário, Mandela casou-se com Graça Machel, viúva do antigo presidente de Moçambique, Samora Machel. Em Setembro do mesmo ano tornou-se o primeiro africano a ser distinguido com a medalha de ouro do congresso norte-americano.

Em 1999, Nelson Mandela foi escolhido para mediar o processo de paz no Burundi, devido à sua habilidade diplomática e prestígio político.

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Foi há 80 anos (1925), era um SB: publicação do 1.o volume da obra política e programática Mein Kampf (A Minha Luta) de Adolf Hitler. Em Portugal Manuel Teixeira Gomes era o PR em exercício. Pontificava Pio XI (259º).
Mein Kampf, obra em parte autobiográfica, expõe as linhas da ideologia política do seu autor, incluindo as ideias relacionadas com a expansão germânica, o anticomunismo e o anti-semitismo. Foi inicialmente publicada em dois volumes, respectivamente em 1925 e 1927.

O texto da obra foi ditado a Rudolf Hess entre 1923 e 1924, durante a prisão após a sua participação no falhado golpe de Munique (1923).

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Completam-se hoje 71 anos (1934), que foi numa QA: morreu Francisco de Lacerda, maestro e compositor português. Já estava prestes a terminar o 1º mandato do vitalício PR general Carmona. Pontificava Pio XI (259º).
Francisco de Lacerda, nascido nos Açores em 1869, foi chefe de orquestra e compositor.

Partiu para o Porto aos 17 anos, para frequentar estudos preparatórios de medicina.

O seu interesse pela música levou-o a frequentar o Conservatório de Lisboa, onde foi professor entre 1891 e 1895. Neste último ano, foi para Paris, onde frequentou o Conservatório e a Schola Cantorum, tornando-se discípulo de Vincent d'Indy. Na capital francesa, especializou-se em órgão, piano, composição, descobrindo novos interesses, como a chefia de orquestra, que viria a aperfeiçoar.

Permaneceu em França a maior parte da sua vida, exceptuando algumas visitas ao seu país de origem entre 1904 e 1928. Foi o primeiro chefe de orquestra português que alcançou categoria internacional. Da sua produção como compositor destacam-se os poemas para orquestra Almourol, Alcácer, Epitáfio para Um Herói. Escreveu também as Trovas, para voz e piano ou orquestra, a música de cena para A Intrusa, de Maeterlink, os bailados Danse du Voile e Três Danças Rítmicas, Anteriana, Trente Six Histoires e as Petites Histoires pour Amuser l'Enfant d'un Artiste. (cfr cit BU)

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Foi há 69 anos (1936), era um SB: em Espanha, um pronunciamento militar de generais e oficiais superiores das forças armadas contra a Frente Popular (governo republicano), que ganhara as eleições de FEV, iniciou uma guerra civil, liderada por Francisco Franco, que durou três anos, terminando a 01ABR1939 com a vitória das forças nacionalistas do general Francisco Franco. Já decorria o 2º mandato presidencial do general Carmona. Pontificava Pio XI (259º).

O republicanismo, o socialismo e o anarquismo cresceram, em Espanha, depois de 1900; a ditadura de Primo de Rivera, entre 1923 e 1930, não conseguiu preservar a monarquia, sob o reinado de Afonso XIII, pelo que a república foi proclamada em 1931. Em 1936, a Frente Popular, uma aliança de centro-esquerda, subiu ao poder, introduzindo várias reformas, provocando a oposição por parte dos proprietários agrícolas e da igreja católica. A rebelião militar liderada pelo general Francisco Franco deu origem à Guerra Civil de Espanha, entre 1936 e 1939. Franco, apoiado pela Alemanha nazi e pela Itália fascista, venceu a guerra, estabelecendo de imediato uma ditadura militar.

Em 1947, Franco permitiu o reaparecimento de uma legislatura com poderes limitados, tendo anunciado que após a sua morte seria restaurada a monarquia, designando o neto do último monarca, o príncipe Juan Carlos de Bourbon, como seu sucessor. Franco morreu em 1975 e o rei Juan Carlos tornou-se o chefe de Estado. Seguiu-se um lento mas contínuo progresso no sentido de um governo democrático, com a nova constituição a ser aprovada, por referendo, em 1978.

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Na mesma data morreu Máximo Gorky, escritor russo.
Maxim Gorky, pseudónimo de Alexei Maksimovich Peshkov, nasceu, em Nizhni Novgorod (chamado Gorky entre 1932-90, em sua honra) em 1868.

Esteve exilado entre 1906 e 1913, devido aos seus princípios revolucionários. As suas obras, nas quais estão incluídos a peça O Submundo (1902) e o livro de memórias A Minha Infância (1913-14), combinam o realismo com uma fé optimista no potencial do proletariado industrial. A sua mais famosa obra Mãe (1906) reveste-se de especial interesse por abordar o tema do movimento revolucionário russo. Anos mais tarde, em 1930, foi dramatizada por Bertolt Brecht.

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Completam-se hoje 60 anos (1945), : nasceu Ângelo Correia, político e empresário. Claro que na PR estava o vitalício presidente general Carmona, que já ia no 3º dos seus 4 mandatos sucessivos de 7 anos cada a que só a sua morte poria termo. Pontificava Pio XII (260º).

Ângelo Correia tem sido, desde há muito, figura destacada do PSD, tendo sido deputado e ministro.

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Completam-se hoje 59 anos (1946), que foi numa QI: nasceu Teresa Gouveia, política e actual administradora da Fundação Gulbenkian. Prosseguia o mandato presidencial de Carmona. Continuava o pontificado de Pio XII.

Maria Teresa Pinto Basto Gouveia nasceu em Lisboa e licenciou-se em História pela Universidade Clássica de Lisboa. Foi secretária de Estado da Cultura e secretária de Estado do Ambiente, ministra do Ambiente e ministra dos Negócios Estrangeiros e das Comunidades Portuguesas, deputada à Assembleia da República entre 1987 e 2004.

Teresa Gouveia foi presidente da Fundação de Serralves, entre 2000 e 2003, a cujo Conselho de Administração pertencia desde 1997. Foi administradora da Livraria Bertrand (1990-1991), governadora e membro do Conselho Executivo da Fundação Europeia de Cultura (1990-2002), Presidente do Comité Director de Cooperação Cultural do Conselho da Europa (1985-1987).

Foi casada com o poeta Alexandre O'Neill, aliás Alexandre Manuel Vahía de Castro O'Neill, falecido em 1986.

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Aconteceu há 49 anos (1956), que foi numa QA: são aprovados os estatutos e inicia-se, oficialmente, a actividade da Fundação Calouste Gulbenkian. Decorria o único mandato presidencial do general Craveiro Lopes. Pontificava Pio XII (260º).

Calouste Sarkis Gulbenkian (1869-1955) financeiro arménio, naturalizado inglês em 1902. Concluiu o curso de Engenharia e Ciências Aplicadas no King's College em Londres e veio a ser um dos pioneiros da indústria petrolífera no Médio Oriente. Com 22 anos, Calouste Gulbenkian viajou pela Transcaucásia e visitou os campos petrolíferos de Baku. As suas viagens foram transpostas para o livro La Transcaucasie et la Péninsule d'Apchéron em 1891.

Fundou, em 1912, a Turkish Petroleum Company, que alargou em 1920 para formar a Irak Petroleum Company.

Em 1898 foi nomeado conselheiro económico das embaixadas Otomanas de Paris e Londres.

Foi um benfeitor do Patriarcado Arménio de Jerusalém, ao qual doou uma biblioteca. Era um fiel devoto da Igreja Arménia, tendo mandado construir, em Londres, a Igreja de São Sarkis, dedicada à memória de seus pais.

Amador e coleccionador de arte, reuniu uma valiosa colecção que, posteriormente, veio a constituir o espólio do Museu Calouste Gulbenkian. Foi ainda protector das comunidades arménias espalhadas pelo mundo.

Foi cônsul-geral do Irão em Paris a partir de 1939.

Em Abril de 1942, chega a Portugal pela primeira vez, a convite do embaixador de Portugal em França. Instalou-se no Hotel Aviz, em Lisboa, [entretanto demolido e que se situava onde hoje está o edifício Imaviz]onde permaneceu durante treze anos, até ao seu passamento.

Por testamento de 1953, criou a fundação que hoje tem o seu nome, e que é herdeira de grande parte da sua fortuna, das suas colecções de arte e da sua biblioteca pessoal.

Do seu espólio fazem parte 6000 peças desde a Antiguidade até ao princípio do séc. XX. A sua colecção de pintura inclui obras de Bouts, Van der Weyden, Lochner, Cima de Conegliano, Carpaccio, Rubens, Van Dyck, Frans Hals, Rembrandt, Guardi, Gainsborough, Rommney, Lawrence, Fragonard, Corot, Renoir, Nattier, Boucher, Manet, Degas e Monet.

Em escultura possui o original em mármore da célebre Diana, que pertenceu a Catarina da Rússia, adquirida no Museu Hermitage em 1930.

Morreu em Julho de 1955 com 86 anos.

A Fundação Calouste Gulbenkian é uma instituição privada portuguesa criada em 1956, de acordo com a vontade testamentária do seu fundador, Calouste Sarkis Gulbenkian. Com sede em Lisboa, a fundação tem ainda uma delegação em Londres e um Centro Cultural em Paris. Através dos seus serviços internacionais, as suas actividades têm-se estendido, nas várias áreas a que se dedica, a outros países do mundo, com destaque, mais recentemente, para o Brasil e para os países africanos de língua oficial portuguesa.

De acordo com o testamento do fundador, esta instituição tem objectivos caritativos, artísticos, educativos e científicos. Das várias acções que tem levado a cabo ao longo da sua história, destacam-se, na área da saúde e protecção social, os programas de apoio, geralmente através de subsídios, a instituições de assistência social. Na área das artes, a fundação tem apoiado e desenvolvido iniciativas ligadas à museologia, museografia, artes plásticas, história da arte, arqueologia, estética, música, bailado, teatro, cinema e actividades editoriais.

Assim, dispõe desde 1969 do Museu Calouste Gulbenkian, que contém o valioso espólio artístico adquirido pelo seu fundador. Deste espólio fazem parte colecções de pintura europeia, escultura egípcia, cerâmicas orientais, vidros sírios, mobiliário, tapeçaria, joalharia, numismática antiga e manuscritos e livros antigos. O espólio, que Gulbenkian pretendia ver reunido num único edifício, encontra-se em Portugal desde 1960 e nas actuais instalações do museu desde a criação deste. Ao museu estão ligadas actividades culturais, exposições temporárias e edições de catálogos.

A fundação dispõe ainda de uma biblioteca geral de arte, especializada em história de arte e em literatura, história e cultura portuguesas. O seu espólio foi constituído a partir da colecção de Calouste Gulbenkian e de outras colecções particulares. Fazem também parte desta instituição o Centro de Arte Moderna José de Azeredo Perdigão, que inclui um museu de Arte Moderna (com obras portuguesas e estrangeiras e um centro de documentação e pesquisa) e o Serviço de Animação, Criação Artística e Educação pela Arte (ACARTE), ligado às artes do espectáculo contemporâneas (marionetas, dança, cinema, música) e que organiza, desde 1988, os Encontros ACARTE, através dos quais se procura pôr o país em contacto com as tendências e grupos relevantes das recentes correntes artísticas internacionais. O ACARTE dispõe ainda de um centro artístico infantil. Na área das belas-artes, a fundação apoia e subsidia projectos de investigação em várias áreas, promove cursos, conferências, ciclos de cinema e várias outras iniciativas. As suas instalações em Lisboa dispõem de um jardim onde se encontra uma exposição permanente de escultura moderna portuguesa e estrangeira. Na área musical, dedica-se à formação e aperfeiçoamento de profissionais da música, procurando simultaneamente descentralizar e divulgar junto do público a cultura musical. A Fundação Calouste Gulbenkian dispõe ainda da Orquestra Gulbenkian (1962), do Coro Gulbenkian (1964) e do Ballet Gulbenkian (1965), dedicado actualmente ao bailado contemporâneo. Organiza regularmente concertos, representações de bailado, jornadas anuais de música antiga e de música contemporânea, ciclos de grandes orquestras, edições, gravações e cursos de aperfeiçoamento, entre outras actividades.

Da responsabilidade da fundação são também as revistas Colóquio/Artes, Colóquio/Letras, Colóquio/Ciências e Colóquio/Educação e Sociedade, bem como um serviço de educação que, entre outros projectos, se dedica a edições de textos para um público universitário. Há ainda um serviço de bibliotecas e apoio à leitura que, desde 1960, promove a descentralização cultural, nomeadamente através de uma rede de bibliotecas fixas e itinerantes espalhadas por todo o país. Em 1961, foi fundado o Instituto Gulbenkian de Ciência, actualmente ligado, sobretudo, à área da biologia. Também na área científica existe um serviço de apoio a projectos de investigação e atribuição de bolsas de estudo dentro e fora de Portugal.

A nível internacional, destaca-se, para além do apoio prestado às comunidades arménias espalhadas pelo mundo, a promoção da cultura portuguesa e o intercâmbio cultural com outros países, em conjunto com instituições estrangeiras. A Fundação Calouste Gulbenkian tem ainda colaborado na defesa e preservação do património histórico-cultural português no mundo.

A acção desta instituição tem sido, ao longo dos tempos, da maior importância para a promoção e revitalização, nas mais variadas áreas, da cultura portuguesa e do desenvolvimento de projectos artísticos e científicos no país e além-fronteiras.

O primeiro presidente da Fundação foi José Azeredo Perdigão, advogado de Calouste Sarkis Gulbenkian, que assumiu o cargo entre 1956 e 1993. Seguiu-se António Ferrer Correia (1993-1998), Victor Sá Machado (1998-2002) e Rui Vilar, que assumiu as funções de presidente em 2002. (Transcrições da cit BU, da Texto Editores).

Recentemente a Fundação decidiu extinguir o Ballet Gulbenkian, criado em 1965. Decisão polémica que levantou uma onda de protestos e de comentários, dado o grande serviço que prestava a Companhia e o enorme prestígio de que gozava, interna e internacionalmente.

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Faz hoje 31 anos (1974), era uma QI: toma posse o II Governo Provisório, liderado pelo (então) coronel Vasco Gonçalves. Era ainda PR o general Spínola. Pontificava Paulo VI (262º).

Em 15JUL deu-se a queda do I Governo Provisório, relacionada com as divergências entre Spínola, que era presidente da República, e o MFA acerca do processo de descolonização: Palma Carlos demitiu-se quando viu rejeitadas, pelo Conselho de Estado, as suas propostas de reforço dos poderes do presidente da República. É então que o MFA impõe o coronel Vasco Gonçalves como primeiro-ministro – substituição que se verifica nesta data de 15JUL1974: é o II Governo Provisório que toma posse nesta data e vigora até 02OUT de 1974, o qual, de entre os seus 17 membros, conta com 8 militares ligados ao MFA.

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Completam-se 17 anos (1988), era uma SG: morreu Joly Braga Santos, maestro e compositor português. Era PR o Dr Mário Soares (1º mandato). Pontificava, desde há 10 anos, João Paulo II (264º).
Joly Braga Santos nasceu em Lisboa em 1924.

Seguiu estudos no Conservatório Nacional até 1945. Partiu para Milão, onde veio a concluir estudos de direcção de orquestra e, posteriormente, viajou até Roma para completar a sua formação em composição e ciências musicais. Foi co-fundador da Juventude Musical Portuguesa, organismo a que também presidiu. Estreou-se como chefe de orquestra em 1950. Tornou-se professor de composição no Conservatório Nacional, em 1964, sendo responsável pela introdução da cadeira de análise. Exerceu o cargo de director da Orquestra Sinfónica do Porto. Discípulo de Luís de Freitas Branco, estreou-se como compositor com Aberturas Sinfónicas (1946).

Na sua pesquisa de composição, conseguiu a total dissolução tonal a partir da utilização do cromatismo. Foi distinguido, em 1987, com o Prémio de Composição Musical, atribuído pelo Conselho Português de Música. Escreveu sinfonias, óperas, aberturas sinfónicas, peças para orquestra e para coro e orquestra, entre outras. Das obras que se inserem na última corrente, destacam-se: Três Esboços Sinfónicos, distinguidos pelo Centro de Informação Musical de Donemus, Sinfonia para Orquestra de Câmara (1963), Requiem à Memória de Pedro de Freitas Branco, que marcou a estreia do Coro Gulbenkian em 1964, Ode à Música, Variações Concertantes, 5ª Sinfonia (1966), distinguida pela Tribune Internationale des Compositeurs (UNESCO), As Sombras (1984), Trio para Piano, Violino e Violoncelo (1985) e Concerto para Violoncelo e Orquestra (1987), entre outros.

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1 comentário:

Anónimo disse...

tanta porcaria e nao tinha o que queria

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