«Os portugueses já se habituaram a um nível de consumo de ricos, porém, não produzem para sustentar esse apetite. O dinheiro barato proporcionado pela adesão ao euro resolveu provisoriamente esse problema e um país de aforradores transformou-se num imenso centro comercial de betão. Mas quem não produz o suficiente e não poupa um tostão fica naturalmente muito dependente e pode ficar numa situação muito frágil».
Mais abaixo, continuava:
«Não é difícil imaginar a sucessão de casos dramáticos de pessoas sem rendimentos, que além de conseguirem o milagre da sobrevivência diária, ainda têm de fazer face às dívidas assumidas, no tempo em que parecia garantido o salário mensal»
E um pouco mais adiante, recordava que casa, carro, móveis, férias, compras do supermercado, tudo é pago com «cartões que permitem passar para o mês seguinte as contas do mês anterior».
Isto é numa economia familiar.
Mas a economia do Estado tem revelado os mesmos expedientes, os mesmos excessos. Gordo, medonhamente obeso, o Estado não se tem preocupado com a situação. Será que o “tallon” Campos e Cunha, desta vez, conseguirá fazer a necessária cura de emagrecimento?
Será que o coordenador interdisciplinar da mesma “clínica”, Sócrates, conseguirá levar a efeito a redução, pelo menos, do “monstro” e doutros males que nos afligem?
À equipa não lhe bastará ser voluntariosa e ter ideias: é preciso que faça um diagnóstico correcto, que tenha uma estratégia e um projecto condizentes. Depois… É urgente que mostre resultados.
O benefício da dúvida, geralmente, tem um curto período de validade.
Atenção, José!
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