Pois fiquem sabendo: estamos todos enganados. Certo está o sr dr Alberto João Jardim, os seus cronistas oficiosos e Luís Delgado.
No “contenente” europeu e nas bordas do “contenente” africano, onde o “soba” lidera a sua tribo, não se encontra viv’alma de jornalista, crítico, comentador, analista que tenha pingo de senso, para além dos referidos.
Mais: somos todos – repito, todos – “uns incultos e uns incompetentes”. Salvo os seus asseclas (para utilizar o termo do erudito acusador).
Tenho muita pena, Bettencourt Resendes, Carlos Medina Ribeiro, Luís Carvalho, Fernando Madrinha, Luís Manuel T. G. Santos, José Lamego, Miguel Sousa Tavares, Tolentino de Nóbrega, Eduardo Prado Coelho, João Paulo Guerra, João Morgado Fernandes, João Marcelino, José Manuel Fernandes, Vital Moreira, Luís Osório, Rogério Rodrigues, Nuno Pacheco, Miguel Romão, Augusto M. Seabra – isto só para referir alguns – tenho muita pena, dizia, mas são todos “uns incultos e uns incompetentes” – Alberto João dixit.
Ao prestigiado periódico, O Diabo, prestou o não menos prestigiado AJJ as seguintes retumbantes quão hilariantes declarações:
“Uns incultos e uns incompetentes, vão-me chamando ‘boçal’, ‘populista’, ‘xenófobo’, ‘pateta’, ‘tonto’, etc., tudo o que a impunidade permite aos asseclas do regime em que ‘isto’ se encontra.”
Um que nós sabemos (eu e o sr dr) que não actua a coberto de impunidades é o Dr Durão Barroso, quando tem o arrojo de, no Congresso do PSD, em Oliveira de Azeméis, no fim-de-semana de 21.05.04, tecer rasgadíssimos elogios a essa “personalidade tolerante” que é Alberto João Jardim.
Outro, é o seu compagnon de route, Guilherme Silva, que disse que o sr tinha perfil para se candidatar à presidência da República!...
Como vê, dois que não são “incultos e incompetentes”. Mais, e mais importante: não são ingratos nem esquecidos.
(Embora ambos, nessa data, tenham consultado o médico por sofrerem de azia e de alucinações – comprovam as respectivas fichas clínicas)
“Xenófobo” essa mesma “personalidade tolerante” que não quer por perto na “sua” ilha chineses, indianos e outros mais em que terá pensado mas não referiu?
Pura difamação.
“Boçal” uma criatura que diz «sobre a minha resistência só sabe quem dorme comigo»?
Pura aleivosia.
“Tonto” e “pateta” quem, em tempos, em declarações à Lusa afirmou “agora estão outros no circo e não contem comigo para números de trapézio”?
Calúnia descarada.
“Populista” quem, em declarações na noite daquele Domingo de Outubro de 2004 em que foi reeleito para o seu cargo, dedicou «a vitória a todos os patetas da Comunicação Social de Lisboa, que disseram mal da Madeira»?
Exagero inadmissível.
Bom, mas o sr dr disse “…’xenófobo’, ‘pateta’, ‘tonto’, etc…: ui, meu Deus o que vai nesse etc!... O quanto ele não encerra do tanto que foi dito, e redito e que nem vale a pena repetir. Que é imenso: o anedotário nacional reserva-lhe um largo espaço…
Mas, claro, eles são todos uns maledicentes, uns ignorantes, uns incultos, uns incompetentes…
Porque perdemos tanto tempo consigo?
Ora, porque os piolhos, as pulgas, as carraças e outros parasitas e sanguessugas que tais, que não desgrudam, por tão impertinentes, incomodam.
Mas não ligue. Porque se liga deixamos de ter motivo para umas boas risadas.
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