Na verdade, ainda não estou absolutamente rendido às virtuosidades do sim ao Tratado da Constituição Europeia. E muito menos a uma Constituição Europeia.
A grande maioria das opiniões – de todos os quadrantes - que mais pesam na minha, ou são indiscutivelmente europeístas assumidos, declarados, ou, sendo opositores, encaminham-me para lá – tão inaceitáveis ou pouco convincentes são as suas opiniões.
Mas dos europeístas, nem todos são apoiantes do sim ao Tratado Constitucional. Pelo contrário: muitos defendem o não.
Quanto aos eurocépticos… Desses não restam dúvidas: NÃO, é o mote.
Inicialmente (mas muito lá para trás), a minha dúvida assentava, sobretudo, no facto de me lembrar muito bem do seguinte: nos anos 60, e antes mesmo, corriam por aí uns adeptos da “Europa Unida” – que utilizavam muito a sigla EU. Nos carros, designadamente. Nesse tempo, eram adeptos da tal Europa os gaulistas, que não apenas os franceses. Era uma certa direita (rima, mas é verdade) suspeita.
Certo que após a “ideia” inicial, e a partir da vertida no Tratado de Roma, de 1957, muitos outros, que não apenas a tal direita gaulista (essa, aliás, regrediu), aderiram à “nova” Europa em construção…
Hoje, porém, com os extremos do leque partidário cantando a uma só voz, mas com timbres diferentes, o não - mas o não redutor, o não dos eurocépticos – então comecei a encontrar algumas virtudes, talvez melhor, algumas vantagens no europeísmo.
Mas europeísmo ao ponto de uma tal superstrutura?
Aí, ainda a minha dúvida. O meu TALVEZ!
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Creio que esta cimeira decidiu bem em adiar a questão.
Não é apenas o insucesso da França e da Holanda que apontam nesse sentido. Todos sentem que essa matéria tem que ser mais bem amadurecida.
É preciso dissipar os talvez. Torna-se necessário pesar bem os prós e os contra.
Não só é preciso clarificar - se sim, se não – como é preciso que as instituições se preparem para qualquer das eventualidades, sem sobressaltos.
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