quinta-feira, junho 23, 2005

MEMÓRIA DO TEMPO QUE PASSA


2005/2015 - Década das Nações Unidas para o Desenvolvimento Sustentável.
2005 - Ano Internacional do Microcrédito. Ano Internacional da Física (aprovado pela UNESCO)
Dia Nacional do Luxemburgo.
Dia Nacional do Egipto.

.

.

Consta que terá morrido nesta data (no ano 79). A ser assim, de acordo com o calendário gregoriano (implementado desde finais do séc. XVI), o evento terá corrido numa QA: morreu o imperador romano Vespasiano. Pontificava o romano Anacleto (3º papa a contar com S. Pedro).
Tito Flávio Vespasiano era o seu nome completo.

Nasceu no ano 9 d. C.

Foi proclamado imperador em 69 d.C. pelos seus soldados, quando se deslocava em campanha pela Palestina. No ano anterior, 68, morreu Nero e sucedeu-lhe Galba. E a este, no espaço de um ano, sucedeu Otão, a quem sucedeu Vitélio e a Vitélio sucedeu Vespasiano.

Durante este período há poucos progressos na história externa de Roma - salvo o começo da conquista da Inglaterra durante o reinado de Cláudio (a quem sucedeu Nero, em 54). Internamente, porém, Roma desenvolve-se em paz e cresce a sua prosperidade material: a população duplicou e as cidades encheram-se de habitantes e de belos monumentos de arquitectura e escultura, atingindo a literatura romana o seu pico mais elevado. "Mas a imoralidade dos ricos, especialmente entre as mulheres, tornou-se pior do que antigamente, e a corrupção reinou supremamente na sede da autoridade."

Nesta altura em que Vespasiano sobe ao trono imperial, era soberano pontífice o papa Lino (2º), que sucedera dois anos antes a S. Pedro, que era galileu (autores há que têm dúvidas sobre o ano da morte de S. Pedro: 67? 64?).

Ao etrusco Lino se deve a imposição de as mulheres terem de usar véu nas igrejas (costume que se manteve durante 19 sécs).

Em 74 com a reforma do imperador Vespasiano voltam a existir na Lusitânia, como no tempo de César, três distritos ("conventus"), continuando a sede de um deles a ser Santarém.

Dotado de uma larga capacidade administrativa, a sua principal preocupação foi a reorganização das províncias orientais. A Vespasiano se ficou a dever a construção do coliseu de Roma, obra que foi concluída pelo seu filho Tito, que lhe sucedeu, por sua morte, em 79.

.

.

Completam-se hoje 242 anos (1763), era uma QI: nasceu, na Martinica, Josephine de Beauharnais, mulher de Napoleão I. Em Portugal reinava D. José (25º). Em Roma pontificava Clemente XIII (248º).
Marie Josèphe Rose Tascher de la Pagerie era o seu nome completo, de nascimento.

O seu primeiro marido foi o aristocrata visconde Alexandre Beauharnais com quem casou em 1779 e que morreu na guilhotina em 1796. Nesse ano casou com Napoleão Bonaparte e foi imperatriz da França de 1804 a 1809. Em 1809, Napoleão divorciou-se de Josefina, por esta não lhe ter dado filhos e casou-se com Maria Luísa, filha do imperador Francisco I da Áustria. Maria Luísa deu-lhe o desejado filho, Francisco José Carlos, Napoleão II.

Após o divórcio, Josephine retirou-se para Malmaison onde veio a falecer em 1814.

.

.

Foi há 111 anos (1894), num SB: nasceu Edward VIII, rei inglês. Em Portugal reinava D. Carlos (33º). Pontificava Leão XIII (256º).
Filho mais velho de Jorge V, recebeu em 1910 o título de príncipe de Gales. Subiu ao trono em 20 de Janeiro de 1936. O desejo em casar com Wallis Simpson, originou a crise constitucional ocorrida em Novembro do mesmo ano. A senhora Simpson era divorciada, sendo por isso impensável aceitá-la como rainha. No mês seguinte, Eduardo VIII abdicava do trono, em favor do seu irmão Jorge VI, após o que partiu para França, onde casou no ano seguinte (1937). Jorge VI foi o pai da rainha Isabel II, que lhe sucedeu em 1952.

Eduardo VIII morreu em 1972.

.

.

Completam-se hoje 95 anos (1910), foi numa QI: nasceu, em França, o dramaturgo francês Jean Anouilh. Em Portugal, a monarquia estava agonizante, com D. Manuel II (34º e último) no trono. Pontificava Pio X (257º).

“Autor de diversas «peças negras», cujo tema é a procura da pureza, frustrada, na maioria dos casos, por uma falha natural de carácter da personagem ou pela degradação da sociedade a que esta pertence. Nesta categoria incluem-se: Eurydice (1942), Antígona (1944) e Medeia (1946). Escreveu também as chamadas «peças rosas», de engenho deslumbrante e jocoso, das quais se destacam: L'invitation au château (1947) e Colombe (1951). Autor do drama histórico Beckett, ou l'honneur de Dieu (1959).” (cfr Biblioteca Universal cit)
Morreu em 1987.

.

.

Completam-se hoje 77 anos (1928), o que aconteceu num SB: nasceu, em Lisboa, o actor Armando Cortez. Tinha começado, há pouco, o primeiro dos 4 mandatos presidenciais sucessivos, de sete anos cada, do general Carmona. Em Roma pontificava Pio XI (259º).
Armando Cortez estreou-se no teatro enquanto aluno do Liceu Pedro Nunes, em Lisboa.

Em 1949, Cortez estreou-se profissionalmente, na peça Um chapéu de Palha de Itália, de Labiche, tendo integrado um ano depois a companhia Teatro do Povo, que percorreu o país proporcionando espectáculos praticamente gratuitos.

Nessa altura, trabalhou com todos os grandes nomes da época: Vasco Santana, Alves da Cunha, Maria Matos, António Silva, Ribeirinho e Nascimento Fernandes. Percorreu todo o país em tournée, num tempo em que as peças de Lisboa eram levadas à província e ainda às ex-colónias.

As suas interpretações mais marcantes no teatro terão sido Joana D'Arc, À Espera de Godot, O Crime do Padre Amaro, O Director da Ópera, A Família, O Tinteiro, O Meu Rapaz é Rapariga e A Tragédia da Rua das Flores.

Em televisão participou na comédia «Aqui há Fantasmas», nas telenovelas Palavras Cruzadas, Origens e Chuva na Areia, na série em Casa Tudo Bem, ao lado de Raul Solnado, e num episódio do programa Humor de Perdição, de Herman José, entre outras produções.

Actor a tempo inteiro, Armando Cortez interpretou em teatro todos os géneros, desde comédias, dramas, farsas e revista.

Armando Cortez foi um dos fundadores e foi, até à sua morte, director da Casa do Artista. Trata-se de uma instituição para os artistas reformados que aí encontraram não só apoio e convívio, mas também o Auditório Armando Cortez, onde podiam assistir a bons espectáculos.

Armando Cortez reformou-se em 1994, com 45 anos de actividade e 66 de idade, deixando no currículo a participação em onze filmes portugueses, três franceses, um alemão e dois ingleses.

Armando Cortez faleceu aos 74 anos, em 2002. (Fonte: cit Biblioteca Universal)

.

.

Foi há 23 anos (1982), era uma QA: a comissão política do PS suspende Salgado Zenha do cargo de líder parlamentar do partido. Decorria o mandato presidencial do general Ramalho Eanes. Pontificava João Paulo II (264º).

Francisco Salgado Zenha (1923-1993), advogado e político, formado em Coimbra, foi o primeiro aluno eleito para presidir à Associação Académica de Coimbra durante o período designado por Estado Novo. Ocupou o cargo em 1944 para ser demitido poucos meses depois por ter recusado participar numa manifestação de apoio ao regime. Foi um dos fundadores do MUD-juvenil (Movimento da Unidade Democrática) criado em 1945. Destacou-se por uma oposição coerente ao regime salazarista, o que lhe valeu ser preso várias vezes, sob a acusação de práticas de actividades subversivas.

Apoiante da candidatura do general Norton de Matos à presidência, em 1948, conheceu Mário Soares nessa altura, vindo a ser um dos membros fundadores do Partido Socialista. Em 1958 apoiava a candidatura do general Humberto Delgado, tendo feito parte de vários movimentos de resistência à autoridade vigente. Defendeu muitos acusados de actividades contra o regime e o colonialismo.

Depois do 25 de Abril de 1974 destacou-se no processo de transferência de poder dos militares para os civis eleitos. Foi ministro da Justiça no I e II governos provisórios. Fez parte da equipa que negociou a revisão da Concordata com a Santa Sé e que conduziu à legalização do divórcio. Voltou a ser ministro das Finanças entre 1975 e 1976. Entre 1972 e 1984 fez parte da direcção do PS tendo sido presidente do grupo parlamentar. Em 1980 entrou em confronto político com o seu amigo Mário Soares por causa do apoio, ou não, ao candidato Ramalho Eanes. No ano seguinte a sua moção foi derrotada pela de Mário Soares. Em 1985 entregou o cartão de militante do PS em virtude da sua candidatura à presidência da República, não chegando a passar à 2º volta. Depois desta derrota reduziu ao mínimo a sua intervenção política.

Em 1988 publicou o livro As Reformas Necessárias que constitui uma súmula das ideias que protagonizou na sua campanha presidencial. (Fonte base: cit Biblioteca Universal).

.

Sem comentários:

free web counters
New Jersey Dialup