quinta-feira, junho 09, 2005

MEMÓRIA DO TEMPO QUE PASSA


2005/2015 - Década das Nações Unidas para o Desenvolvimento Sustentável.
2005 - Ano Internacional do Microcrédito. Ano Internacional da Física (aprovado pela UNESCO)

.

.

Completam-se hoje 333 anos (1672), foi numa QI: nasceu Pedro, o Grande, czar da Rússia. Em Portugal decorria a regência de D. Pedro (II). Pontificava Clemente X (239º).

Czar da Rússia, a partir de 1682, após a morte do seu irmão, o czar Fedor. Assumiu o controle do governo em 1689. Tentou reorganizar o país nos moldes ocidentais, modernizando o exército, construindo uma frota naval, remodelando os sistemas legais e administrativos, incentivando o ensino e colocando a Igreja sob o controle do Estado. Após uma campanha bem sucedida contra o império otomano (1696), visitou a Holanda e a Grã-Bretanha, para estudar as técnicas ocidentais, e trabalhou em estaleiros holandeses e ingleses. De modo a assegurar o contacto com o Báltico, Pedro empreendeu uma guerra com a Suécia (1700-1721), que resultou na anexação da Estónia e partes da Letónia e Finlândia. Na costa do Báltico, onde havia conquistado territórios à Suécia, Pedro construiu a sua nova capital, São Petersburgo.

O czar morreu em 1725, com cerca de 53 anos.

.

.

Faz hoje 135 anos (1870), era uma QI: morreu Charles Dickens, romancista inglês. Em Portugal reinava D. Luís (32º). No Vaticano pontificava Pio IX (255º).

A sua popularidade permanente deve-se às memoráveis personagens que criou e ao seu modo de retratar os males sociais da Inglaterra vitoriana. Em 1836, publicou o primeiro número de Pickwick Papers, seguido de Oliver Twist, 1838 (o primeiro dos romances «reformadores» do autor). Entre outras refiram-se as suas seguintes obras: The Old Curiosity Shop/Loja de Antiguidades (1841); David Copperfield (1849); A Tale of Two Cities/Conto de Duas Cidades (1859) e Great Expectations/Grandes Esperanças (1861).

Nascido em Portsea, Hampshire, em 1812, em 1827 tornou-se amanuense de um advogado, e passados quatro anos, repórter do jornal Morning Chronicle, para o qual contribuía com os Sketches by Boz. Em 1836 casou com Catherine Hogarth, três dias depois da publicação do primeiro número dos Pickwick Papers, que de início se pretendia que fossem apenas um acompanhamento para uma série de ilustrações sobre desporto, mas as aventuras de Pickwick ultrapassaram o seu enquadramento e estabeleceram a reputação de Dickens. Em 1842, o autor visitou os EUA, onde o ataque que fez ao plágio que os editores americanos estavam a fazer dos livros ingleses esfriou o acolhimento que lhe foi concedido. As experiências por que passou estão descritas em American Notes e Martin Chuzzlewit (1843).

Em 1843 publicou o primeiro dos seus livros de Natal, A Christmas Carol/O Cântico de Natal, seguido, em 1844, de The Chimes, escrito em Génova durante a sua primeira estada no estrangeiro durante um maior período de tempo, e em 1845 pelo ainda mais bem sucedido Cricket on the Hearth. Dombey and Son (1848) foi escrito na sua maior parte no estrangeiro. David Copperfield, o romance mais popular do autor, surgiu em 1849, contendo muitos episódios e personagens autobiográficos. Voltando-se de novo para o jornalismo, Dickens inaugurou a revista semanal Household Words (1850), reorganizando-a em 1859 sob o título All the Year Round. Muitas das suas histórias posteriores foram publicadas em folhetim nestes periódicos. Em 1858 começou a fazer leituras dos seus romances em público, que se revelaram um sucesso tal que, em 1867, o autor foi convidado a fazer uma segunda viagem aos Estados Unidos da América.

Entre os seus romances posteriores encontram-se Bleak House (1853) e Our Mutual Friend (1865). Edwin Drood, uma história de mistério influenciada pelo estilo de Wilkie Collins, amigo do escritor, ficou por completar devido à morte do autor.

.

.

Completam-se hoje 112 anos (1893), era numa SX: nasceu Cole Porter, compositor norte-americano. Em Portugal reinava D. Carlos (33º). Pontificava Leão XIII (256º).

Cole Albert Porter, compositor e letrista norte-americano, escreveu, principalmente, comédias musicais. As suas canções, inteligentes e sofisticadas, como por exemplo Let's Do It (1928), I Get a Kick Out of You (1934) e Don't Fence Me In (1944), foram alvo de grande admiração e de inúmeras versões.

Entre os musicais que escreveu, muitos deles destinados ao cinema, contam-se The Gay Divorce (1932; filmado em 1934 com o título de The Gay Divorcee/A Alegre Divorciada) e Kiss Me Kate (1948).

Morreu aos 16.10.1964, com cerca de 71 anos.

.

.

Completam-se hoje 75 anos (1930), foi num : nasceu Jordi Pujol, político catalão. Em Portugal era PR o general Carmona, decorrendo o 1º dos seus 4 mandatos sucessivos (o último não cumprido na totalidade porque morreu, entretanto). Pontificava Pio XI (259º).

Jordi Pujol, o ex-presidente do Governo autónomo («Generalitat») da Catalunha, reivindicou, por exemplo, que 50% do que o Rei Juan Carlos diga na Catalunha seja dito em catalão. Segundo Pujol, trata-se de conseguir que o rei (e o seu filho) respeitem essa «quota» para forçar o «reconhecimento do facto linguístico catalão». A iniciativa do então líder do Governo de Barcelona foi, de imediato, vivamente criticada pelos dois principais partidos (PP e PSOE) - conseguindo assim desencadear uma rara «frente comum» entre os principais adversários da cena política nacional.

Maragall é o presidente da Generalitat que sucedeu a Jordi Pujol.

Ambos imbuídos desse fervor e orgulho nacionalista catalão que proclamava «a Catalunha é uma nação: uma nação de Espanha, uma nação da Europa».

“Cada vez mais assiste-se a uma crescente divisão cultural dentro dos próprios países europeus onde a Espanha é o seu exemplo máximo. A Catalunha, região autónoma, impõe a sua força ao governo central tendo adquirido recentemente o direito de autonomia fiscal, cada vez mais o partido catalão de Jordi Pujol ganha força em relação à dependência de Jose Maria Aznar em aprovar as leis no parlamento, concessões têm de ser feitas e o regionalismo nunca esteve tão forte na pátria de nuestros hermanos correndo o castelhano como língua oficial sérios riscos em regiões como o País Basco e Catalunha” – escrevia alguém há anos atrás.

«O Mol Honorable President de la Generalitat, Senhor Jordi Pujol tem efectuado notáveis intervenções sobre esta questão. A necessidade de as pessoas e os povos terem, na sociedade de informação globalizada, como sublinhou Manuel Castells, uma referência, uma ancora, levou o Presidente Pujol a apontar a importância da identidade cultural. O desenvolvimento integral das pessoas e das comunidades só será possível no futuro, se, para lá das tecnologias e de modos de vida semelhantes, a globalização não for uniformizadora, o que seria destruidor, mas for , cito "completada pela afirmação de identidades baseadas na língua, na cultura, na religião, na literatura, nas artes, nas tradições"» - afirmava-se num “Seminário sobre as relações culturais entre Catalunha e Portugal: perspectivas para o futuro”, em 14.10.2002, conforme se lê no “Portal do Governo”.

.

.

Completam-se hoje 31 anos (1974), era um DM: morreu Miguel Ángel Asturias, com cerca de 75 anos, escritor guatemalteco. Em Portugal era PR o general Spínola. Pontificava Paulo VI (262º).
Miguel Ángel Astúrias nasceu em 1899.

Romancista, poeta e diplomata guatemalteco. Após se ter licenciado em direito na Universidade da Guatemala em 1923, foi estudar para a Sorbonne. Sob a influência do escritor francês André Breton, Asturias torna-se adepto do Surrealismo. Publicou poesia, lendas guatemaltecas e romances, como El Señor Presidente (1946), Men of Corn (1949) e Strong Wind (1950), em que ataca as ditaduras latino-americanas e o «imperialismo ianque». Foi galardoado, na União Sovética, com o Lenin Peace Prize em 1966 e recebeu o prémio Nobel da Literatura em 1967.

.

.

Foi há 24 anos (1981), era uma TR: o escritor português João Gaspar Simões é agraciado com o prémio do Centro Nacional de Cultura pelo conjunto das suas críticas literárias publicadas entre 1980 e 1981. Era o general Ramalho Eanes o PR. Pontificava João Paulo II (264º).
João Gaspar Simões (1903-1987), escritor e crítico literário português, concluiu em 1932 o curso de direito, que frequentava intermitentemente desde 1921. Em 1927 fundou, juntamente com José Régio e Branquinho da Fonseca, a revista Presença, onde se destacou já pela sua actividade crítica. Em 1935 criou a Portugália Editora.

Ficcionista, ensaísta, biógrafo, crítico e dramaturgo, recebeu, em 1971, o Prémio Literário do Diário de Notícias por Crítica III e, em 1981, o Prémio do Círculo Nacional de Cultura.

O seu romance de estreia — Elói ou o Romance numa Cabeça (1932) — recebeu o Prémio da Imprensa. Escreveu ainda, entre outras obras, as peças Teatro (1953) e Marcha Nupcial (1964) e os volumes de ensaio, crítica e biografia Eça de Queirós, o Homem e o Artista (1945), Vida e Obra de Fernando Pessoa (1950), História do Romance Português (1967-1972), José Régio e a História do Movimento da «Presença» (1977) e A Geração de 70 (1984).

Os volumes de Crítica (I a VIII, 1942-1982) incluem os artigos de crítica literária que, entre 1955 e 1987, foi publicando no Diário de Notícias. Com Luís de Montalvor, iniciou ainda a publicação das Obras Completas de Fernando Pessoa. Foi o mais significativo e influente investigador literário e crítico saído do grupo da Presença.

.

.

Foi há 22 anos (1983), era uma QI: Mário Soares foi convidado a formar e a liderar o IX Governo Constitucional. Era Ramalho Eanes o PR. Pontificava João Paulo II (264º).

Recuando um pouco, para uma melhor contextualização: em 04SET81, Pinto Balsemão, que apresentara a sua demissão, foi reconduzido para constituir e dirigir o VIII Governo Constitucional. Este governo manteve-se em funções até 09JUN1983. Inicialmente liderado por Pinto Balsemão, nos últimos meses, este foi substituído por Vítor Crespo.

Entretanto, perante a instabilidade da coligação apoiante do governo, o presidente da República, general Ramalho Eanes, decidiu dissolver a AR e convocar eleições legislativas antecipadas para 25ABR1983. Eleições que foram ganhas, com maioria simples, pelo PS.

Em 04JUN seguinte, Mário Soares, secretário-geral do PS, e Carlos Mota Pinto, vice-presidente do PSD, assinam um acordo de natureza parlamentar e governamental pelo período de quatro anos (base da coligação do Bloco Central).

O IX Governo Constitucional, formado e liderado por Mário Soares, ficou conhecido como o governo do Bloco Central (coligação PS-PSD) e subsistiria até 06NOV1985.

.

.

Faz hoje 14 anos (1991), era um DM: a zona alta de Coimbra é integrada no património da UNESCO. Começara, pouco antes, o 2º mandato presidencial do Dr Mário Soares. Pontificava o papa João Paulo II.

UNESCO é o acrónimo de United Nations Educational, Scientific, and Cultural Organization, Organização das Nações Unidas para a Educação, Ciência e Cultura.

É, pois, uma agência da ONU, fundada em 1946, com sede em Paris.

Em 1999, Federico Mayor, director-geral da organização foi substituído no cargo pelo embaixador japonês em Paris, Koichiro Matsuura.

.


Sem comentários:

free web counters
New Jersey Dialup