Um cara brasileiro, há dias, num mail dizia-me: … (não sei quê), “meu bom velhinho”…
Claro que lhe retribuí com a ternura que se impunha.
E fiquei a pensar… (matuto muito): “velhinho”… Claro! Chegou a minha vez. (Para alguns não chega. Ou porque simplesmente partem, ou porque desistem…).
E depois?
O que dá alguma beleza ao ano é a existência das quatro estações.
E já viram bem a monotonia que não era se o dia fosse todo só manhã ou só o seu curso diurno ou só entardecer ou só noite?
Falo de dias de Sol. Nada de dias tempestuosos. Vamos esquecer o feio da questão. E o que não tem ponta de poesia.
O dia que decorre solharengo, tem momentos bons, assim-assim, outros que nem por isso. A beleza toda está na aurora e no entardecer.
Não sei bem qual delas a mais bela.
O amanhecer é uma promessa. Mas o entardecer é uma recompensa.
A questão estará em saber apreciar o entardecer. Vivê-lo na luxúria que o envolve (depende do local, da perspectiva, da disposição…).
Mas é de uma grande magia.
Depois… Porque é que o Ocaso há-de ser um momento triste?
Então não pode acontecer que quando o Sol imerge, lá no horizonte, a gente feche os olhos de mansinho e adormeça, tranquilo, sossegado, sem dar por isso?
Tudo está em como se encara a vida. Para mim tenho como seguro: sem arte e sem poesia é um pesadelo.
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