Trata-se de uma redacção que correu, em papel, por muitas mãos, anos atrás.
E às minhas também chegou.
É uma pequena maravilha a merecer nota alta. Que a professora se não terá esquecido de lhe dar. Estou certo.
“Há uns tempos”, diz-se no preâmbulo, abaixo.
Bom, é de notar que a menina de que se fala ali, talvez não tenha já acabado o curso e é provável que ainda não tenha casado… Mas não andará, dessa situação, tão longe como isso…
O texto completo rezava:
«Artigo redigido por uma menina de 8 anos e publicado no Jornal do Cartaxo há uns tempos. É fantástica a ingenuidade das crianças!
"Uma Avó é uma mulher que não tem filhos, por isso gosta dos filhos dos outros. As Avós não têm nada para fazer, é só estarem ali. Quando nos levam a passear, andam devagar e não pisam as flores bonitas nem as lagartas. Nunca dizem "Despacha-te!". Normalmente são gordas, mas mesmo assim conseguem apertar-nos os sapatos. Sabem sempre que a gente quer mais uma fatia de bolo ou uma fatia maior. As Avós usam óculos e às vezes até conseguem tirar os dentes. Quando nos contam histórias, nunca saltam bocados e nunca se importam de contar a mesma história várias vezes. As Avós são as únicas pessoas grandes que têm sempre tempo. Não são tão fracas como dizem, apesar de morreram mais vezes do que nós. Toda a gente deve fazer o possível por ter uma Avó, sobretudo se não tiver televisão."»
Então? Não é mesmo uma delícia?
(Eu, um futuro avô [quase, quase. E ansioso por o ser] e tio-avô de 26 encantadores sobrinhos-netos...)
PS: na realidade, a Primavera é um encanto; mas o Outono não nos traz momentos e imagens tão deliciosos?
Depois, confirmo: o entardecer é espectacular, por vezes. (Por vezes, porque o não é sempre e muito menos para todos…)
Mas, e a aurora: não é também, por vezes tempestuosa e de mau presságio, para alguns?
Avaliemos pela positiva (sem esquecer o resto, obviamente).
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