quinta-feira, maio 18, 2006

REVIVESCÊNCIAS FALHADAS


A história de Pereira Coelho – que pretendeu concorrer com Marques Mendes à liderança do PSD – em si não vale nada.

Vale, apenas, pelo que pretende reviver e transpor para a actualidade.

Como tentativa frustrada de uma maquinação que fez a sua época com sucesso.

«A candidatura de José Alberto Pereira Coelho a líder do PSD foi rejeitada pelo conselho de jurisdição nacional do partido, por alegada fraude de assinaturas.»

«Entre as 1899 assinaturas que [Pereira Coelho] apresentara inicialmente só 1165 eram válidas, mas foi concedida ao candidato a hipótese de apresentar no prazo de 72 horas as que faltavam para atingir as 1500 - o que Pereira Coelho fez no passado sábado [29ABR].»

Entre as assinaturas rejeitadas constavam as de militantes falecidos e de outras pessoas que, ou não eram militantes do partido ou não reuniam as condições de eleitores.

Na Terça 2 de Maio, «quando contactado pelo PÚBLICO, o conselho de jurisdição reiterou a existência daquela irregularidade. E salientou que nas novas assinaturas apresentadas, das mais de 300 que faltavam para suprir o número mínimo das 1500 necessárias, "95 por cento eram falsas”».

“Zé Beto”, ou, mais formalmente, Pereira Coelho é capaz de ser jovem demais para ter um conhecimento directo, de ciência feito, desses tempos que ele quis agora reviver. Mas (como na história do Lobo e do Cordeiro, aqui com acertada propriedade), se não foi a sua “memória factual” que aqui presidiu ao processo, foi a de algum seu mentor ideológico, saudosista dos “bons velhos tempos”.

A direita mais retrógrada, obtusa e anquilosada (mais… porque a há menos) é assim: não conhece regras de jogo, só joga com baralhos viciados e com cartas marcadas.

(Foi o que aconteceu, por exemplo, com o tal César das Neves, no célebre “Prós e Contras” de há semanas atrás… Eles clonam-se uns aos outros…).

Pobre Zé Beto: ele desconhecia que mesmo os dirigentes de um partido social-democrata dos tempos modernos já se não compadecem com “espertos” do seu jaez…

Desconhecia (?) , o coitado, que há luz dos códigos de um Estado de Direito, tal procedimento configuara um crime!

Quem o aconselhou – ou onde ele se foi inspirar – esqueceram-se de lhe dizer que os tempos, hoje, são outros…

Mas eles – os tais mentores destes jovens – não dormem. E não deixam de sonhar com a hora da vingança…

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