quinta-feira, maio 18, 2006

LEITURAS

LEITURAS

Uma loja de pronto a vestir de mulheres. Duas montras, três manequins, vários colantes no interior dos vidros anunciando as promoções da época (no fundo, as dificuldades do negócio).

Numa das montras um manequim em que o que predomina é uma minissaia, e no vidro, em frente, um único colante dizendo “reduções no interior”.

Passa uma pessoa normal, olha, lê e pensa: “reduções no interior… Os saldos do costume”.

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Passa um TS, olha, lê e pensa: “reduções no interior… Ora ‘tá-se mesmo a ver: um fio dental…”

E haverá mais leituras, estou em crer.

Como – e mais geralmente – há uma não-leitura: o que passa, olha sem ver, vê sem ler, desaparece sem pensar…

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A propósito de minissaia, achei interessante trazer para aqui o seguinte apontamento:

“Revolucionaria por excelência, quanto aos valores da sua época, a nostálgica década de 60 mudou o século XX. Na música (com a invenção do pop rock), no comportamento (com a libertação sexual) e na moda feminina, (com a criação da minissaia). A minissaia surgiu na França, por uma ousadia da estilista inglesa Mary Quant. Desde então, a minissaia se popularizou e virou um dos símbolos da emancipação feminina”.

(Transcrito de Wikipédia, a enciclopédia livre)

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