1. Vi há tempos (último fim-de-semana de Julho) na capa duma daquelas revistas de tios e tias, em cujo nome não reparei, um SOS lancinante:
“Alexandra Lencastre
decepcionada com
a sua última relação
e sem amor à vista
CADA VEZ
MAIS SÓ!”
(e o título era acompanhado do retrato da “piquena”)
É uma dor d’alma!
Eu, que sou um sentimental e um puro, fico logo com a lagrimazita ao canto do olho. Fico perfeitamente angustiado. É um aperto que não consigo respirar.
Não haverá, por aí, alguém disponível e liberto de compromissos ou disposto a consolar a nossa estrela, qual Sol abrasador e reconfortante?
Admite-se, lá, que a pobre sofra como sofre sem que ninguém se apiede dela?
Não acredito.
Serão os tios e as tias assim tão empedernidos?
Posso lá acreditar que não se levante, de imediato, um movimento de solidariedade que acuda à pobre Xandinha!
Vá! Vocês os que podem: não a deixem sofrer mais, tadinha!
Não sejam mauzinhos!
2. O presidente do governo regional da Madeira, e presidente local do partido (PSD), não tem mais degraus para descer em matéria de nível de educação e maneiras.
Uma antologia dos seus discursos, das suas declarações e das suas intervenções revela verdadeiras preciosidades da sua linguagem de baixíssimo estofo: o seu glamour é a bazófia provinciana e rude, o insulto baixo e reles, no mínimo o dichote num calão despropositado, quando não mesmo – e com mais frequência do que se julga – a carroceirada ignóbil, a mácriação mais abjecta.
Com tal espécie de guru, o PSD-Madeira não pode, nunca, tornar-se credível e respeitado.
A não ser por alguns que lhe devam o pão e a subsistência... Ou por mor d’outros favores, igualmente à custa do erário público, inclusive à nossa custa, os do contenente...
O sujeito, na sua boçalidade e petulância, deve ter migrado da selva profunda do continente que lhe fica próximo e de fronte, da família dos Colubus badius temmincki ou outra, onde espinoteava e saltava de galho em galho, de árvore em árvore, directamente para a êlha!
Só pode ter sido!
Vejam-se algumas pérolas do seu rico vocabulário:
«Todos se recordarão de um carnaval em que ele, em cuecas, insultou publicamente a Assembleia da República ("que se f...")», (editorial de Nuno Pacheco de QA 26JUL06 no Público)
Da tourada e do desvario do Chão da Lagoa, não participa Marques Mendes, declarado persona non grata na sua anterior edição «pela censura às declarações xenófobas de Jardim contar os chineses e contra os jornalistas "filhos da puta" e "bastardos"» como se pôde ler no DN de 05.06.05...
Curiosamente, Ramos (creio que o pai), achou por bem prevenir: “a festa é dos madeirenses e a atracção (sic! Sem aspas) não é o presidente do partido, mas o PSD-Madeira” (referindo-se, ao que se presume, ao presidente regional do partido, uma vez ser dado adquirido que Marques Mendes não participaria do regabofe).
Costuma dizer-se que cada povo tem o governo que merece. Mas eu continuo a acreditar que a Madeira e os madeirenses não merecem o castigo que lhes coube.
3. Voltando à guerra do Líbano. E à carnificina de Qana...
Os serviços israelitas apressaram-se a rectificar: afinal, as vítimas mortais do ataque isrelita a Qana, não terão sido 52, entre elas 37 crianças, mas sim 28, das quais 16 crianças...
Ou seja – pretende-se que se infira – tudo está bem, tudo é compreensível e aceitável, não há que considerar qualquer “erro” ou o “crime de guerra”, ou “efeito colateral”.
52 mortos? Entre eles 37 crianças?
Claro que havia lugar para censuras e incriminações.
Mas SÓ 28 mortos, e apenas 16 criancinhas?
Vá! Não sejam exagerados. Não se passa nada de grave...
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