Em 26.10.1769, já lá vão mais de 235 anos, reinava Sua Alteza Real o Senhor D. José, e é publicado, pelo férreo governo do marquês de Pombal, um alvará que proibia as devassas sobre os concubinatos…
Foi um caso. E por certo correspondendo a uma época, a costumes e a princípios basto curiosos.
O concubinato era, então, não só pecado mas crime, também!...
Imaginemos só – o que estará bem perto de deixar de ser um mero exercício académico – que os loureiros, os isaltinos, as felgueiras, os torres, os jardins, e tantos outros do mesmo jaez, que sabemos existirem mas de quem ainda não conhecemos os nomes (todos sabemos que grande percentagem das autarquias do País estão sob investigação…), imaginemos que todos eles e os seus asseclas constituiam uma maioria e que essa maioria era apoiada e amplificada nos media por pérolas do jornalismo crítico quais luíses delgados… O que acontecia?
Muitas coisas (estranhas ao nosso sentir de hoje – e que aos vindouros causariam grande perplexidade, estou em crer), a primeira ou uma das primeiras das quais seria a promulgação de um decreto, por um qualquer jardim, por exemplo, ou outro campeão da democracia, que proibisse a devassa dos bastidores da política!
Evidentemente!
Parafraseando uma sentença muito antiga (“diz-me com quem andas, dir-te-ei quem és”), bem poderia propor a seguinte máxima: diz-me por que leis te reges, dir-te-ei o regime e os políticos que tens…
Ainda está muito por “explorar” a enumeração e escalpelizção dos axiomas e dos corolários dos diversos regimes políticos e das respectivas fases… Seria um interessante trabalho de investigação em politologia.
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