sexta-feira, janeiro 20, 2006

UMA OPINIÃO QUE GOSTO DE TER EM CONTA, PELO CONTEÚDO E PELA FORMA


Fora dos grandes circuitos dos media, continuo fiel à coluna semanal de José Ricardo Costa, no Jornal Torrejano Online, onde um dia tropecei, por acaso, e de que fiquei fã.

O que mais aprecio em José Ricardo Costa é a arguta inteligência aliada a um humor altamente corrosivo. É a sua mestria em pegar no bisturi e abrir a ferida sem fazer sangue.

Não se trata de publicidade. Que nem ele precisa dela; mas se com ela quisesse contar… Comigo não ia longe… Era como esperar por sapatos de defunto.

Não esquecendo o tema do artigo, “Verdade e política”, da sua coluna de hoje poderia destacar várias passagens, mas destaco apenas:

em matéria de humor: “Quando Kennedy afirmou "Ich bin ein berliner" não estava a mentir, apesar de ter tanto de berlinense como a Maria Filomena Mónica de modéstia. É a mesma coisa.”

A sério: A política é feita de desejos, emoções, motivações ideológicas e psicológicas, onde a lógica inflexível do verdadeiro e do falso não pode ser aplicada no sentido habitual. (…)

A política vive destas "verdades". Verdades que não passam de crenças. Ou de meias-verdades: verdades que contêm vestígios de falsidade ou falsidades que contêm vestígios de verdade. (…)

“(A política é) um reflexo das próprias imperfeições da natureza humana.”

Num misto de ambas: “Se um político perseguisse e exprimisse a verdade como se fosse um cientista, iríamos ter um cenário no qual se sentiria uma espécie de Alice no País das Trapalhadas. Por isso, mais vale aliciar do que ser Alice.” (…)

“Há, em cada político, uma mistura de Irmã Lúcia e de Reinaldo Teles. De alguém que põe a fé à frente da razão, mas com calculismo e frieza suficientes para poder atingir os seus objectivos.”

Mas não vão na minha conversa: espreitem Verdade e política

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