sexta-feira, janeiro 20, 2006

“O TEMPO DE SOARES”


Eduardo Lourenço é um importante elemento do nosso universo de pensadores.

E um dos nossos melhores ensaístas.

“Escuto-o” com respeito. Reflito nas suas palavras. Sempre.

O seu mais recente artigo no Público (QA 18JAN), “O TEMPO DE MÁRIO SOARES”, parece apontar, também, no sentido da mais credível resposta.

Que fará correr Soares?

Sobretudo depois de ter dito que, “ponto final, acabou”… E depois de ter apoiado Alegre na hipotética candidatura…

É que, entretanto, quebrou-se o tabu.

O homem deu a cara. E disse que sim. Que se candidatava.

E veio, logo, pressuroso, Eanes dar uma mãozinha…

Ora: Cavaco, Eanes e Soares são actores inconciliáveis.

Soares, então, admitia lá que os “cristãos novos” da democracia, os democratas emergentes com Abril, o pretendessem ultrapassar na interpretação e na defesa dos desígnios nacionais?! O substituíssem como pai e salvador da Pátria?!

Daí, toca de concorrer. E de ajustar contas.

Mas vai sair pela porta baixa. E cabisbaixo.

“Happy end” para os tais “abrilistas”.

“Bad end” para Soares.

Descrédito para a esquerda.

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