Certos maldosos teimam em querer comparar Boliqueime com Santa Comba Dão.
Mas não. Boliqueime é, talvez, mais arejada… E bafejada pelo progresso, encontrando-se como se encontra no cosmopolita Algarve. Onde até se fala muito inglês. Bastante alemão. E onde, às vezes, sobretudo no Inverno, se houve também falar português!
(Uma babilónia… Mas…)
O homem de Santa Comba ao ouvir falar em “Grândola Vila Morena”, deve estremecer, horrorizado, lá na tumba fria onde se encontra.
E se um dia alguém tivesse tido o desplante de lhe segredar (só assim, para que a PIDE não ouvisse) “o povo é quem mais ordena”, fuzilava-o, num ápice, desterrando-o, depois, para o degredo mais longínquo desse seu imenso Portugal…
Mas, e o homem de Boliqueime?
Estou em crer que não sabe bem o significado de ambas as expressões.
Alguém lhe terá dito que as empregasse… Que nas hostes dos adversários muitos as apreciarão, e que é preciso cativar alguns votos dessas bandas.
No entanto, por ele mesmo, passa-se, aqui, o mesmo que relativamente a questões incómodas e inconvenientes que lhe põem, traiçoeiramente, certos provocadores (provocadores,sim! Gente horrenda! Comunistas, todos!) como a da posição que toma relativamente à homossexualidade, ao aborto e outros problemas de premente actualidade. A que, invariavelmente se escusa a responder ou responde que “claro… pois, talvez, não só, mas também”.
E porquê?
Porque na altura de, normalmente, reflectir e discutir esses problemas, só marrava. E isso eram questões que não vinham nas sebentas.
Para mais, ainda não tinha sido publicado o “Freakonomics – O Estranho Mundo da Economia” de Steven Levitt.
Assim não admira.
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