Temos três candidatos transparentes.
Soares é translúcido. Cavaco, absolutamente, decididamente opaco.
Não descobri ainda se foi um discurso redondo se quadrado. O de ambos, claro.
Rato e culto, Soares foi crescendo e encostando à parede o inerme Cavaco.
Assim como o americano só percebe duma coisa (ou de parafusos, ou de porcas) Cavaco também só pode falar de Economia. (Mas lá em casa a mulher ri-se bastante). Quanto ao resto, é a insegurança total.
Claro que não foi elegante, e menos ainda leal, aquela de Soares sugerir que recebia informações sobre as prestações (negativas, obviamente, insinuava) de Cavaco nos Conselhos Eurpeus… (Foi uma das várias vezes
Foi uma luta entre dois galos disputando o mesmo poleiro. Crispados (passo o lugar comum, em que a crítica tem sido unânime), ambos. Arrogantes, os dois. Convencidos, um e outro.
A atitude aparentemente humilde de Cavaco é tão só uma máscara. Conveniente, nesta hora, pelo bom rendimento (votos) que lhe pode dar.
Translúcido – 0; Opaco – 0.
Não houve alteração na tabela classificativa.
Os Transparentes, pese, embora, essa enorme vantagem, arriscam-se a descer de divisão.
Mas dos dois galos, só um pode sair vencedor.
Dizem que o povo é soberano. E sábio. E sensato.
Será possível que ele opte pela opacidade?
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