“A TEMPO E A CONTRATEMPO”

Como quase sempre, as crónicas do Senhor Professor Mário Pinto, valem mais pela negativa.

E note-se o pormenor curioso do antetítulo por ele escolhido para as suas colunas semanais no PÚBLICO: “A tempo e a contratempo”.

Curiosamente uma expressão bem ao gosto eclesial. Como é próprio do carácter das suas lições de moral no referido diário. Dum catequista como o Senhor Professor.

Duvida?

Faça uma pequena experiência: uma pesquisa no Google acerca daquela expressão: a tempo e a contratempo. E vejam o resultado.

Encontrará, pelo menos, 57 400 referências a grande maioria das quais dizem respeito a textos de católicos (bispos, padres, leigos), desses em cujo pensamento assenta a catequese de apóstolos como o Senhor Professor.

É ilucidativo, não é?

Quer dizer: o Senhor Professor bebeu bem a doutrina daquela Santa Madre Igreja que inventou, por exemplo, como melhor forma de louvar ao Senhor e cumprir a Sua Santa vontade, a INQUISIÇÃO. E o pensamento dos seus ministros e de outros seus apóstolos, laicos que sejam.

Talvez chegue para ficar bem com a sua consciência.

Será que o Senhor Professor está sintonizado com “a tendência do catolicismo convencional [que] é o conformismo social e religioso” ou antes com aquela de que também fala Frei Bento Domingues para quem “a característica do testemunho cristão não é a defesa dos cristãos ou da sociedade cristã, mas de quem precisa, seja qual for a sua religião, tenha ou não religião”?

Bom, tudo leva a crer que será com a primeira, muito mais de acordo com a “conveniente” “correcta” e “tradicional” maneira de estar com uma igreja que ostensivamente e de forma geral se põe ao lado dos poderosos, dos ricos e “dos eleitos” – que uma cabeça e um espírito fraco como o dum “comunista” e “excêntrico” Bento Domingues [por acaso também colunista no mesmo periódico] não enxerga...

Compreendemos.

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New Jersey Dialup

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