sexta-feira, julho 21, 2006

MEMÓRIA DO TEMPO QUE PASSA


Este é o espaço em que,

habitualmente,

faço algumas incursões pelo mundo da História.

Recordo factos, revejo acontecimentos,

visito ou revisito lugares,

encontro ou reencontro personalidades.

Datas que são de boa recordação, umas;

outras, de má memória.

Mas é de todos estes eventos e personagens que a História é feita.

Aqui,

as datas são o pretexto para este mergulho no passado.

Que, por vezes,

ajudam a melhor entender o presente

e a prevenir o futuro.

Respondendo a uma interrogação,

continuo a dar relevo ao papado.

Pela importância que sempre teve para o nosso mundo ocidental.

E não só, nos últimos séculos.

Os papas sempre foram,

para muitos, figuras de referência,

e para a generalidade, figuras de relevo;

por vezes, e em diversas épocas, de decisiva importância.

Alguns

(muitos)

não pelas melhores razões.

Mas foram.

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DE ACORDO COM O CALENDÁRIO DA ONU:

1997/2006 - Década Internacional para a Erradicação da Pobreza.

2001/2010 - Década para Redução Gradual da Malária nos Países em Desenvolvimento, especialmente na África.

2001/2010 - Segunda Década Internacional para a Erradicação do Colonialismo.

2001/2010 - Década Internacional para a Cultura da Paz e não Violência para com as Crianças do Mundo.

2003/2012 - Década da Alfabetização: Educação para Todos.

2005/2014 - Década das Nações Unidas para a Educação do Desenvolvimento Sustentável.

2005/2015 - Década Internacional "Água para a Vida".

2006 Ano Internacional dos Desertos e da Desertificação.

Dia Nacional da Bélgica.

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Na Roma antiga, nos dias 21 e 22 de Julho, segundo uns, mas segundo outros, no dia 23 do mesmo mês, celebrava-se o festival da Neptunália, que celebrava Neptuno, senhor dos mares (e dos terramotos - ver abaixo no hino homérico: “o que sacode a Terra”, acerca do seu equivalente na mitologia grega, Poseidon).

Neptuno era, portanto, na mitologia romana, o deus dos mares, correspondente a Poseidon ou Posídon da mitologia grega.

A Poseidon terá Homero dedicado um hino de que consta a seguinte passagem: “Canto Poseidon, o grande deus, que move a terra e o mar fecundo, deus das profundezas (…) O que sacode a Terra, domesticador dos cavalos e salvador dos navios” (Homero, Hino a Poseidon).

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A “questão homérica”, no séc XVIII,

tornou Homero numa figura mais mítica que real.

Desde sempre se considerou Homero

o autor da Ilíada e da Odisseia.

Autores há, de facto, que não garantem

a época da sua existência (talvez séc. VIII a.C.) nem a sua pobreza,

a sua cegueira e a sua autoria daqueles poemas épicos.

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Neptuno (que deu o seu nome ao oitavo planeta do sistema solar), era irmão de Júpiter e de Plutão, com quem dividiu o governo do mundo após terem destronado seu pai, Saturno (equivalente a Chronos, na mitologia grega). Júpiter (que deu o seu nome ao quinto planeta do nosso sistema solar, e que é também o maior de todos) ficou sendo o deus principal (equivalente a Zeus na mitologia grega) Senhor do Universo.

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Decorreram 592 anos (21.07.1414), foi num SB: nasceu o papa Sisto IV. Em Portugal reinava D. João I (10º). Na igreja romana pontificava Gregório XII (205º).

Sisto IV (212º), que o século conheceu como Francesco della Ro-vere, foi o papa que sucedeu a Paulo II, que o fizera cardeal. O seu pontificado decorreu de 09.08.1471 (no mesmo mês em que o nosso D. Afonso V conquistou Tânger) até a data da sua morte (aos 12.08.1484).

Um autêntico príncipe da Renascença (embora nascido de família modesta), Sisto IV notabilizou-se por ter mandado construir a Capela Sistina, obra-prima de uma equipa de artistas.

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O tecto pintado por Michelangelo é obra posterior.

Michelangelo Buonarroti nasceu em 1475 e,

foi por encomenda do papa Júlio II (216º),

que realizou esse trabalho,

entre 10.05.1508 e 02.11.1512.

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Sisto IV estudou filosofia e teologia na Universidade de Pavia e leccionou em várias universidades de Itália.

O seu pontificado (como outros na época) ficou marcado pelo nepotismo - era tio do futuro Papa Júlio II - e corresponde a uma época de expansão territorial dos Estados Pontifícios.

Foi ainda Sisto IV quem confirmou a instalação da Inquisição, em Espanha (melhor dito, em Castela), em 01.11.1478, a pedido dos reis católicos, Fernando e Isabel.

Não obstante, consta ter-se pronunciado sobre os excessos desse tribunal e ter mesmo condenado alguns dos seus mais flagrantes abusos em 1482.

Em matéria religiosa, Sisto IV instituiu a festa da Imaculada Conceição (8 de Dezembro) e anulou, em 1478, os decretos reformistas do Concílio de Constança.

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O Concílio de Constança (na Alemanha)

foi um dos mais importantes “congressos” da história medieval.

Convocado e presidido pelo imperador do Sacro Império Romano-Germânico,

então, Segismundo do Luxemburgo,

decorreu entre 1414 e 1418.

Foi aí que foi condenado o hussismo

(relacionado com o reformador John Huss, natural da Boémia

– parte da actual República Checa)

que se tornaria um movimento checo a um tempo religioso e nacionalista.

Ou seja,

o hussismo foi não só uma doutrina religiosa como uma insurreição política.

A votação foi realizada por países

(nações, era então o termo mais usado),

conforme a tradição universitária.

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Sisto IV envolveu-se, ainda, em escândalos e conspirações, como, por exemplo, o fracassado atentado contra o mecenas, banqueiro, diplomata e governante de Florença, Lourenço de Médicis, o Magnífico.

Mas também patrocinou artistas, como Botticelli, e protegeu humanistas.

O seu sucessor foi Inocêncio VIII (213º), eleito em 12 de Setembro de 1484.

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Completaram-se hoje 233 anos (21.07.1773); que foi uma QA: o papa Clemente XIV (249º) publicou o breve Do-minus ac Redemptor mediante o qual dissolve a Companhia de Jesus. Em Portugal reinava D. José (25º), que tinha a liderar o governo o marquês de Pombal.

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Breve: documento pontifício,

menos solene que a bula,

dirigida a um (ou a vários, neste caso) soberano,

ou a uma comunidade religiosa,

comunicando uma decisão.

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Era velha e feroz a luta do Marquês de Pombal contra os jesuítas. O que levou, designadamente, ao corte de relações do governo de Portugal com a Santa Sé. Isto quando pontificava ainda Clemente XIII (248º).

Uma das primeiras preocupações de Clemente XIV, o novo papa, eleito cerca de 4 anos antes, terá sido a de restabelecer as relações com o governo de Portugal. E, relativamente ao contencioso com os jesuítas, a sua atitude foi a de dissolver a companhia, satisfazendo a Espanha, Portugal e a França, mediante o aludido diploma, sem contudo a condenar.

Diz-se que, ao subscrever aquele documento, terá dito: “acabei de assinar a minha pena de morte”.

E a verdade é que o seu gesto foi severamente criticado pelo colégio dos cardeais, que o consideraram fruto de inadmissíveis pressões políticas daqueles três países.

Em Portugal, os inacianos já tinham sido expulsos do país pelo Marquês de Pombal, na sequência do caso Távora, em 03.09.1759.

A Companhia, porém, é restaurada em todo o mundo pela bula (decreto pontifício) do Papa Pio VII "Solicitudo omnium Ecclesiarum", de 1814. Mas o regresso dos jesuítas a Portugal só se verifica em 1829.

Em várias línguas, a palavra "Jesuíta" adquiriu a conotação de "hipócrita"pode ler-se na Wikipédia

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Foi há 208 anos (21.07.1798), era um SB: Batalha das Pi-râmides: Napoleão, que acabara de conquistar a cidade de Alexandria, invade o Egipto e derrota um exército de 60 000 mamelucos. Decorria em Portugal a regência de D. João (VI), incapaz que se encontrava D. Maria (26º), sua mãe. No Vaticano pontificava Pio VI (250º).

Os mamelucos eram, originariamente, escravos turcos que, geralmente, serviam seus senhores como criados e, por vezes, eram usados como soldados pelos califas muçulmanos e pelos exércitos do Império Otomano.

No séc. XIII, os mamelucos tornaram-se uma classe política poderosa que dominou o Egipto até serem exterminados em 1811.

Depois desta batalha, a França apoderou-se do Cairo e do Egipto.

Napoleão, porém, que tinha ganho uma batalha, ainda não ganhara a guerra.

A armada inglesa, comandada pelo vice-almirante Nelson, que viera em perseguição das tropas napoleónicas, foi na batalha naval do Nilo (ou Batalha de Aboukir), a 1 e 2 de Agosto do mesmo ano, que destroçou os franceses.

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Faz hoje 190 anos (21.07.1816), que foi num DM: nasceu Paul Julius von Reuter, alemão, fundador da agência noticiosa Reuters. Em Portugal, D. João VI (27º) subira recentemente ao trono, por morte de sua mãe (20.03). Sumo pontífice era Pio VII (251º).
Embora alemão, foi em Londres que o barão de Reuter fundou a Reuters, em 1851, uma das mais famosas agências noticiosas mundiais. Reuter foi colaborador da que penso ter sido a primeira estação noticiosa que existiu, a Havas.

Transferiu-se para Paris, onde tentou, sem êxito, criar uma agência mais evoluída. Resolveu partir para Londres, onde teve o sucesso que falhara na cidade-luz.

Reuter morreu em 1899, com 83 anos.

Em 1941, a Reuters passou a integrar a NPA/Newspaper Publishers Association e actualmente dispõe de correspondentes espalhados por todo o mundo.

As agências noticiosas são empresas de informação que se situam entre os eventos e os meios de comunicação social que informam o grande público.

As agências noticiosas têm muitos correspondentes em muitos pontos do globo, substituindo-se, assim, em encargos, aos meios de comunicação social seus clientes, a quem transmitem uma informação cada vez mais em cima do acontecimento e de melhor qualidade.

A comunicação tem sido um dos principais obreiros da globalização.

Actualmente não há local ou facto que não tenha uma imediata cobertura.

Sem o intermediário papel das agências seria difícil aos meios de comunicação, por maior referência que sejam ou por maior que seja a sua dimensão, proporcionar aos seus consumidores – leitores, ouvintes ou telespectadores – um serviço tão célere e de qualidade.

Mas de outras agências, para além da Reuters, pode ficar aqui informação sucinta.

A norte-americana Associated Press (AP), fundada em 1848, “diz” ser a mais antiga e a maior do mundo (é a escala dos americanos, claro). Trata-se de uma cooperativa cujos sócios são os jornais e as estações de rádio e de televisão norte-americanas.

Creio, no entanto, que a primeira agência noticiosa a estabelecer-se em Paris, foi a Havas, em 1835. Charles Havas tinha comprado um escritório de tradução, e transformara-o em agência de recolha de notícias. É dissolvida após a capitulação da França na Segunda Grande Guerra, em 1940. A Havas virá a ser substituída em 1944, pela agência France Press (AFP) (e em parte pela Reuters) que é também uma das mais conhecidas, pelo menos entre nós, ocidentais. (Alguns afirmam ser C. Havas duma família oriunda de Portugal...)

A agência TASS da URSS foi criada em 1938.

A portuguesa Lusa foi criada em 1987 por fusão da ANOP (Agência Noticiosa Portuguesa, cujos estatutos foram legalmente fixados em 1975) e da Notícias de Portugal-NP, fundada em 1982.

Durante o Estado Novo houve duas agências noticiosas nacionais: a Lusitânia (Agência Noticiosa Lusitânia), fundada em 1944, “veículo de propaganda do Estado Novo e das teses colonialistas da época”, e a ANI (Agência de Notícias e Informação), “igualmente conotada com a propaganda do regime ditatorial”, fundada em 1947 por Dutra Faria, Barradas de Oliveira e Marques Gastão, e dirigida, durante anos, por Dutra Faria, todos eles figuras gradas do jornalismo situacionista e, os dois primeiros, pelo menos, elementos do Integralismo Lusitano, de que um dos mentores foi António Sardinha.

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Integralismo Lusitano:

“movimento sócio-político surgido em 1913,

de orientação nacionalista, antiliberal, antiparlamentar e monárquica,

cujas linhas programáticas defendiam

a adaptação das instituições políticas medievais

às novas condições sociais modernas”

– cfr BU/Biblioteca Universal, Texto Editores.

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A partir de 1947 passaram a coexistir as duas agências, até algum tempo depois de 25 de Abril de 1974.

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Todos os povos, desde a antiguidade, tiveram os seus meios de comunicação. Mas aqui, e agora, tratamos dos meios de comunicação social.

O mais antigo deles é a imprensa.

No Ocidente, os primórdios dos jornais costuma ser referido como tendo surgido ainda na Antiguidade, com a Acta Diurna publicada sob ordem de Júlio César na Roma Antiga. Mas, e em termos mais próximos dos actuais, a produção de jornais (e outras publicações impressas) foi amplamente facilitada com a invenção da prensa móvel e da tipografia por Johann Gutenberg, em 1450. Contudo, só com a Revolução Industrial, no século XVIII, é que o jornal ganhou formatos e importância semelhantes aos da actualidade, passando a ser a fonte principal de informação da sociedade ocidental.

O primeiro jornal português datado de 1641, chamava-se A Gazeta e nele eram relatadas as notícias da corte portuguesa. E dos mais antigos, ainda hoje publicados, são o Açoriano Oriental - um diário publicado nos Açores, em Ponta Delgada, fundado a 18 de Abril de 1835, por Manuel António de Vasconcelos, - e o Diário de Notícias, fundado por José Eduardo Coelho (que foi também o seu primeiro director) e Tomás Quintino Antunes, em 1864, cujo primeiro número saiu em 29.12.1864.

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O segundo dos meios de comunicação de massas, a rádio, foi inventada pelo italiano Marconi em 1901.

Seguem-se experiências como a de Lee de Forest, em 1908, do alto da torre Eiffel, em Paris, fazendo uma transmissão que é captada em Marselha. Temos outra experiência no ano seguinte em Nova Iorque, em que a voz do tenor Enrico Caruso é transmitida do Metropolitan Opera House dessa cidade. Depois, novamente Forest instala, em 1916, e também em Nova Iorque, uma estação emissora experimental. E é inaugurada a primeira emissora popular de rádio, em Roterdão, em 1919.

As primeiras emissões de rádio em Portugal, por Abílio Nunes dos Santos Júnior, aconteceram em 01.03.1925.

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Por fim temos a televisão.

Nos anos 30 do séc. XX começam as primeiras emissões de televisão.

René Barthélemy efectuou, em Abril de 1931, a primeira transmissão de TV à distância. Em 1935 começa a funcionar, regularmente, o posto emissor da torre Eiffel. Em Londres, é inaugurada a estação regular de televisão da BBC em 1936 e em 1937 três câmaras fazem a transmissão da cerimónia de coroação do Rei Jorge IV, da Inglaterra (pai de Izabel II). Nos EUA, têm início as transmissões televisivas, também por essa altura; e na URSS em 1938. Mas, com a eclosão da Segunda Grande Guerra, o único país a manter a televisão em funcionamento é a Alemanha (1939).

A primeira imagem de TV nos EUA acontece em 1929, com o gato Félix, e a primeira emissão a cores em 1954 na estação americana da NBC.

Em Portugal deram-se os primeiros passos da televisão, a preto e branco, em 4.09.1956. As emissões regulares começaram em 7.03.1957, mas, por enquanto, só em Lisboa. A partir dos anos seguintes foi-se alargando... Era a RTP, agora RTP 1

No final da década de 1960 apareceu a RTP 2, que agora se designa por 2:. E no início dos anos 1990, apareceram os canais privados SIC e TVI. Estes quatro canais são generalistas e emitidos em sinal aberto, pelo que são os canais com maior audiência em Portugal, por serem gratuitos.

Em Março de 1980 iniciam-se as emissões a cores em regime experimental.

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O assédio dos poderes político e religioso aos órgãos dos media, é de todos os tempos.

Mas nos regimes ditatoriais o que se passou não foi assédio a esse importante mundo, foi o seu assalto e domínio puro e simples.

Durante o Estado Novo os todos os meios de comunicação, e não apenas os de maior impacto (havia olhos e ouvidos do ditador em toda a parte), foram completamente manipulados pelo regime autoritário. Na década de 60, porém, começaram a surgir tímidos programas menos “politicamente correctos”, ou mais impertinentes para o poder instituído.

Uma função do jornalismo nos regimes democráticos é fiscalizar os poderes públicos e privados e assegurar a transparência das relações políticas, económicas e sociais. Daí que os media sejam comummente designados de Quarto Poder (depois dos poderes Executivo, Legislativo e Judiciário).

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Completam-se hoje 136 anos (21.07.1870), foi uma QI: morreu Joseph Strauss, arquitecto, compositor e maestro austríaco. Em Portugal reinava D. Luís (32º). Pontificava Pio IX (255º).
Joseph Strauss nasceu em Viena aos 22.08.1827, filho do compositor e maestro Johann Strauss e irmão do outro Johann Strauss, que ficou conhecido pelo “rei das valsas”.

Era uma dinastia de músicos, a dos Strauss. E todos “valsistas”. O mais famoso foi Johann (filho) (1825-1899) - homónimo do pai, Johann Strauss (1804-1849) - autor da tão famosa valsa “Danúbio Azul”.

Os outros membros da dinastia foram Joseph Strauss e Edward Strauss, irmãos do Johann Strauss filho, e ainda um terceiro Johann Strauss, filho de Eduardo e neto de Johann Strauss (pai).

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Homónimos no apelido,

e igualmente compositor e maestro,

houve um Richard Strauss (1864-1949),

alemão, que nada tem a ver com esta família.

E já agora, e também ainda por mera curiosidade,

embora homónimo de um deles,

houve um Joseph Strauss (1870-1938), americano, engenheiro e designer

ligado à construção da ponte Golden Gate, de S. Francisco,

que também nada tem a ver com a dinastia dos músicos austríacos Strauss.

Além de outros Strauss, de outras nacionalidades

e célebres noutras áreas do conhecimento.

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Ao pai Strauss não agradava a ideia de que qualquer dos filhos seguisse a carreira da música, que achava esgotante. Porém, quis o destino que todos eles fossem compositores e maestros.

Joseph formou-se em arquitectura, e começou por ser arquitecto, para fazer a vontade ao pai, mas às escondidas - como aconteceu com os outros irmãos, todos apoiados pela mãe - e sempre atraído pela música, a ela se dedicou exclusivamente.

Joseph escreveu a sua primeira valsa em 1853, e dirigiu a orquestra do irmão João, nas ausências deste, acabando por formar a sua própria orquestra, para que compôs muitas peças, sobretudo de dança. Joseph foi autor, entre outras, da valsa Lustschwärmer e da polca Winterlust. Mas compôs também para várias operetas, a mais importante das quais a Frühlingsluft (Hálito da Primavera) em 1903.

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Aconteceu há 109 anos (21.07.1897), era uma QA: abertura da Tate Gallery, em Londres. No Reino Unido reinava a rainha Vitória enquanto que em Portugal reinava seu primo D. Carlos (33º), (o avô de D. Carlos, D. Fernando – marido de D. Maria II -, era primo do marido da rainha Vitória, Alberto de Saxe-Coburgo-Gota). Na direcção da igreja romana estava Leão XIII (256º).

A célebre galeria de arte de Londres, a Tate Gallery – como ainda hoje é designada, não obstante alterações várias - recolhe colecções de arte britânica a partir do século XVI e arte de outras proveniências, a partir dos começos do séc. XIX.

Em 1889, o britânico sir Henry Tate (1819-1899) doou ao Estado 65 pinturas de sua colecção de arte, e, para abrigar o acervo, patrocinou a construção de uma galeria nas margens do rio Tamisa. A Tate Gallery foi inaugurada em 1897 pelo herdeiro do trono, príncipe de Gales, que viria a ser o rei Eduardo VII.

Ao longo dos anos a Tate foi-se enriquecendo com novas peças, através de outras doações, donde a necessidade de ampliar o seu espaço.

As instalações foram ampliadas por Sir J. Duveen (1843-1908) e por seu filho Lord Duveen de Millbank (1869-1939).

No interior do imponente edifício podem ser vistos quase todos os nomes do impressionismo e pós-impressionismo francês. Assim como podem ser apreciados o fauvismo de Matisse, o expressionismo de Munch, o abstracionismo de Kandinsky, o cubismo de Picasso e Braque, a pintura metafísica de De Chirico, além de novas tendências e um importante acervo representativo da escultura moderna, como, por exemplo, do grande escultor britânico Henry Moore (1898-1986) que chegou a ser membro do conselho da Tate, eleito por sete anos, em 1941, e reeleito em 1949.

Obras de ampliação mais recentes deram origem à Clore Gallery, um anexo contíguo à Tate, aberta em 1987, que alberga as obras do pintor britânico John Mallord William Turner (1775-1851).

No ano seguinte, 1988, foi aberta ao público uma nova dependência da Tate Gallery, em Liverpool.

Actualmente, a Tate Gallery abriga a Colecção Nacional de Arte Moderna, com telas e esculturas de artistas britânicos e europeus de 1800 até hoje.

Uma boa forma de descrever a Tate Gallery é através de números: a instituição abrange 4 prédios (Tate Britain, Tate Modern, Tate Liverpool e Tate St. Ives) e possui um conjunto de 65.000 obras (recordo que começou com 65 doadas pelo seu fundador, Henry Tate), todas documentadas e a maioria ilustrada no seu site na Internet (http://www.tate.org.uk/).
Na
Tate Britain está a colecção nacional de arte inglesa, que abrange obras produzidas de 1500 até o presente, e inclui importantes artistas ingleses como Blake, Constable, Epstein, Gainsborough, Gilbert and George, Hatoum, Hirst, Hockney, Hodgkin, Hogarth, Moore, Rossetti, Sickert, Spencer, Stubbs e Turner.
Arte produzida fora da Inglaterra é o foco da Tate Modern, cujo acervo abrange trabalhos feitos desde 1900, incluindo importantes obras de Dalí, Picasso, Matisse, Rothko e Warhol, assim como representantes da arte contemporânea de diversos países.

«Tate Britain é a nova designação da anterior Tate Gallery e apresenta a maior colecção de arte britânica ao nível mundial. O visitante poderá descobrir 500 anos de criatividade, incluindo obras de artistas britânicos famosos e que vão desde JMW Turner, Thomas Gainsborough, John Constable, os Pré-Rafaelitas e William Blake até David Hockney, Francis Bacon e, ainda, obras de arte contemporâneas integradas na categoria "Art Now". As exposições desta ampla Colecção são gratuitas e complementadas, ao longo do ano, com mostras especiais relacionadas com a arte britânica.» (Texto de apresentação no site em português: http://www.tate.org.uk/home/portuguese.htm)

«Nos últimos 15 anos a Tate Gallery, de Londres, tornou-se uma instituição tão prestigiada e com uma colecção do nível do Centro Pompidou, em Paris, e próxima do Museu de Arte Moderna de Nova York, o MoMA. Parte desse sucesso deve ser creditado a sir Nicholas Serota, responsável pelo museu nesse período, gestão marcada por uma expansão que conquistou quatro filiais na Inglaterra, sendo a mais badalada delas a Tate Modern, aberta em 2000, que, em seis meses, ultrapassou três milhões de visitantes» (escreveu Fábio Cypriano, na Folha de S.Paulo online, em 14.10.03, por ocasião de uma visita de trabalho de Nicholas Serota a S. Paulo).

«Serota, 57, tornou-se um director respeitado - e polémico - ao expor obras do acervo da Tate sem levar em conta escolas de arte ou ordem cronológica. Na Tate Modern, por exemplo, uma paisagem do impressionista Monet (1840-1927) está ao lado de uma peça contemporânea do inglês Richard Long» (explica mais abaixo o mesmo jornalista).

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Completam-se hoje 107 anos (21.07.1899), que foi numa SX: nasceu nos EU, em Oak Park, perto de Chicago, Ernest Hemingway, escritor norte-americano. Nos EU iniciara-se, pouco antes, o segundo mandato do 25º presidente, o republicano William McKinley, que seria pouco depois assassinado, mas é ainda lembrado pelos seus concidadãos pelo expansionismo territorial dos EU e pela sua entrada na era do neo-imperialismo. Em Inglaterra reinava a rainha Vitória e em Portugal ainda reinava D. Carlos. Prosseguia o pontificado de Leão XIII.

É de tradição, ao falar-se de Hemingway, começar por dizer que três são os temas recorrentes na sua obra: a guerra, a festa brava e a pesca, quais símbolos da honra, da dignidade e do primitivismo.

É geralmente referida a influência que teve no seu estilo a escritora, poeta e feminista norte-americana Gertrude Stein, que privou com nomes célebres da sua época, como Pablo Picasso, Matisse, Georges Braque, Apollinaire, Joyce, Cocteau e muitos outros. Aliás, terá sido a própria miss Stein – que se imaginava um génio – que o introduziu no mundo da tauromaquia. Não surpreende, pois, que o primeiro romance de Hemingway tivesse sido Fiesta (1926). Não só no seu primeiro livro é marcante a influência de miss Stein, pois que os autores também a assinalam em Morte ao Entardecer (1932).

Geralmente o maior destaque que é dado à sua obra é a dois livros que tratam da guerra: O Adeus às Armas (1929), que tem como tema as experiências durante a guerra na frente italiana, e Por Quem os Sinos Dobram (1940), cuja acção decorre durante a Guerra Civil de Espanha.

A crítica também alude ao período de 1925 a 1929 como aquele em que “Hemingway produziu algumas das obras de ficção mais importantes do século XX”. Aliás, Hemingway, o Prémio Nobel da Literatura de 1954, foi um dos mais celebrados escritores do seu país, do século XX.

Mas Hemingway também foi Prémio Pulitzer em 1952 com um dos seus mais conhecidos livros, O Velho e o Mar. Além de vários outros, também tiveram muito sucesso As Verdes Colinas de África (1935) e As Neves do Kilimanjaro (1936). Como algumas sua obras póstumas, como Paris é uma Festa (1964), e O Jardim de Éden (1986).

Vencido por uma depressão, suicida-se aos 02.07.1961, a poucos dias de completar os 62 anos.

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Completam-se hoje 66 anos (21.07.1940), foi num DM: nasceu, em Lisboa, João Perry, actor português. O “vitalício” PR, general Carmona, cumpria o 2º dos seus 4 mandatos sucessivos, de 7 anos cada, sendo que não completou o último e não cumpriu mais por imperativos da vida: sobreveio a morte. Pontificava Pio XII (260º).
João Perry, ou melhor, João Rui Morais Sarmento Paquete, oriundo de uma família de actores, interessou-se pelo teatro, desde muito cedo. Estreou-se ainda criança, aos 13 anos, no palco do Teatro Nacional de D. Maria II, com a peça Rapaziadas (1953), de Victor Ruiz Iriarte. Na época de 1964-1965 esteve na fundação do Teatro Estúdio de Lisboa. Mais tarde ingressou na Companhia Portuguesa de Comediantes, sediada no teatro Villaret. Dos seus trabalhos como actor destacam-se, entre outros: Romeu e Julieta, O Alfageme de Santarém, O Homem que fazia Chover, A Jangada e O Pecado de João Agonia. Nos anos 70, como bolseiro da Fundação Calouste Gulbenkian, trabalhou com La Mamma Experimental Theatre Club, para o qual encenou o espectáculo Stolen Words. Também encenou várias peças no Teatro Nacional D. Maria II, incluindo Sonho de Uma Noite de Verão (1996). Para além do teatro, João Perry tem desenvolvido trabalhos na televisão (telenovelas, séries e peças televisivas) e no cinema. Da sua filmografia destaco: Dina e Django (1979), Conversa Acabada (1981), Sem Sombra de Pecado (1982), Crónica dos Bons Malandros (1983), Um Adeus Português (1985), Confidências (1986) e Vale Abraão (1993). Gravou ainda dois discos de poesia (Fernando Pessoa e Eugénio de Andrade). Conquistou diversos prémios e foi por diversas vezes galardoado como melhor actor do ano. É considerado um dos melhores actores da sua geração. (Transcrito da BU, da Texto Editores, com a devida vénia)

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Completam-se hoje 65 anos (21.07.1941), que foi numa SG: nasceu, na Póvoa do Varzim, o professor universitário, escritor, dramaturgo e político Diogo Pinto Freitas do Amaral. Decorria, ainda, o 2º dos 4 mandatos presidenciais consecutivos do general Carmona. Continuava o pontificado de Pio XII (260º).

Freitas do Amaral foi, até há pouco, Ministro de Estado e Ministro dos Negócios Estrangeiros do XVII Governo Constitucional, liderado por José Sócrates.

Frequentou a Universidade de Lisboa, onde concluiu o curso de Direito (1963) e fez doutoramento em Ciências Jurídico-Políticas. Tornou-se docente de Direito Administrativo (1964) nesta universidade e na Universidade Católica Portuguesa (1977). Foi um dos fundadores do Centro Democrático Social (CDS) em 19.07.1974.

Durante a época que se seguiu ao 25 de Abril foi nomeado membro do Conselho de Estado. Em 1977, foi ministro dos Negócios Estrangeiros. Em 1978, ao lado de Adelino Amaro da Costa, aderiu à coligação Aliança Democrática (AD), em parceria política com o Partido Popular Democrático (PPD) e o Partido Popular Monárquico (PPM). Durante os três governos da AD (1980-83), deteve a pasta da Defesa Nacional e foi vice-primeiro-ministro. Foi, também, presidente da Federação das Democracias Cristãs (1981-83).

Concorreu às eleições presidenciais de 1986, tendo sido derrotado por Mário Soares. Afastou-se da liderança do CDS em 1991, regressando em 1992. Com a reestruturação do partido, retirou-se do cargo, em rota de colisão com o então presidente do partido, Manuel Monteiro, e a redenominação do CDS para Partido Popular (PP). Em 1995, tomou posse da presidência da Assembleia Geral das Nações Unidas (ONU), tornando-se o primeiro português a desempenhar estas funções.

Publicou inúmeras obras ao longo da sua carreira académica, tais como: O Caso do Tamariz (1965), Conceito e Natureza do Recurso Hierárquico (1981), Política Externa e Política de Defesa (1985) e O Antigo Regime e a Revolução (1995). Estreou-se como dramaturgo com a peça O Magnífico Reitor, uma ficção baseada em factos reais que tem como pano de fundo a crise académica de 1962. E publicou, ainda, uma biografia de D. Afonso Henriques.

Na campanha eleitoral das legislativas de 20.02.05, Freitas do Amaral havia defendido uma maioria absoluta do Partido Socialista nessas eleições, uma vez que considerava que essa era a única solução política viável para o estado de coisas em que o país se encontrava.

Convidado a integrar o governo saído daquelas legislativas, o cargo no governo do PS custou a Freitas do Amaral a suspensão do Partido Popular Europeu, que considerou que a sua filiação neste agrupamento ou “família” era incompatível com a presença num governo socialista.

Invocando razões de saúde, Freitas do Amaral pediu a demissão do cargo em Junho de 2006, tendo nele sido substituído por Luís Amado.

(Transcrito da cit BU)

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Completam-se hoje 58 anos (21.07.1948), foi numa QA: nasceu, em Londres, Cat Stevens, compositor e cantor inglês. Cingia, então, a coroa britânica o rei Jorge VI (pai de Isabel II) e o governo era liderado por Clement Attlee, depois de uma retumbante vitória – em 1945 - do Partido Trabalhista sobre o Partido Conservador, que tirou do poder Churchill, o velho Winnie, o "devorador de alemães". Em Portugal prosseguia o longo e vitalício consulado do general Carmona, um importante pilar da ditadura, enquanto que na chefia do governo e do regime se perpetuava Salazar. Em Roma pontificava, ainda, Pio XII.

Cat Stevens, ou antes, Steven Demetre Georgiou, filho de um cipriota grego e de uma sueca, foi um dos grandes nomes da música ligeira dos anos 60 e 70.

Cat Stevens converteu-se ao Islão, em 1977 ou 1978, adoptando o nome de Yusuf Islam. Abandonou, então, qualquer actuação com fins comerciais.

Depois de mais de 25 anos sem gravar um disco - embora em 2003 tenha feito uma nova versão da canção anti-guerra «Peace Train» - Yusuf Islam gravou, entretanto, uma versão de Father and Son, um grande êxito de Cat Stevens em 1970.

E foi ainda como Yusuf Islam que gravou The Life of the Last Prophet (1995) e Prayers of the Last Prophet (1999).

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Foi há 55 anos (21.07.1951), era um SB: o general Craveiro Lopes é eleito Presidente da República.

Nem os ditadores nem os seus prosélitos escapam à lei da morte: Carmona morrera em Abril anterior. Mas Salazar continuava firme que nem uma rocha.

Francisco Higino Craveiro Lopes (1894-1964), piloto aviador e general da Força Aérea, concorreu a esta eleição pela lista da União Nacional. Obviamente, com o beneplácito do líder do regime. Porém, Craveiro Lopes cedo desapontaria Salazar, revelando uma distância, uma frieza e um formalismo, quiçá uma simpatia pela oposição, que nunca podiam agradar ao todo-poderoso ditador.

“Ao ser eleito nada fazia prever que esta Presidência acabasse por ser problemática, um verdadeiro estorvo, para o regime. Os problemas surgiram desde o início.

Entre Craveiro Lopes e o presidente do Conselho as relações foram sempre frias e formais”, revela Manuel Homem de Mello, que um pouco adiante esclarece melhor: Craveiro Lopes com o decorrer dos anos vai-se sentindo cada vez mais humilhado e vexado. Os discursos eram modificados, os projectos recusados ou protelados, as convocações da Presidência ao Governo ignoradas.

Era uma personalidade que não estava habituada a ser apenas um elemento decorativo”

Daí que, “relativamente à "abrilada" de Botelho Moniz em 1961, o seu compromisso [foi] total”, escreveu Fernando Rosas

Pela oposição concorreram o almirante Quintão Meireles e o prof Ruy Luís Gomes. Este último foi considerado inidóneo, portanto inelegível, pelo Supremo Tribunal, ao abrigo da Lei n.º 2048, de 11 de Junho de 1951, que introduziu novas alterações ao texto constitucional de 1933.

O regime, internamente, perdia cada vez mais credibilidade. Externamente, era cada vez mais marginalizado.

Salazar governava e liderava o regime a seu talante:

no governo, era ele quem tudo decidia;

na Assembleia Nacional eram forjadas as leis,

por medida,

que lhe convinham.

Neste e noutros casos, as leis do jogo eram alteradas

nas vésperas do encontro.

Se necessário fosse, até durante o próprio encontro.

O que era preciso era dar uma certa aparência de legalidade

a todas estas manobras.

Por alguma razão foi insistentemente pedida

a inconstitucionalidade desta lei.

Afastado e brutalmente perseguido, Ruy Luís Gomes foi posto KO. O almirante Quintão Meireles, sem condições nem garantias de seriedade, viu-se forçado a desistir e a retirar a sua candidatura na véspera das eleições.

Sem opositores, Craveiro Lopes tinha o tapete vermelho estendido para a consagração. A eleição era uma mera formalidade. Bem vistas as coisas – e sempre durante a ditadura – uma formalidade desnecessária.

Mas, já agora, conveniente.

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Foi há 46 anos (21.07.1960), era uma QI: Sirimavo Bandaranaike torna-se primeira-ministra do Sri Lanka. Em Portugal, mercê das costumadas fraudes eleitorais da ditadura, o fiel e submisso Américo Tomás, sempre “a bem da Nação”, cumpria o seu primeiro mandato presidencial. Em Roma ocupava a cadeira de Pedro o papa João XXIII (261º), “o bom papa João”, como muitos o designaram.

Sirimavo Ratwatte, nascida em 17.04.1916, de uma família católica, foi uma activista política do seu país. Casou em 1940 com Solomon Dias Bandaranaike, que era então ministro da Saúde do governo colonial. Solomon, pouco depois da independência do país, fundou o partido da Liberdade (em 1951), e pelas eleições de Abril de 1956, tornou-se primeiro-ministro. Nesta altura já se tinham, ambos, convertido ao budismo, e, curiosamente, foi às mãos de um monge budista que Solomon foi assassinado, em 1959. Entretanto, Sirimavo Ratwatte Dias Bandaranaike, (nome de casada – curioso o apelido Dias, do marido) tornou-se presidente do partido da Liberdade (Maio 1960) e vencendo as legislativas de Julho seguinte torna-se na sucessora do marido, como primeira-ministra. Cargo que desempenhou de 1960 a 1965, de 1970 a 1977 e de 1994 a 2000, ano, este último, em que morreu, a 10 de Outubro.

Ceilão era como se chamava o país, até 1972, e que, num dos governos de Sirimavo, mudou o nome para a actual designação: Sri Lanka. Trata-se de um país insular situado no Índico, ao largo da costa sudeste da Índia, com capital em Colombo.

País de raízes ancestrais, tem estado sempre envolvido em permanentes lutas internas.

Para não remontar a mais longínquas eras, recordarei que, em Novembro de 2003, a presidente Kumaratunga deu início a uma crise política ao demitir três ministros e suspender o Parlamento. O Parlamento retomou o trabalho duas semanas depois, mas o processo de paz ficou comprometido, uma vez que as conversações com os Tigres Tamil foram interrompidas.

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Tamil é o nome de uma etnia do país.

Tigres Tamil é a designação abreviada

de um movimento de guerrilha interna.

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Embora vencedor nas eleições de Abril de 2004, o partido da presidente não conseguiu a maioria absoluta.

Os rebeldes Tigres Tamil têm sido uma permanente ameaça ao poder, não hesitando, inclusive, em usar os ataques-suicidas nas suas acções.

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Foi há um ano atrás, (21.07.2005), que ocorreu numa QI: ataque terrorista em Londres: três bombas no metro e uma num autocarro.

Duas semanas depois dos atentados de 7 de Julho, Londres voltou a viver momentos de ansiedade e pânico com o rebentamento de quatro engenhos explosivos, de fabrico artesanal, em três estações de metro e num autocarro.

As pequenas explosões, ainda que tivessem afectado o sistema de transportes, não provocaram vítimas, segundo uns, mas conforme outros, fizeram um ferido. Aconteceu foi que as bombas mais poderosas, que estavam dentro de mochilas, não explodiram.

Daí que também se tenham referido estes ataques como fracassados.

Contudo, e segundo o Jornal de Defesa, “a natureza e a quantidade de material explosivo encontrado, na sequência dos atentados de 7 e 21 de Julho em Londres indiciam a existência de uma rede terrorista capaz de levar a cabo operações continuadas”.

A polícia concluiu que, desta feita, se não tratou de ataques suicidas.

Natural foi o pânico e ansiedade provocados por este acontecimento, dado que estava ainda muito fresca a memória dos atentados de 7 de Julho, esses sim reivindicados pela Al-Qaeda. Dessa vez, quatro jovens muçulmanos, britânicos, fizeram-se explodir em três composições do metro e num autocarro de dois pisos, no centro de Londres, na hora de ponta, provocando mais de 50 vítimas mortais, além de cerca de 700 feridos.

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