Na SG 25.06.1962, fez anteontem 50
anos, foi fundada, em Dar-Es-Salaam, na (actual) Tanzânia, a FRELIMO (Frente
de Libertação de Moçambique), liderada por Eduardo Mondlane.
Assassinado este, consta que pela
PIDE, na SG 03FEV1969, a poucos meses de completar os 49 anos, segue-se-lhe
na liderança, em 1970, Samora Machel, na presidência, e Marcelino dos Santos,
na vice-presidência.
Continuação…
|
“Oficialmente, a guerra teve
início a 25 de Setembro de 1964, com um ataque ao posto administrativo de Chai,
(…) Cabo Delgado, e terminou com um cessar-fogo a 8 de Setembro de 1974,
resultando numa independência negociada” [Independência] e
assinada em 25.06.1975 (no dia em que a FRELIMO fazia 13 anos de existência),
após 10 anos de luta armada contra as forças portuguesas. “A FRELIMO toma o
poder, tornando-se Samora Machel” (sucessor de Eduardo Mondlane e chefe
carismático deste movimento) “o primeiro presidente da República Popular de
Moçambique. [FRELIMO 1]
As forças em confronto nesta frente da guerra
colonial eram de 15 mil homens do lado da FRELIMO contra 73 mil do Estado
português.
As perdas traduziram-se em 25 mil mortos entre
os guerrilheiros moçambicanos e 10 mil do lado das tropas portuguesas.
[Wars]
|
De 1975 a 1992, a FRELIMO esteve
em guerra civil com a RENAMO/ Resistência Nacional Moçambicana. A 4 de Outubro
de 1992 os dois movimentos assinaram a paz. Nas eleições gerais de Agosto de
1994 a FRELIMO, que passa de movimento a partido após o seu III Congresso,
obteve maioria absoluta, em relação ao outro partido de maior representação,
RENAMO. Em Dezembro desse ano, instalado o Parlamento, Joaquim Chissano (que
fora secretário de Mondlane e primeiro-ministro no governo de transição) toma
posse como Presidente da República.
Moçambique acabava de implantar um
sistema multipartidário. Uma república presidencialista cujo governo é formado
pelo partido político com maioria parlamentar, sendo as eleições realizadas de
cinco anos em cinco anos.
A propósito da Renamo, transcrevo
o discurso da líder da respectiva bancada parlamentar, na abertura da IV Sessão
Ordinária da Assembleia da República, em Outubro 2011.
“É com subida honra que tomo a palavra para me dirigir a vós caros
colegas, desejando-vos as boas vindas para mais uma jornada laboral, no
cumprimento dos preceitos regimentais, após um largo período de interregno, e
mudança de actividades.
Saúdo o generoso Povo Moçambicano, pela tolerância e humildade que o caracteriza.
Estendo as minhas saudações à Sua Excelência, Presidente do Partido Renamo, Afonso Macacho Marceta Dhlakama, homem visionário, lutador e implacável defensor dos oprimidos discriminados, dos excluídos.” [RENAMO]
Saúdo o generoso Povo Moçambicano, pela tolerância e humildade que o caracteriza.
Estendo as minhas saudações à Sua Excelência, Presidente do Partido Renamo, Afonso Macacho Marceta Dhlakama, homem visionário, lutador e implacável defensor dos oprimidos discriminados, dos excluídos.” [RENAMO]
Em Junho de 2002, Joaquim Chissano
foi reeleito presidente da Frelimo, cargo em que foi sucedido por Armando
Emílio Guebuza, em 2005, já eleito, no ano anterior, para o cargo de presidente
da República de Moçambique. [FRELIMO 2]
Em matéria de cultura, em muito
breve síntese e cingindo-nos às letras, não vamos referir todos os escritores e
poetas de Moçambique, que são muitos.
De entre eles comecemos por
Marcelino dos Santos (1929), um dos fundadores da FRELIMO onde chegou a
vice-presidente e que também ocupou cargos importantes na hierarquia do Estado.
Sob os pseudónimos Kalungano e Lilinho Micaia
publicou poemas seus no Brado
Africano (um periódico do Maputo) e em duas antologias editadas pela Casa
dos Estudantes do Império, em Lisboa. Com o seu nome oficial, tem um único
livro publicado pela Associação dos Escritores Moçambicanos, em 1987,
intitulado ‘Canto do Amor Natural’. [Santos]
José João Craveirinha (1922 —2003)
é considerado o poeta maior de Moçambique. Em 1991, tornou-se o primeiro autor
africano galardoado com o Prémio Camões, o mais importante prémio literário da
língua portuguesa. Colaborou, como jornalista, em 8 periódicos moçambicanos.
Foi presidente da Associação Africana na década de 1950. Esteve preso entre
1965 e 1969 por fazer parte da Frelimo. Foi ainda primeiro Presidente da Mesa
da Assembleia Geral da Associação dos Escritores Moçambicanos, entre 1982 e
1987. [Craveirinha]
Autobiografia
«Nasci a primeira vez em 28 de Maio de 1922. Isto num domingo.
Chamaram-me Sontinho, diminutivo de Sonto. Isto por parte da minha mãe, claro.
Por parte do meu pai, fiquei José. Aonde? Na Av. Do Zihlahla, entre o Alto
Maé e como quem vai para o Xipamanine. Bairros de quem? Bairros de pobres.
Nasci a segunda vez quando me fizeram descobrir que era mulato…A seguir, fui
nascendo à medida das circunstâncias impostas pelos outros. Quando o meu pai
foi de vez, tive outro pai: seu irmão. E a partir de cada nascimento, eu
tinha a felicidade de ver um problema a menos e um dilema a mais. Por isso,
muito cedo, a terra natal em termos de Pátria e de opção. Quando a minha mãe
foi de vez, outra mãe: Moçambique. A opção por causa do meu pai branco e da
minha mãe preta. Nasci ainda outra vez no jornal O Brado Africano. No mesmo
em que também nasceram Rui de Noronha e Noémia de Sousa. Muito desporto
marcou-me o corpo e o espírito. Esforço, competição, vitória e derrota,
sacrifício até à exaustão. Temperado por tudo isso. Talvez por causa do meu
pai, mais agnóstico do que ateu. Talvez por causa do meu pai, encontrando no
Amor a sublimação de tudo. Mesmo da Pátria. Ou antes: principalmente da
Pátria. Por parte de minha mãe, só resignação. Uma luta incessante comigo
próprio. Autodidacta. Minha grande aventura: ser pai. Depois, eu casado. Mas
casado quando quis. E como quis. Escrever poemas, o meu refúgio, o meu País
também. Uma necessidade angustiosa e urgente de ser cidadão desse País,
muitas vezes, altas horas da noite.»
[id]
|
Belo texto!
Luís Bernardo Honwana nasceu na,
então, Lourenço Marques em 1942. Aos 17 anos foi estudar jornalismo. Seu
talento foi descoberto por José Craveirinha. Em 1964, Honwana tornou-se
militante da FRELIMO, o que, obviamente, o levou à prisão de 1964 a 1967. Após
a independência, Honwana foi alto funcionário do governo e presidente da
Organização Nacional dos Jornalistas de Moçambique. Desempenhou funções na
hierarquia do Estado. A sua obra mais conhecida, Nós Matámos o Cão-Tinhoso foi publicada em 1964. Em 1969 a obra é
traduzida para inglês. Depois noutros idiomas. Um dos contos que o integravam "As mãos dos pretos" foi
registado no livro "Contos Africanos dos países de língua
portuguesa", junto com outros contos dos autores Albertino Bragança,
Boaventura Cardoso, José Eduardo Agualusa, Luandino Vieira, Mia Couto, Nelson
Saúte, Odete Semedo, Ondjaki e Teixeira de Sousa, todos autores que vivem ou
viveram em países africanos de língua oficial portuguesa.
[Honwana]
Mia Couto, nascido António Emílio
Leite Couto (Beira, 5 de Julho de 1955), é um biólogo e escritor moçambicano.
Mia nasceu na Beira. Com catorze
anos de idade, teve alguns poemas publicados no jornal Notícias da Beira e três
anos depois, em 1971, mudou-se para a capital, então Lourenço Marques. Iniciou
os estudos universitários em medicina, mas abandonou esta área em favor, mais
tarde, da biologia. Tornou-se jornalista depois do 25 de Abril de 1974.
Trabalhou na Tribuna até à destruição
das suas instalações em Setembro de 1975, por colonos que se opunham à
independência. Foi director da Agência de Informação de Moçambique (AIM) e
formou ligações de correspondentes entre as províncias moçambicanas durante o
tempo da guerra de libertação. Foi director da revista Tempo até 1981 e continuou a carreira no jornal Notícias até 1985.
Em 1983, estreou-se no com o seu primeiro livro de poesia, Raiz de Orvalho. É sem dúvida um dos maiores escritores de
Moçambique, e é o mais traduzido. Em muitas das suas obras, Mia Couto tenta
recriar a língua portuguesa com uma influência moçambicana, utilizando o léxico
de várias regiões do país e produzindo um novo modelo de narrativa africana. Terra Sonâmbula, o seu primeiro romance,
publicado em 1992, ganhou o Prémio Nacional de Ficção da Associação dos
Escritores Moçambicanos em 1995 e “foi considerado um dos doze melhores livros
africanos do século XX por um júri criado pela Feira Internacional do Livro do
Zimbabué.
Tem uma muito extensa
bibliografia, da qual, por razões de economia de espaço (e de tempo e paciência
do leitor) apenas citarei alguns exemplos. Muitos dos seus livros são
publicados em mais de 22 países e traduzidos em alemão, francês, espanhol,
catalão, inglês e italiano.
Quanto a poesia, Mia Couto
estreou-se com o referido Raiz de Orvalho,
mas já antes, em 1980, tinha sido antologizado por outro dos grandes poetas
moçambicanos, Orlando Mendes (outro biólogo), numa edição do Instituto Nacional
do Livro e do Disco. Em 1999, a Editorial Caminho (que publica as suas obras em
Portugal) relançou aquele seu livro de estreia e outros poemas que teve sua 3ª
edição em 2001. A mesma editora dá ao prelo em 2011 o seu segundo livro de
poesia, "Tradutor de Chuvas".
Em matéria de contos e de uma nova
maneira de falar - ou "falinventar" - português, que continua a ser o
seu "ex-libris", a sua estreia foi em meados dos anos 80, publicando Vozes Anoitecidas (1ª ed. da Associação
dos Escritores Moçambicanos, em 1986; 1ª ed. Caminho, em 1987; 8ª ed. em 2006;
Grande Prémio da Ficção Narrativa em 1990, ex aequo), Cada Homem é uma Raça (1ª ed. da Caminho em 1990; 9ª ed., 2005), Estórias Abensonhadas (1ª ed. da
Caminho, em 1994; 7ª ed. em 2003) e Na
Berma de Nenhuma Estrada (1ª ed. da Caminho em 1999; 3ª ed. em 2003), para
além de outros.
Também publicou em volume algumas
das suas crónicas, como Cronicando
(1ª ed. em 1988; 1ª ed. da Caminho em 1991; 7ª ed. em 2003; Prémio Nacional de
Jornalismo Areosa Pena, em 1989), Pensatempos
- Textos de Opinião (1ª e 2ª ed. da Caminho em 2005), E se Obama fosse Africano? e Outras Interinvenções (1ª ed. da
Caminho em 2009)
"Na
sequência do anterior Pensatempos, Mia Couto ressurge com um conjunto de
textos de intervenção que resulta da sua participação em encontros públicos
nos últimos anos. São textos de reflexão crítica de um autor de ficção que,
ao mesmo tempo que reinventa o seu universo, não abdica da sua missão de
pensar o mundo. As intervenções abordam temas que vão da política à
literatura, da cultura à antropologia, mas todos eles confirmam como o
escritor moçambicano faz da sensibilidade poética um modo de entender a
complexidade do nosso tempo."
[Floresta]
|
E, naturalmente, não deixou de
lado o género romance cuja estreia foi (recordo) com Terra Sonâmbula (com as distinções atrás referidas). Publicou ainda
Mar Me Quer (1ª ed. Parque EXPO/NJIRA
em 1998, como contribuição para o pavilhão de Moçambique na Exposição Mundial
EXPO '98 em Lisboa; 1ª ed. da Caminho em 2000; 8ª ed. em 2004), Um Rio Chamado Tempo, uma Casa Chamada Terra
(1ª ed. da Caminho em 2002; 3ª ed. em 2004; rodado em filme pelo português José
Carlos Oliveira), O beijo da palavrinha,
com ilustrações de Malangatana (1ª ed. da Editora Língua Geral em 2006) e outros mais.
Malangatana, aliás Malangatana Valente Ngwenya, nascido em
Matalana (arredores da actual Maputo) aos 06.06.1936, morreu em Matosinhos,
Portugal, a 5 de Janeiro de 2011, aos 74 anos, foi um artista plástico
(desenhista, pintor, escultor, ceramista, muralista), poeta, actor,
dançarino, músico, dinamizador cultural e até deputado da FRELIMO.
Foi, no entanto, como pintor que mais se notabilizou. “Artista
completo e multifacetado, Malangatana expôs em Moçambique e em Portugal, mas
também mundo fora, na Alemanha, Áustria e Bulgária, Chile, Brasil, Angola e
Cuba, Estados Unidos, Índia. Tem murais em Maputo e na Beira, na África do
Sul e na Suazilândia, mas também em países como a Suécia ou a Colômbia. Foi
nomeado Artista pela Paz (UNESCO) [em 1997], recebeu o prémio [holandês]
Príncipe Claus, e de Portugal levou também a medalha da Ordem do Infante D.
Henrique.” [SIC].
Aliás, Malangatana tornou-se um dos mais notáveis artistas
plásticos de África.
Prevê-se, para breve, a publicação de "escritos que Malangatana,
poeta, deixou".
Os trabalhos do pintor moçambicano têm sido objecto de uma
subida de “cotação”.
|
Mia Couto recebeu vários prémios
literários, designadamente o 1999 - Prémio Vergílio Ferreira, em 1999 (3ª
edição) [criado pela Universidade de Évora, com o valor pecuniário de 5 mil
euros], pelo conjunto da sua obra. E o Prémio Eduardo Lourenço 2011 (7ª
atribuição) [atribuído pelo Centro de Estudos Ibéricos, com o valor material de
10 mil euros].
Além disso é sócio correspondente,
eleito em 1998, da Academia Brasileira de Letras, sendo sexto ocupante da
cadeira 5, que tem por patrono Dom Francisco de Sousa. [Couto]
Moçambique (inicialmente República
Popular de Moçambique, hoje República de Moçambique) é um país da África
austral, de regime presidencialista, situado no sudeste de África com cerca de
21 284 000 de habitantes (estimativa de 2008), cujo idioma oficial é o
português mas onde se falam “cerca de 30 dialectos diferentes correspondentes
às etnias locais, sendo que todos eles são provenientes da língua banto.” A
religião predominante é a animista (cerca de 40% de fiéis). Seguem-se a cristã
e a muçulmana com 30% cada.
Animismo é um termo criado pelo antropólogo britânico Sir Edward
B. Tylor, em 1871, para designar "a manifestação religiosa imanente a
todos os elementos do Cosmos" (a natureza, os seres vivos e os fenómenos
naturais), todos dotados de sentimentos, emoções, vontades ou desejos e
inteligência, e todos regidos por “um princípio vital e principal designado
por ânima”. Em suma, os cultos animistas sustentam que: "Todas as coisas
são vivas", "Todas as coisas são conscientes", ou "Todas
as coisas têm ânima".
Porém, a partir dos anos 50 do séc. XX, o termo é abandonado
pela Antropologia, atendendo ao seu carácter tão vago, já que elementos
animistas estão presentes na generalidade das religiões.
|
A economia do país tem vindo a
desenvolver-se lenta mas progressivamente. Os principais produtos exportados
são: camarão, castanha de caju, algodão e açúcar.
A Constituição da República
Popular de Moçambique data de 1975, ano da independência do país, mas foi
posteriormente revista em 1978 e em 1990. O texto de 1990, consagra o
multipartidarismo e as liberdades fundamentais do cidadão, assim como prevê a
existência de um presidente eleito, por sufrágio universal, para um mandato de
cinco anos, e de uma Assembleia da República composta por 250 membros, eleitos
de igual modo para um mandato de cinco anos.
Os dois maiores partidos de
Moçambique são o da FRELIMO, de que já se falou atrás, e o da RENAMO.
A Renamo teve a sua génese no
“Movimento rebelde fundado, em 1976, por André Matsangaissa principal opositor
da Frelimo (…), que morreu em 1979. Originalmente designado por Movimento
Nacional de Resistência (MNR)”, movimento que foi apoiado política e
logisticamente pela Rodésia (hoje Zimbabwe) de Ian Smith” [BU], que antes fora Rodésia do Sul.
Afonso Dhlakama ziguezagueou entre
aquele movimento e a Frelimo. Um equívoco seu, pois que era na (já então)
Renamo que ele encontrava arrimo à sua ideologia conservadora. Só que,
encontrando-se a Rodésia em processo de independência, Dhlakama viu-se obrigado
a procurar outro apoio, que encontrou na África do Sul.
O partido da Renamo atingiu o seu
zénite nos anos 80, reforçado e "intensamente
apoiado pela África do Sul" [INFO] (ainda a do apartheid), quer politicamente quer em termos logísticos,
designadamente com homens e armamento.
Para efeitos eleitorais este
partido forma uma aliança eleitoral: RENAMO-EU/Renamo-União Eleitoral, que é
constituído, pelo menos, por
- RENAMO
- FDU/Frente Democrática Unida
- FAP/Frente de Acção Patriótica
- PPPM/Partido para o Progresso do
Povo de Moçambique
- PUN/Partido de Unidade Nacional
- FUMO/PCD/Frente Unida de
Moçambique/Partido de Convergência Democrática
- MONAMO/PSD/Movimento
Nacionalista Moçambicano/Partido Social Democrata
- PCN/Partido da Convenção
Nacional
- ALIMO/Aliança Independente de
Moçambique
- PEMO/Partido Ecologista de
Moçambique
- PAREDE/Partido de Reconciliação
Democrática
Além destes dois principais
partidos existem, ainda, pelo menos, umas três dezenas de pequenos partidos.
“No plano da política partidária,
o crescimento de um Partido Islâmico, ideologicamente fundamentalista, e que
dispõe de um terreno fértil num país em que 19 por cento da população é
muçulmana, representa um factor de perturbação.”
O sistema de partido único foi
oficialmente abandonado em Agosto de 1990, e em Dezembro foi acordado um
cessar-fogo parcial. Em 1991, tiveram lugar em Roma conversações para a paz,
foi abortada uma tentativa de golpe contra o Governo, e em 04.10.1992 foi assinado
um Acordo Geral de Paz, entre o presidente Chissano e o líder da Renamo, Afonso
Dhlakama, acordo que previa a desmobilização dos dois exércitos e a sua
substituição por um exército comum.
O processo sofreu alguns atrasos e
apenas em Agosto de 1994 a desmobilização ficou completa.
Em Dezembro de 2004, os
moçambicanos foram a votos para escolher, simultaneamente, o novo presidente e
os novos 250 deputados ao Parlamento. Sem Joaquim Chissano na corrida, que não
voltou a candidatar-se, a adesão ao acto eleitoral foi muito fraca,
estimando-se que a taxa de abstenção tenha rondado os 70%. Afonso Dhlakama, da
Renamo, voltou a concorrer, mas não foi além dos 35% dos votos expressos, tendo
sido batido pelo candidato da Frelimo, Armando Guebuza, que obteve cerca de 60%
dos votos e tomou posse como presidente do país no dia 2 de Fevereiro de 2005. [Moçambique]
A RENAMO-União Eleitoral é uma
aliança de partidos políticos em Moçambique, liderado pelo Resistência Nacional
Moçambicana de Afonso Dhlakama.
Nas eleições parlamentares,
realizadas em 1-2 de Dezembro de 2004, a aliança conquistou 29,7% dos votos
populares e ganhou 90 dos 250 lugares da Assembleia.
Nas presidenciais o seu candidato,
Afonso Dhlakama, conquistou 31,7% dos votos populares.
A FRELIMO tem estado no poder até hoje,
tendo ganho as eleições parlamentares e presidenciais realizadas em 1994, 1999,
2004 e 2009, desde que se transformou de um país de partido único num regime
pluripartidário. [Vários]
-
[AAFDL]: Site da Associação de Estudantes da Faculdade de Direito de Lisboa. Em
grande medida correspondente a memória pessoal de vivência e de documentos da
época.
-
[Análise]: site ANÁLISE GLOBAL DE UMA GUERRA, de Francisco Miguel Garcia
- [Antologia]: site do
Instituto Superior de Ciências Socais e Políticas da Universidade Técnica de
Lisboa – Antologia – artigo do próprio Alçada Baptista
-
[BU]: Renamo/Resistência Nacional Moçambicana; Biblioteca/Enciclopédia
Universal da Texto Editores
-
[Cardina]: Blogue "Caminhos da Memória": “A extrema-esquerda e as
eleições de 69” postado por Miguel
Cardina, sobre História - Comunicação apresentada no dia 31 de Outubro [de
2009] no colóquio «As eleições de 1969 e as oposições, 40 anos depois»,
organizado pelo Instituto de História Contemporânea da Fac Ciências Socais e
Humanas/Universidade Nova de Lisboa
-
[Couto]: Wiki: Mia Couto
-
[Craveirinha]: Wiki: José Craveirinha
-
[Crónicas]: Crónicas do Prof Nuno Sotto Mayor Ferrão 12.11.2009
-
[Estrada]: Blogue Estrada Poeirenta
-
[Floresta]: Blogue Floresta das Leituras
-
[Fórum]: Site FORUM PORTUGAL-TCHAT: A crise política de 1958-1962
-
[FRELIMO 2]: BU: FRELIMO
-
[Guerra]: in "Os Anos da Guerra - 1961-1975 - Os Portugueses em África,
Crónica, Ficção e História"
-
[Honwana]: Wiki: Luís Bernardo Honwana
-
[Independência]: Wiki: Guerra da Independência de Moçambique
-
[INFO]: Renamo/Resistência Nacional Moçambicana; Infopédia, a Enciclopédia online da Porto
Editora
-
[Lusaka]: Wiki: Acordos de Lusaka
-
[Macua]: in Macua.blogs
-
[Maltez]: site maltez.info (do prof José Adelino Maltez)
-
[Moçambique]: BU: Moçambique
- [Oliveira]: Álvaro Teixeira de
Oliveira, no blogue Grupos Especiais
-
[RENAMO]: RENAMO, pág oficial na internet
-
[Santos]: Wiki: Marcelino dos Santos
-
[SIC]: SIC Notícias, com Lusa, 05.01.2012, no
primeiro aniversário da morte do artista
-
[Vários]: BU: Moçambique, Wiki: Renamo-UE, Wiki: Partidos políticos de Moçambique
e wiki: Moçambique
- [Wars]: Site Wars of the World