DECORRE O 12º ANO DO 3º
MILÉNIO
ESTAMOS NA SEGUNDA-FEIRA
DIA 16 DE JULHO DE 2012 (MMXII) DO CALENDÁRIO GREGORIANO
Que corresponde ao
Ano de 2765 Ab Urbe Condita (da fundação de Roma)
Ano 4708-4709 do
calendário chinês
Ano 5772-5773 do
calendário hebraico
Ano 1433-1434 da Hégira
(calendário islâmico)
Ano 1461 do calendário
arménio
Ano 1390-1391 do
calendário Persa
e relativamente aos
calendários hindus:
- Ano 2067-2068 do
calendário Vikram Samvat
- Ano 1934-1935 do
calendário Shaka Samvat
- Ano 5113-5114 do
calendário Kali Yuga
Mais:
DE ACORDO COM A
TRADIÇÃO, COM O CALENDÁRIO DA ONU OU COM A AGENDA DA UNESCO:
De 2003 a
2012 - Década da
Alfabetização: Educação para Todos.
de 2005 a
2014 - Década das Nações
Unidas para a Educação do Desenvolvimento Sustentável.
de 2005 a
2015 - Década Internacional
"Água para a Vida".
Por outro lado, 2012 é
o
ANO EUROPEU DO
ENVELHECIMENTO ACTIVO E DA SOLIDARIEDADE ENTRE GERAÇÕES
ANO INTERNACIONAL DA ENERGIA
SUSTENTÁVEL PARA TODOS
ANO INTERNACIONAL DA
AGRICULTURA FAMILIAR
ANO INTERNACIONAL DAS
COOPERATIVAS
"Fizemos
descer sobre ti o livro, com a verdade, para a instrução de todos os homens.
Quem seguir a senda da rectidão, fá-lo-á em seu benefício e quem se
desencaminhar fá-lo-á em seu prejuízo. Não és responsável por eles"
— 39;41.
(Alcorão, sura [capítulo] 39; versículo 41)
Foi há 1390 anos, no dia 16.07.622 do calendário
Juliano que, se tivermos em conta o modelo do actual calendário, terá sido numa
SX: ocorreu a data tradicionalmente considerada início da Era Islâmica, quando
Maomé (Mohammed) inicia a sua fuga de Meca para Medina (a chamada Hégira).
Kaaba: o lugar mais
sagrado do mundo
para os devotos do islão
O mapa político da Europa
era então sensivelmente o seguinte:
A Austrásia (localizada
no nordeste da actual França, mas compreendendo também partes da actual
Alemanha, Bélgica e Países Baixos) era um reino sob o domínio da dinastia dos
merovíngios, na altura governado pelo rei dos francos Clotário II - (613-629).
O território
correspondente à antiga Gália (um pouco mais vasto que a actual França), que
fora uma importante província romana até cento e tal anos antes, era governado
pelos merovíngios (uma dinastia franco saliana: com origem nos antigos francos
que viviam para lá do Reno e do Norte da Holanda) de meados do século V a
meados do século VIII. O seu domínio foi-se tornando cada vez menos expressivo
até que, em 751, Pepino, o Breve, lhe põs termo, depondo Childerico III e dando
início à dinastia Carolíngia.
Pepino, o Breve, era
filho de Carlos Martel, celebrizado pela vitória na Batalha de Poitiers, em
732, tradicionalmente considerada o travão do expansionismo muçulmano na Europa
para além da Península Ibérica (já dominada pelo Islão), e foi pai do não menos
notável Carlos Magno: primeiro Sacro Imperador Romano Germânico.
Na Península Ibérica o
séc. VII decorria sob o domínio dos visigodos (godos ocidentais), onde o regime
estabelecido era uma monarquia electiva, factor perturbador, com famílias e
partidos rivais que constantemente se guerreavam. Já quanto ao povo, este era
cada vez mais reprimido pelo sistema feudal. A juntar a estes factores
desestabilizadores, “no Concílio de Toledo (694) foi revelada uma conjura dos judeus
espanhóis para derrubar a monarquia visigótica e a religião cristã”, o que
provocou um enorme agravamento das condições de vida do povo. Entretanto, a
guerra alastrava, a monarquia visigótica agonizava e as forças berberes ia
conquistando, um a um, todos os pontos chave da Península.
Ainda antes da falência
do Império Romano (476), já os povos germânicos dominavam a Península, então
pelos suevos (411-585), depois da queda do Império, pelos visigodos (585-711).
Na sequência das Guerras
Góticas (combates ocorridos na Península Itálica no período entre 535 e 553) o
imperador bizantino Justiniano I decide reverter para o Império Romano do
Oriente a província da Itália que havia sido perdida, primeiro para Odoacro e
depois para Teodorico o Grande.
No séc. VI e primeira
metade do séc. VII, grupos de povos nómadas invadiram e instalaram-se na
Dalmácia, região que abrange os territórios da Croácia, Bósnia e Herzegovina e
Montenegro.
Os anglos foram um dos
maiores grupos de povos germanos a fixar-se na (Grã) Bretanha no período pós
romano, fundando diversos reinos da Inglaterra Anglo-saxónica e instalando-se
nos sete reinos designados por Heptarquia Anglo-saxã: na Ânglia Oriental
(resultante da união do North Folk com o South Folk), Mércia (na região dos
Midlands) e na Nortúmbria (um reino formado no início do séc. VII, em 604, que
se tornou não apenas numa parte do extremo norte da Inglaterra moderna, mas
também cobria grande parte do que é hoje o sudeste da Escócia) no século V
d.C.. A Bretanha meridional e oriental foi posteriormente chamada de Engla-lond,
e mais tarde England.
Cynegils de Wessex
(actual Inglaterra) foi rei de Wessex de 611 até sua morte em 643. Filho do rei
Ceol, foi porém ao tio, Ceolwulf, que ele sucedeu, falecido este último. Em
614, Cynegils e seu filho Cwichelm venceram os gauleses na batalha de Brampton,
e em 628 derrotaram o rei Penda de Mércia em Cirencester, com que foi
finalmente assinado um tratado.
Em Roma pontificava
Bonifácio V, o 69º papa (a contar com Pedro). Nesta época ainda os papas,
enquanto tais, usavam o seu nome próprio de baptismo – não como hoje, um nome
diferente. (Terá sido no ano de 955 que, com o papa João XII (130º), que
nascera Octaviano, que se iniciou tal prática).
Foi Bonifácio V que
instituiu o princípio da imunidade de asilo no interior dos edifícios religiosos.
Maomé (Maomet ou Muhammad), fundador
do islamismo, nasceu cerca do ano 570 em Meca, na península Arábica. E morreu
em 632, calcula-se que com 62 anos.
O profeta, que era pastor e
comerciante, em 595 (devia andar pelos 25 anos) casou com Cadija, uma viúva. Anos
depois, recolhendo-se em meditação, terá recebido a sua primeira revelação, em
610, seguindo-se outras mais ao longo da sua vida.
Por volta de 616, Maomé começou a
pregar a veneração de um único Deus que lhe teria revelado as palavras do Alcorão
através do anjo Jibra'el (Gabriel).
Da experiência das revelações os
seus seguidores deixaram registo escrito, anotações que
vieram, igualmente, a integrar o Alcorão (o livro sagrado do Islão, fonte
primária de todas as suas doutrinas éticas e legais).
A comunidade dos crentes baseia a
sua fé e a sua prática no Corão e na Suna, esta uma “compilação dos exemplos
extraídos da vida do profeta” [IHU]
Vítima de perseguições, no ano de
622 Maomé fugiu para a cidade agora conhecida pelo nome de Medina, a cerca de
350 km a Norte de Meca, e onde se encontram os túmulos do profeta e de sua
filha. A fuga (Hijrah ou Hégira) assinala o início da era islamita.
“A mudança para Medina deu origem
à primeira comunidade islamita, que lutou durante muitos anos e enfrentou uma
feroz oposição de Meca e das tribos vizinhas.” [BU]
O profeta “conseguiu entrar
vitorioso em Meca, dois anos antes da sua morte”. [Maomé]
Por volta de 632, altura em que Maomé morreu, o
islamismo já se tinha espalhado pela península Arábica. Depois da sua morte, a
liderança dos muçulmanos foi disputada.
Na verdade, "os primeiros
sucessores (califas) centralizaram numa mesma pessoa as funções de chefe
político e guia dos crentes. Mas as tensões resultaram em assassinatos." [IHU]
Logo 30 anos após a morte de
Maomé, a comunidade islâmica mergulhou numa guerra civil que a dividiu em três
grupos. “Uma causa próxima desta guerra civil foi que os muçulmanos do Iraque e
do Egipto ressentiram-se do poder do terceiro califa e dos seus governadores; outra
causa foi a de rivalidades comerciais entre facções da aristocracia mercantil.”
[Sunismo]
O que é facto é que, assassinado o
califa, a guerra eclodiu entre os diferentes grupos, numa luta encarniçada pelo
poder, terminando com a instauração de uma nova dinastia de califas. Um dos
grupos que surgiram desta disputa foi o dos sunitas, o maior deles. Dois outros
grupos menores de dissidentes surgiram também deste cisma, dos quais o mais
conhecido é o dos xiitas. Os xiitas acreditavam que a única liderança legítima
era a que vinha da linhagem do primo e genro de Maomé, Ali, e assim sustentavam
que o resto da comunidade cometera um erro grave ao eleger Abu Bakr e seus dois
sucessores como líderes.
As causas das divisões dos
islamitas residem, afinal, no poder, que não em questões estritamente
teológicas. [IHU]
O povo muçulmano acreditava que
Maomé era o último profeta, embora reconheça também outros profetas anteriores
como Ibrahim (Abraão) e Isa (Jesus).” [BU]
Hégira é a designação que se dá à retirada
do profeta Maomé, de Meca para Yathrib, em 622 d.C, devido a uma perseguição
movida contra ele e os seus seguidores. Yatrib recebeu o nome de Medina, Cidade
do Profeta. Este evento marca o início do calendário muçulmano e o dia da
Hégira é celebrado como o dia de ano novo islâmico (ano lunar).
Fátima foi uma das filhas que Maomé teve com a sua mulher Cadija. Fátima foi
casada com Ali ibn Abi Talib.
Maomé faleceu aos 08.06.0632 em
Medina, tendo o seu sogro, Abu Bakr, sido eleito o primeiro Califa nessa mesma
data, o que contraria a tese dos xiitas, para os quais Ali ibn Abi Talib é que
foi o primeiro dos Califas (sendo o quarto para os sunitas).
A maioria dos sunitas acredita que
o nome deriva da palavra Suna (Sunna: "prática"), que se refere aos
preceitos estabelecidos no século VIII baseados nos ensinamentos de Maomé e dos
quatro califas ortodoxos.
No Islão, o desacordo político quase
sempre arrasta consigo o desentendimento religioso.
Califa é um título que foi usado por Abu Bakr,
o sogro de Maomé, quando ele lhe sucedeu como líder da
comunidade do Islão (Ummah), em 632.
Califa tornou-se, assim, o título
que se atribuía ao chefe supremo do islamismo, sucessor de Maomé.
Imã (“chefe”, “guia”) é o que preside ao culto, designando, também os principais líderes religiosos do Islão que
sucederam ao profeta Maomé. Na doutrina sunita usa-se o título Imã
paralelamente ao título de Califa. Os xiitas, e em particular os imamitas, os
chamados "Xiitas dos Doze", ainda fazem uma distinção mais relevante,
pois reservam o título aos doze imãs da família de Ali como sucessores
legítimos de Maomé.
Os sunitas baseiam a sua religião
no Alcorão e na Suna, conforme os registos do Hadith (um corpo de leis, lendas e histórias
sobre a vida de Maomé). A lei islâmica é deduzida dos
actos, afirmações, opiniões e modos de vida de Maomé.
A revelação só foi colocada em
livro cinquenta anos depois da morte do profeta. Mas só no califado de Utman,
entre 644 e 656, seria elaborado um texto único, designado por “vulgata”, sendo
destruídos todos os mais.
vulgata:
refere-se geralmente a textos sagrados, a uma sua edição, tradução ou versão
mais difundida ou mais aceite como autêntica.
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Contrariamente ao que se pensa, o
Alcorão não é um poema, mas uma prosa com rima. [Alcorão]
… continua amanhã, TR 17.07.2012…
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