DECORRE O 12º ANO DO 3º
MILÉNIO
ESTAMOS NA SEGUNDA-FEIRA
DIA 30 DE JULHO DE 2012 (MMXII) DO CALENDÁRIO GREGORIANO
Que corresponde ao
Ano de 2765 Ab Urbe Condita (da fundação de Roma)
Ano 4708-4709 do
calendário chinês
Ano 5772-5773 do
calendário hebraico
Ano 1433-1434 da Hégira
(calendário islâmico)
Ano 1461 do calendário
arménio
Ano 1390-1391 do
calendário Persa
e relativamente aos
calendários hindus:
- Ano 2067-2068 do
calendário Vikram Samvat
- Ano 1934-1935 do
calendário Shaka Samvat
- Ano 5113-5114 do
calendário Kali Yuga
Mais:
DE ACORDO COM A
TRADIÇÃO, COM O CALENDÁRIO DA ONU OU COM A AGENDA DA UNESCO:
De 2003 a
2012 - Década da
Alfabetização: Educação para Todos.
de 2005 a
2014 - Década das Nações
Unidas para a Educação do Desenvolvimento Sustentável.
de 2005 a
2015 - Década Internacional
"Água para a Vida".
Por outro lado
2012 é o
ANO EUROPEU DO
ENVELHECIMENTO ACTIVO E DA SOLIDARIEDADE ENTRE GERAÇÕES
ANO INTERNACIONAL DA ENERGIA
SUSTENTÁVEL PARA TODOS
ANO INTERNACIONAL DA
AGRICULTURA FAMILIAR
ANO INTERNACIONAL DAS
COOPERATIVAS
"A
política não é uma ciência exacta, mas uma arte", “a arte do possível”
Otto von Bismarck
“O
importante é fazer história, não escrevê-la.”
Idem
Otto von Bismarck
Foi no SB 30.07.1898, há 114 anos: morreu Otto von
Bismarck, político alemão, aos 83 anos.
O
mapa político do Ocidente era o seguinte:
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Guilherme II era rei da Prússia e Imperador (Kaiser) da Alemanha, de que foi o
último representante, quer numa quer noutra qualidade: a derrota do Império
Alemão na Primeira Guerra Mundial (1914-1918) levou à abdicação e exílio de
Guilherme e à queda do poder da Casa dos Hohenzollern, assim como o fim do
Império Alemão.
Foi
dele que Bismarck foi primeiro-ministro (enquanto rei da Prússia), de 1862 a
1890, e chanceler (enquanto kaiser da Alemanha), de 1871 a 1890, demitindo-o
destas funções em 18.03.1890, substituindo-o nestes cargos por Leo von Caprivi.
-
Decorria o longo reinado da rainha Vitória (61), da Casa de Hanôver, trisavó da
que viria a ser a actual (66) monarca: Isabel II, da dinastia Windsor, correndo
o 3º mandato (não consecutivo) do primeiro-ministro, do Partido Conservador,
Marquês de Salisbury.
-
(Último) czar do Império Russo era Nicolau II, da dinastia dos Romanov, que
seria deposto pela Revolução Russa de 1917.
-
A Terceira República Francesa (1870-1940) foi declarada durante a Guerra
Franco-Prussiana, com a destituição de Napoleão III e durou até à II Grande Guerra.
Na altura o Presidente da República Francesa era Félix Faure e primeiro-ministro
era Henri Brisson.
-
Rei da Itália unificada era Humberto I (24º).
De
sublinhar que em França, por esta altura do início da Terceira República, só
30 por cento da população falava francês! E que na Itália, quando se tornou
independente, já na segunda metade do século XIX, só 3 por cento da população
falava italiano!
|
-
Em Espanha reinava Afonso XIII (17º) da Casa de Bourbon, que viria a renunciar
em 1931 para implantação da Segunda República Espanhola.
-
Nos EUA era (25º) presidente William McKinley, do Partido Republicano.
-
Rei da Grécia era Jorge I, da Casa de Schleswig-Holstein-Sonderburg-Glücksburg,
sendo primeiro-ministro Aléxandros Zaímis.
-
Leopoldo II era o rei da Bélgica e primeiro-ministro era Paul de Smet de Naeyer.
-
Nos Países Baixos decorria o longo reinado (de 58 anos) da rainha Guilhermina
I, 4ª monarca da Dinastia de Orange-Nassau (avó da actua rainha Beatriz I), que
abdicaria em 1948 a favor de sua filha Juliana I que por sua vez também viria a
abdicar a favor de sua filha, a actual monarca, em 1980, e primeiro-ministro
era Nicolaas Pierson, do Partido da União Liberal.
-
Em Portugal reinava D. Carlos (33º) e Presidente do Conselho de Ministros era
(pela 2ª vez) Luciano de Castro, do Partido Progressista.
-
Pontificava, e já próximo do ocaso do seu longo reinado de pouco mais de 25
anos, Leão XIII (256º). “O seu pontificado foi um dos mais notáveis da história
moderna da Igreja.” Leão XIII ficou conhecido como o "papa das encíclicas
sociais", a mais conhecida, e uma das últimas das quais, a Rerum Novarum, de 1891, sobre os
direitos e deveres do capital e trabalho que terá contribuído para o despertar
de uma esquerda católica que se revia no movimento do socialismo cristão.
Esse
ano de 1898 foi, além do mais, aquele em que:
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Nasceu o cineasta russo Sergei Mikhailovich Eisenstein (23JAN).
-
Nasceu o arquitecto finlandês Alvar Aalto (03FEV).
-
Émile Zola foi preso por ter escrito J’Accuse,
carta em que acusava o governo francês de anti-semitismo e de ter preso,
erradamente, o capitão Alfred Dreyfus (23FEV).
-
Ocorreu a inauguração do Aquário Vasco da Gama em Dafundo, com a presença do
Rei D. Carlos e de sua mãe, a Rainha D. Maria Pia. Aquário hoje suplantado pelo
Oceanário (da Expo de 98) do Parque das Nações (20MAI).
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Nasceu o escritor Ferreira de Castro (24MAI).
-
Pierre e Marie Curie descobriram o rádio (26DEZ).
-
Foi negociada a convenção secreta entre Inglaterra e Alemanha para a eventual
partilha das colónias portuguesas.
-
Os Estados Unidos mostraram interesse pelos Açores.
-
Foi fundada a Associação dos Médicos Portugueses.
-
Eça de Queirós escreveu O Suave Milagre
(publicado na Revista Moderna).
-
Abel Botelho publicou Mulheres da Beira.
-
Guilherme Braga editou Poesias.
-
Luís de Magalhães escreveu D. Sebastião
(poema elegíaco, patriótico).
-
José Duro publicou Fel.
-
Teixeira de Queirós deu à estampa O
Famoso Galrão.
-
Maria Amália Vaz de Carvalho publicou Vida
do Duque de Palmela D. Pedro de Sousa e Holstein (3 volumes: 1898-1903).
Maria
Amália Vaz de Carvalho, grande poetisa e escritora, foi a primeira mulher a
ingressar na Academia das Ciências de Lisboa, eleita em 13 de Junho de 1912.
Foi casada com jornalista e poeta Gonçalves Crespo, por apenas 9 anos, já que
o marido morreu prematuramente aos 37 anos.
A
sua casa da travessa de Santa Catarina foi o último salão literário de
Lisboa, por onde passaram, durante 52 anos (ela morreu aos 74 anos) as mais
celebradas individualidades das letras, das artes, das ciências, da
diplomacia e da política: Camilo, Eça, Ramalho, Pinheiro Chagas, Guerra Junqueiro,
Oliveira Martins, conde de Sabugosa,
|
-
O conde de Ficalho publicou Viagens de
Pero da Covilhã.
-
Sampaio Bruno escreveu O Brasil Mental.
-
aconteceu a recondenação do capitão Dreyfus.
-
se verificaram perturbações sociais em Itália e fome na Rússia.
-
Santos Dumont construiu um dirigível.
-
Se realizou o I Salão Automóvel em Paris.
-
O poeta e dramaturgo Edmond Rostand publicou a peça, em verso, que o
imortalizou, Cyrano de Bergerac.
-
Bernard Shaw escreveu Peças Agradáveis e
Desagradáveis.
- Puccini compôs a ópera La Bohème.
Otto Eduard Leopold Bismarck (príncipe
von Bismarck) nasceu no SB 01.04.1815 duma família abastada e nobre. Bismarck tornou-se
um político alemão: primeiro-ministro da Prússia (1862-1890) e chanceler do
império alemão (II Reich, de 1871 a 1890).
“O seu máximo objectivo foi fundar
a unidade da Alemanha sob a hegemonia da Prússia, de cujo rei Frederico
Guilherme foi ministro”.
A verdade, porém, é que foi
favorecido nesse intento mais “pelos erros dos seus adversários” do que pelos
seus méritos. [GEPB]
Mas antes, em 1850, foi
representante da Prússia no Parlamento (dieta) de Fankfurt, onde se destacou
como conservador e antiaustríaco. Depois foi sucessivamente embaixador em São
Petersburgo e Paris, onde conheceu o imperador Napoleão III. Retornou a Berlim
em 1862 e foi nomeado por Guilherme I primeiro-ministro da Prússia, posto no
qual se dedicou por inteiro à tarefa de construir a unificação alemã e o II
Reich.
Ele, que não era liberal nem
democrata, percebeu o equívoco dos conservadores alemães deixarem a causa da
unificação nacional como bandeira só dessas duas ideologias.
Pensava ele que a Prússia dos idos
de 1860 - o reino mais povoado, instruído e industrializado dos 39 estados da Alemanha
-, era poderosa o bastante para avançar sozinha rumo à integração nacional sem o
auxílio da Áustria ou o consentimento da Rússia. Aderiu, pois, à chamada
Realpolitik (política ou diplomacia baseada principalmente em considerações
práticas, em detrimento de noções ideológicas. Henry Kissinger, definiu-a como
"política exterior baseada em avaliações de poder e interesse
nacional"). Nessa perspectiva, nada de ater-se a pruridos morais ou
preceitos ideológicos. “Para alcançar a tão desejada unidade ele faria acordos
até com o demónio se fosse preciso”. Contactou inclusive com Karl Marx, em
1867, sondando-o para que pusesse seus "extraordinários talentos ao
serviço do povo alemão".
Preparou-se então para a guerra.
Em seis anos, de 1864 a 1870,
batendo dinamarqueses, austríacos e franceses, conseguiu o feito de unificar o
país. [SCHILLING]
Vendo em detalhe, seguindo uma
política expansionista agressiva, Bismark declarou guerra à Dinamarca
(1863-1864), à Áustria (1866) e à França (1870-1871), acabando por conseguir
unificar a Alemanha.
As guerras com a Dinamarca e com a
Áustria visavam directa e explicitamente aquele objectivo: unificação da
Alemanha. Já o mesmo se não passava com a guerra franco-prussiana, que só
indirectamente visava aquele objectivo. Tratava-se, neste caso, antes, de uma
guerra estratégica para anular a oposição da França, a quem não interessava
nada tão pujante crescimento da Alemanha, opondo-se, neste caso e em concreto,
à entronização em Espanha do príncipe Leopoldo de Hohenzollern (primo de
Guilherme I da Prússia).
Mas Bismarck ambicionava, ainda,
estabelecer a liderança da Prússia dentro da Alemanha e eliminar a influência
da Áustria. Começou por assegurar o apoio do império austríaco na bem sucedida
guerra contra a Dinamarca (em 1863 e 1864, recordo) e, em 1866, desencadeou a
chamada Guerra das Sete Semanas, travada entre a Áustria e a Prússia, tendo-a
planeado para confirmar a substituição da Áustria pela Prússia, enquanto estado
alemão dominante. [BU]
Relativamente à Dinamarca, o que
sucedeu foi que, por morte do respectivo monarca, Frederico VII, levantou-se no
parlamento, em Frankfurt, a questão da sucessão dos ducados de
Slesvig-Holstein, e Bismarck soube então arrastar a Áustria para a guerra com a
Dinamarca, que ganhou. [GEPB]
Em consequência, a vitória na
Guerra das Sete Semanas forçou a Áustria e a Baviera a abandonarem a Federação
alemã e, unificando o território (os 22 estados luteranos do Norte da Alemanha),
transformou-o na Confederação da Alemanha do Norte.
… continua amanhã, TR 31.07.2012…
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