quinta-feira, setembro 01, 2011

MEMÓRIA DO TEMPO QUE PASSA



Como sempre, recordo:


Este é o espaço em que,
habitualmente,
faço algumas incursões pelo mundo da História.
Recordo factos, revejo acontecimentos,
visito ou revisito lugares,
encontro ou reencontro personalidades e lembro datas.
Datas que são de boa recordação, umas;
outras, de má memória.
Mas é de todos estes eventos e personagens que a História é feita.
Aqui,
as datas são o pretexto para este mergulho no passado.
Que, por vezes,
ajudam a melhor entender o presente
e a prevenir o futuro.

ESTAMOS NA QUINTA-FEIRA DIA 01 DE SETEMBRO DE 2011 (MMXI) DO CALENDÁRIO GREGORIANO

Que corresponde ao
Ano de 2764 Ab Urbe Condita (da fundação de Roma)
Ano 4707 a 4708 do calendário chinês
Ano 5771 a 5772 do calendário hebraico
Ano 1432 a 1433 do calendário islâmico

Mais:


DE ACORDO COM A TRADIÇÃO, COM O CALENDÁRIO DA ONU OU COM A AGENDA DA UNESCO:


de 2003 a 2012 - Década da Alfabetização: Educação para Todos.
de 2005 a 2014 - Década das Nações Unidas para a Educação do Desenvolvimento Sustentável.
de 2005 a 2015 - Década Internacional "Água para a Vida".

Por outro lado
2011 é o
ANO EUROPEU DO VOLUNTARIADO
ANO INTERNACIONAL DA QUÍMICA
ANO INTERNACIONAL DAS FLORESTAS

Hoje é o
DIA NACIONAL DO USBEQUISTÃO (Dia da Independência, em 1991)


Estátua em mármore de Tito, Museu do Louvre

Crê-se que se completem hoje, é uma hipótese, 1941 anos (01.09.0070), o que de acordo com o actual calendário teria caído num SB: Jerusalém é destruída e ocupada pelos exércitos romanos de Tito, quando este era apenas um general às ordens do imperador Vespasiano, seu pai (aliás, Tito Flávio Sabino Vespasiano).


Portugal não existia ainda, mas existia já a sua mais remota raiz: a Lusitânia.
Porque vem a talhe de foice e estamos em sede própria, vamos desenvolver um pouco mais esta matéria.
Lusitânia foi o nome atribuído na antiguidade ao território oeste da Península Ibérica onde viviam os povos lusitanos desde o Neolítico, e que após a conquista romana passou a designar a província romana cuja capital era Emerita Augusta, actual Mérida

Localização da província Lusitânia (em destaque) no Império Romano

[Mérida é um município da Espanha e cidade capital da comunidade autónoma da Estremadura, nas margens do rio Guadiana. Fundada em 25 a.C. com o nome de Emerita Augusta, foi durante a ocupação romana uma das mais importantes cidades da Península Ibérica, capital da Lusitânia. Possui vários testemunhos desse passado, tais como o teatro e o anfiteatro romanos, entre outros].

A Lusitânia romana incluía aproximadamente todo o território português actual a sul do rio Douro, a Estremadura espanhola e parte da província de Salamanca. Tornou-se uma província romana desde  29 a.C. até ao final do domínio romano e entrega aos Alanos em 411.

(os alanos eram um povo bárbaro com origem no nordeste do Cáucaso, entre o rio Don e o Mar Cáspio e que migraram em direcção ao ocidente nos séculos IV e V)

Considerada a origem ancestral de Portugal, a Lusitânia pré-romana, onde se distinguiu Viriato, está na base do movimento lusitanista. A primeira referência à Lusitânia foi feita nas Histórias de Políbio. O historiador e geógrafo grego Estrabão (aprox. 63 a.C - 24 d.C) descreveu a Lusitânia pré-romana, numa primeira análise, desde o Tejo à costa cantábrica, tendo a Ocidente o Atlântico e a Oriente as terras de tribos célticas. A Lusitânia pré-romana é a que se prolonga até ao ano 29 a.C., quando foi criada por Augusto a província da Lusitânia, cujo limite ao norte passou a ser o rio Douro e ao sul ultrapassou o Tejo, anexando a Estremadura espanhola, Alentejo e Algarve; e a oriente ocupou parte das terras dos célticos. Os lusitanos são normalmente considerados antepassados dos portugueses do centro e sul do país e dos estremenhos. Constituíram, inicialmente, uma única tribo que vivia entre os rios Douro e Tejo ou Tejo e Guadiana. Ao norte do Douro faziam fronteira com os galaicos e astures - que constituem a maior parte dos habitantes do norte de Portugal, depois integrados na província romana de Galécia (Galiza); a sul com os Béticos

(província do Império Romano, no sul de Espanha, na actual Andaluzia, cuja capital era Córdoba) e a oeste com os celtiberos (um povo celta que adaptou costumes e tradições iberas. Estavam organizados em gens, uma espécie de clã familiar que ligava as tribos, embora cada uma destas fosse autónoma, numa espécie de federação. Esta organização social e a sua natural belicosidade, permitiram a estes povos resistir tenazmente aos invasores Romanos até cerca de 133 a.C., com a queda de Numância (hoje Sória, Em Espanha), destruída pelas tropas romanas de Cipião Emiliano nesse ano de 133 a.C., após um cerco de onze meses que pôs fim a uma feroz resistência de vinte anos aos invasores).

A partir de 194 a.C., registaram-se choques com tribos de Lusitanos, conflitos que se estenderiam até 138 a.C., denominados por alguns autores como guerra lusitana. A disputa foi mais acesa pelos territórios mais prósperos, especialmente na região da actual Andaluzia. Nestes confrontos destacou-se um grupo de Lusitanos liderados por Viriato, chefe eleito por aclamação. Este grupo infligiu várias derrotas às tropas romanas na região da periferia andaluza, tornando-se um mito da resistência peninsular. Em 150 a.C. o pretor Sérvio Galba estabeleceu um acordo de paz com os Lusitanos, na condição de entregarem as armas. Aproveitando-se desta paz para os chacinar, fez lavrar ainda mais a revolta. Durante oito anos os romanos sofreram pesadas baixas, numa luta que levou ao assassínio de Viriato traído por três dos seus aliados pagos pelos romanos. Mas a luta não parou, e Roma enviou à Península o cônsul Décimo Júnio Bruto, que fortificou Olisipo, estabeleceu a base de operações em Méron próximo de Santarém, e marchou para o Norte, matando e destruindo tudo o que encontrou até à margem do Rio Lima.

[Olisipo, nome latim da actual Lisboa, foi uma das maiores e mais importantes cidades da Lusitânia. Cerca 205 a.C. aliou-se aos Romanos, lutando os seus habitantes ao lado das Legiões. Os ataques dos povos lusitanos à cidade levam à construção de uma muralha em volta do núcleo urbano. Com a Pax romana, é absorvida no Império e recompensada pela atribuição da Cidadania Romana aos seus habitantes, um privilégio raríssimo na altura para os povos não italianos. Reconhecida com o título Felicitas Julia, beneficia do estatuto de Municipium atribuído por Júlio César, juntamente com os territórios em redor, até uma distância de 50 quilómetros, e não paga impostos a Roma, ao contrários de quase todos os outros castros e povoados autóctones, conquistados. A cidade prospera com o comércio intenso com as províncias romanas do Reno e Britânia. Olisipo estava ligada por estradas às outras duas grandes cidades ocidentais da Hispânia, Bracara Augusta (Braga) e Emerita Augusta.]

Nem assim Roma conseguiu a submissão total e o domínio do norte da Lusitânia só foi conseguido muitos anos após a tomada de Numância. No século I, consegue-se a Pax Augusta: a Hispânia é dividida em três províncias. Segundo o historiador Trogo Pompeu " «Os hispanos [de Hispânia] têm o corpo preparado para a abstinência e fadiga, e ânimo para a morte: todos habituados a uma dura e austera sobriedade. […] Em tantos séculos de guerra com Roma, não tiveram nenhum outro capitão a não ser Viriato, um homem de tal virtude e continência que, depois de vencer os exércitos consulares durante 10 anos, nunca quis distinguir-se no seu modo de vida de qualquer soldado raso». Outro historiador romano, Tito Lívio (59 a.C.-17 d.C.), escreve também sobre o carácter do homem hispânico: «Ágil, belicoso, inquieto. A Hispânia é distinta da Itálica, mais disposta para a guerra por causa do agreste terreno e do génio dos homens». Lúcio Aneu Floro (entre os séculos I e II), um historiador amigo de Adriano, também teceu algumas considerações: «A nação hispânica, ou a Hispânia Universa, não soube unir-se contra Roma. Defendida pelos Pirenéus e pelo mar, podia ter-se tornado inacessível. O seu povo foi sempre valoroso, mas muito mal hierarquizado» [i.e., apesar de cada tribo ou povoação dispor de um líder, não existia nenhuma forma de coordenação]. A Lusitânia estava densamente povoada especialmente a sul do Tejo, existindo nela diversas comunidades, tal como descrevem os geógrafos Estrabão, Pompónio, Plínio e Ptolomeu entre os séculos I a.C. e II d. C. A província foi subdividida entre o império de Augusto e o de Cláudio em três conventus iuridicus, unidades territoriais presididas por cidades capitais com assento de tribunal e de assembleias conjuntas de romanos e indígenas (conventus) que aconselhavam o governador na administração da justiça, entre outras possíveis atribuições: Conventus Emeritensis, com capital em Emerita Augusta (Mérida, Espanha); Conventus Scalabitanus, com capital em Scalabis Iulia (Santarém, Portugal); Conventus Pacensis, com capital em Pax Iulia (Beja, Portugal).

[Os conventus constavam de 5 cidades de colonos romanos, entre as quais Pax Julia (Beja), Scalabis (Santarém) e Olissipo (Lisboa), município de direito romano, e três que usufruíam o direito lácio - Ebora (Évora), Myrtilis (Mértola) e Salacia (Alcácer do Sal); finalmente 37 eram da classe estipendiária (recebiam remuneração), entre as quais se destacam Aeminium (Coimbra), Balsa (Tavira), Miróbriga (Santiago do Cacém). Algumas dessas comunidades encontram-se por localizar com precisão: Ossonoba (Faro?), Cetóbriga (Tróia de Setúbal?), Collippo (Leiria?), Arabriga (Alenquer?).]

[Pax Iulia era o nome da cidade de Beja. Pensa-se que a povoação seria já muito antiga, talvez mesmo pré-histórica. A avaliar pelos achados arqueológicos do seu termo, Pax Julia teria sido uma importante cidade durante a romanização do território. Foi baptizada com este nome para celebrar a pacificação da Lusitânia por Júlio César. Posteriormente o imperador Augusto denominou esta importante cidade Pax Augusta, prevalecendo no entanto a denominação inicial. Crê-se que a cidade foi fundada cerca de 400 anos a. C., pelos Celtas, e que os Cartagineses lá se estabeleceram durante algum tempo. As primeiras referências aparecem no século II a.C., em relatos de Políbio e de Ptolomeu. Foi sede de um conventus pouco depois da sua fundação, como foi sede de uma das quatro chancelarias da Lusitânia, criadas no tempo de Augusto. A sua importância é atestada pelo facto de por lá passar uma das vias romanas. Do período romano restam algumas inscrições, esculturas, cipós (colunas com inscrições), objectos em cerâmica e vestígios de um aqueduto que passa perto da Igreja do Pé da Cruz. Da época romana, havia também templos, dedicados a Ísis, Serapis e Diana. O castelo foi originalmente edificado pelos Romanos, tendo sido alvo de frequentes reconstruções.]

[Segundo Plínio, Salacia, actual Alcácer do Sal, era conhecida como a cidade imperial.[12] Uma das mais antigas cidades da Europa, que terá sido fundada antes de 1000 a.C. pelos fenícios, fornecia sal, peixe salgado, cavalos para exportação e alimentos para os barcos que comerciavam estanho com a Cornualha.]

[O vínculo administrativo com Roma terminaria em 411 quando o imperador Honório, após um prolongado período de guerra civil, estabeleceu um pacto com os Alanos que lhes concedia a Lusitânia. Dois anos mais tarde, porém, seriam os Visigodos que dominariam a Lusitânia a sul do Tejo, enquanto que a norte os Suevos continuavam com o seu reino, com capital em Braga.]

(os elementos referentes à Lusitânia foram, de um modo geral, transcritos da respectiva entrada da Wikipédia)



Mapa do Império Romano durante o Ano dos quatro imperadores (69 d.C.)


Prosseguindo na efeméride que hoje se comemora: após o suicídio de Nero (em 68) seguiu-se o ano dos quatro imperadores romanos (69 d.C.), a saber: Galba (de Junho de 68 a Janeiro de 69), Otão, que também se suicidou (de Janeiro a Abril de 99), Vitélio (de Abril de 69 a Dezembro de 69) por fim Vespasiano, pai de Tito (de Dezembro de 69 a Junho de 79). Antes de ser proclamado imperador, no ano de 79, Tito, o filho mais velho de Vespasiano, alcançou renome como comandante militar ao servir sob as ordens do seu pai na Judeia, durante o conflito conhecido como a Primeira Guerra Judaico-Romana (67-70). Esta campanha sofreu uma breve pausa, quando Vespasiano foi proclamado imperador pelas suas tropas (21 de Dezembro de 69). Após essa nomeação, recaiu sobre Tito a responsabilidade de acabar com a rebelião dos judeus, tarefa realizada satisfatoriamente após sitiar e destruir Jerusalém (70), cujo templo foi demolido no incêndio. Tito governou com grande popularidade após a morte de Vespasiano, a 23 de Junho de 79 d.C., e é considerado como um bom imperador por Suetónio e outros historiadores contemporâneos. Pela sua importância destaca-se do seu reinado o seu programa de construção de edifícios públicos em Roma. A enorme popularidade de Tito também foi devida à sua grande generosidade com as vítimas das catástrofes naturais que sofreu o império durante o seu breve reinado: a erupção do Vesúvio em 24 de Agosto de 79 que destruiu as cidades de Pompeia e Herculano e o incêndio de Roma de 80 d.C. Após dois anos no cargo, Tito faleceu a 13 de Setembro de 81 d.C. Governou com sensatez e magnanimidade, realizando grandes obras públicas. Uma das acções mais importantes como imperador foi inaugurar, em 80 d.C., a obra que seu pai, Vespasiano, iniciara, o anfiteatro Flávio, conhecido habitualmente como Coliseu, embora ainda estivesse incompleto. Tito foi sucedido pelo seu irmão mais novo, Domiciano.

Tito, melhor, Tito Flávio Sabino Vespasiano (39-81 d.C.), no ano de 70, ao conquistar Jerusalém, acabou com a revolta judaica na Palestina romana, como acima referido.
Os autores convieram, de facto, ter sido no ano 70 a segunda destruição da cidade santa (a primeira ocorreu em 586 a.C.).

Nesta época (referido ano de 586 a.C.), séc. VI a.C.,
Israel era um reino dependente e tributário de outro,
a Babilónia,
onde reinava Nabucodonosor.
Trata-se de Nabucodonosor II, que governou durante 43 anos
(entre 604 a.C. a 562 a.C.)
o Império Neo-babilónico.
É o mais conhecido governante desse império,
e ficou famoso pela conquista do Reino de Judá
e pela destruição de Jerusalém e seu templo em 586 a.C.,
além de monumentais construções na cidade da Babilónia (hoje no Iraque),
entre elas, os Jardins Suspensos,
que ficaram conhecidos como uma das sete maravilhas do mundo antigo.

Não é pacífica, porém, é a data precisa (dia e mês) do acontecimento. É geral a situação do evento nesta época do ano (em 10.08 ou em 01.09), embora também haja quem o situe na Páscoa desse ano, o que equivalerá a recuá-lo 3 ou 4 meses no tempo.

A destruição de 70 d.C. é considerada como remate da grande rebelião judaica do ano de 66: a tensão entre a população e o ocupante romano tornara-se cada vez mais crescente, resultando em frequentes conflitos e motins severamente punidos pelos centuriões.


O centurião era o soldado responsável pelo comando da centúria
(constituída por 100 homens)
– a unidade básica das legiões romanas
(e estas a divisão fundamental do exército romano,
constituída por entre 4000 e 8000 homens).


Os romanos liderados pelo general Tito arrasaram Jerusalém, “Cidade da Paz, fundada por David como sede do reino de Israel”. Foi quando os judeus sobreviventes partiram para uma "diáspora" que se prolongaria até ao século XX.

Porém, já havia comunidades judaicas nas maiores cidades do Império Romano.
Depois de quase dois milénios, teve início o movimento sionista no fim do século XIX: milhares de judeus foram comprando terras dos palestinianos, e no século passado constituíram um exército clandestino, dispostos a reconstruir o Estado de Israel, o que veio a acontecer em 1948, sendo reconhecido pela Organização das Nações Unidas.
Décadas antes do acontecimento, a destruição do templo foi profetizada por Jesus Cristo: “tendo Jesus saído do templo, ia-se retirando, quando se aproximaram dele os seus discípulos para lhe mostrar as construções do templo. Ele, porém, lhes disse: Não vedes tudo isto? Em verdade vos digo que não ficará aqui pedra sobre pedra que não seja derrubada” (Mateus 24:1-2).

Jerusalém, primeiramente, foi chamada "Orshalem" (Cidade da Paz) pelos cananeus, há 5000 anos atrás. Posteriormente o nome foi modificado para "Yuroshalime" pelos judeus, depois para "Orshamam" pelos faraós, depois para "Herosulima" pelos gregos e romanos e finalmente para "Jerusalem" pelos francos. Também foi, historicamente, chamada Sião e Cidade de David.

A cidade, hoje, tem pouco mais de 700 mil habitantes, que se chamam hierosolimitas. E está localizada a, aproximadamente, 52 Km do Mar Mediterrâneo, a 22 Km do Mar Morto e a 250 Km do Mar Vermelho.

Jerusalém tem uma grande importância simbólica nas três religiões abraâmicas (judaísmo, cristianismo e islamismo), nela se situando locais que são sagrados para estas tradições religiosas, que têm de comum o patriarca Abraão como inicial marco de referência.


No seu quase um quilómetro quadrado da antiga Jerusalém está o berço do Cristianismo (ali foi crucificado Jesus Cristo); o berço do Judaísmo (ali ficava o templo de Salomão); e também é a terceira cidade mais importante do Islamismo (pois reza a tradição que foi ali que Maomé subiu ao céu montado num cavalo com rosto humano).

É, pois, uma cidade multimilenária, Jerusalém.
Vinte e cinco vezes destruída, outras tantas vezes foi reconstruída. Daí que se diga que Jerusalém é eterna.
Foi governada por um rei dependente do Egipto, em 1400 a.C., posteriormente foi elevada, por David, a capital de um reino judaico. O rei da Babilónia, Nabucodonosor mandou destruir a cidade em 586 a.C., como acima se refere. Os judeus exilados foram autorizados a regressar a Jerusalém e uma nova povoação foi formada, entre 539-529 a.C., sob domínio do Ciro, o Grande, da Pérsia. Em 445 a.C., as muralhas foram reconstruídas. Mais tarde, a cidade foi conquistada por Alexandre Magno (333 a.C.) e pelo general romano Pompeu (63 a.C.).


Em 29 d.C. ou 30 d.C., Jesus Cristo foi aí crucificado, sob as ordens do governador romano Pôncio Pilatos. Depois de destruída a cidade pelo imperador romano Tito, evento que hoje se comemora, no seu lugar o imperador Adriano fundou a cidade romana de Aelia Capitolina, em 135.

Colonia Aelia Capitolina
(ou, simplesmente, Aelia Capitolina)
era uma cidade construída pelo Imperador Adriano no ano 131 d.C.
e ocupada por uma colónia romana,
no sítio das ruínas de Jerusalém.
A palavra latina Aelia é a origem do termo árabe Iliya,
usado em certa época pelos muçulmanos para designar Jerusalém.
Capitolina, porque a nova cidade foi dedicada a Júpiter Capitolino,
a quem um templo foi construído no sítio do Templo Judeu.
A fundação de Aelia Capitolina
resultou da fracassada revolta judia de Bar Kokhba;
os judeus foram proibidos de entrar na nova cidade
e um destacamento da Décima Legião
foi designado para guardar a cidade
e assegurar a proibição de acesso.
O plano urbano da cidade seguia o modelo típico romano,
com grandes avenidas que se cruzavam,
inclusive um Cardo maximus (avenida principal).
(transcrito da Wikipédia)


Um rei persa pilhou a cidade em 615 e mais tarde foi conquistada pelo Islão. Jerusalém foi capturada pelos Cruzados em 1099 e formou o reino de Jerusalém sob domínio de Godofredo de Bulhão.

Frederico II, imperador do Sacro Império Romano-Germânico, tomou parte na sexta Cruzada (1229), “que conduziu como diplomata e não como guerreiro”. Os turcos, em 1244, ocuparam a cidade e terminaram com o domínio franco. Em 1187 o sultão do Egipto, Saladino, recapturou a cidade que em 1516 foi integrada no império Otomano.


Em 1917, a Inglaterra conquistou Jerusalém aos turcos e ocupou a Palestina. Entre 1922 e 1948, foi a capital do domínio britânico.


A Cidade Nova, no sector ocidental, foi elevada a capital de Israel em 1950, no entanto em 1967 a Cidade Antiga, no sector oriental, foi conquistada por Israel à Jordânia, embora Israel garantisse a liberdade religiosa e o acesso aos locais sagrados. Israel pretende unir as duas cidades para aí estabelecer a capital do país, contudo as Nações Unidas não lhe reconhecem essa legitimidade. O seu património compreende: a Muralha Ocidental sagrada para os judeus, conhecida como Muro das Lamentações construída no local do antigo Templo do rei Salomão no século X a. C.; a mesquita da Cúpula do Rochedo; a Igreja do Santo Sepulcro, construída em 335, pelo imperador Constantino; as muralhas, de 4,5 km, envolvendo “o coração” da cidade, construídas por Solimão I (ou Solimão, o Magnífico), em 1537, com sete entradas de acesso à Cidade Antiga. A porta mais usada pelos árabes é a de Damasco. Os judeus usam mais a porta de Jaffa e a de Zion, que dá acesso ao Muro das Lamentações. A porta Nova dá acesso ao bairro cristão.

Ou seja, Jerusalém hoje é uma cidade da Palestina, mas ocupada por Israel, sendo desde 1980 capital do Estado judaico (não reconhecida pelas Nações Unidas) como acima se alude.




(Não sendo, de todo, um especialista na matéria, um historiador, o meu papel, nesta circunstância, foi o de coordenar e verter aqui todos os elementos colhidos em diversos sites, nomeadamente na Wikipédia, a enciclopédia livre, acerca do assunto)




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