quarta-feira, agosto 17, 2005

MODELOS DE POLÍTICO OU “POLÍTICOS MODELO”


Não são os únicos, mas são os mais mediáticos e os mais castiços:

A J Jardim, na sua boçalidade (“bimbo, com muito gosto” define-se ele próprio no Inimigo Público) e no seu destempero, é o mais veterano nestas lides.

“O major”, na sua verborreia inócua, popularucha e igualmente bímbica, já há muito atingiu a senioridade no seu percurso simbiótico de bola e política. Depois, além de ultra-demagógico, usa o discurso rasteiro e sujo, como a sua última referência ao presidente do seu partido como “o pequeno ditador” – num duplo golpe baixo.

Isaltino Morais e Ferreira Torres, na sua característica forma de fazer política (bem ao jeito dos destemidos políticos paulistas de há poucos anos, ainda, como Paulo Maluf ou Adhemar de Barros, do qual conta a história que, em enormes outdoors, mandava gravar a letras garrafais, “Roubo, mas faço”), não desarmam na sua acção: obra feita, é a única coisa que exigem certos eleitores (infelizmente muitos, pelos vistos), sem se preocuparem com o preço dessa eficácia. Para uns e outros, o que interessa são os fins, não importa por que meios!
Éticas! (?)

Isaltino – verdade seja dita – é, de todo o modo, o símbolo acabado da solidariedade e da dedicação familiar: que o diga o seu celebrado e sortudo "sobrinho"!

Só que o objectivo de um político não pode ser esse.

Ferreira Torres é o exemplo mais evidente da pesporrência e dos métodos ditatoriais que caracterizam a sua ideologia política e que ainda galvanizam meia dúzia de saudosistas da velha senhora.

Mas, repito, estes são só alguns (maus) exemplos de políticos. Que eles são muitos e não só naqueles quadrantes partidários. Atulham os partidos, transformando-os em máquinas poderosas, avassaladoras, de satisfação apenas de interesses pessoais. Transformando-os em refúgio de flibusteiros e sanguessugas, parasitas e insaciáveis crápulas.

Quem não acreditava, por alturas de Março/Abril, que tínhamos aí um primeiro-ministro disposto e capaz de fazer frente a tais espécimes?

Pois, talvez algum dia tenha sido essa a intenção de Sócrates, mas o peso da máquina subjugou-o por completo. E aí o vimos – reconvertido – a oferecer de bandeja ao amigo Vara um job para que se exige competência e outras virtudes que não se compadecem com o costumado compadrio!

É aviltante o que se passa. O que não pode deixar de proporcionar observações bem contundentes.

Mas também compreendo a raiva e a revolta que essa espécie em vias de extinção, que são os raríssimos políticos sérios, íntegros e impolutos, sentem com a generalização do que se observa…

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