quinta-feira, agosto 18, 2005

MEMÓRIA DO TEMPO QUE PASSA


2005/2015 - Década das Nações Unidas para o Desenvolvimento Sustentável.
2005 - Ano Internacional do Microcrédito. Ano Internacional da Física (aprovado pela UNESCO).

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Foi há 778 anos (1227), numa QA: morreu Genghis Khan, mongol, fundador do império Mongol. Em Portugal reinava D. Sancho II (4º). No Vaticano pontificava Gregório IX (178º).
Genghis Khan terá nascido por volta de 1167. Conquistador e governante mongol desde 1206. Temujin, como era normalmente conhecido, era filho de um chefe de clã. Em 1213 iniciou a conquista do norte da China, entre 1219 e 1225 derrubou o império do xá Khiva e invadiu o norte da Índia, enquanto os seus tenentes avançaram até à Crimeia. À data da sua morte, o seu império compreendia toda a área circunscrita do mar Amarelo ao mar Negro. Expansão que os seus seguidores prosseguiram, com o alargamento do império da Hungria à Coreia. Dotado de parcas qualidades militares, Genghis Kan foi, no entanto, um distinto líder, criador de um sistema político estável, que soube aplicar a uma vasta área jamais controlada por homem algum.

Após prolongada luta pelo estabelecimento da sua supremacia sobre todo o povo de mongol, Genghis Kan auto-intitulou-se chingis ou «guerreiro perfeito».

A sudoeste de Ulaanbaatar, na Mongólia, encontrava-se Caracórum, a capital do seu reino. Os seus restos mortais foram depositados em Ejin Horo, na Mongólia. (Fonte: BU)

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Faz hoje 435 anos (1570), numa SX: bula Ad Regiae Majestatis, acerca das ordens. Reinava D. Sebastião (16º). Pontificava Pio V (225º).

Bula Ad Regiae Majestatis através da qual o Papa Pio V, regulando certos assuntos relacionados com a Ordem de Cristo, assim como com as ordens de Santiago e de Avis, aboliu e revogou todos e quaisquer privilégios, dispensas e isenções concedidos àquelas ordens, dando ao rei, como seu mestre, e a todos os seus sucessores, faculdade para relaxar, moderar e acrescentar tudo o que fosse a bem delas - respiguei da GEPB, 19, 571, cujo

texto continua: "Os privilégios das ordens começaram a ser notavelmente cerceados durante o séc. XVIII, obra que foi prosseguida pelos revolucionários de 1820 e contra a qual reagiu em vão a contra-revolução da vilafrancada (1823). Restabelecido o constitucionalismo, um diploma de 30.06.1834 declarou que o dec. de 30.05.1834, pelo qual se extinguiram os conventos religiosos, compreendia também as ordens militares e lhes era aplicável em todas as suas disposições."

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Completam-se hoje 255 (1750), foi numa TR: nasceu Antonio Salieri, compositor italiano. Reinava em Portugal D. José (25º). Pontificava Bento XIV (247º).

Salieri (1750-1825) foi professor de Beethoven, Schubert e Liszt, e foi o rival musical de Mozart. Diz-se, sem provas, que destruiu a imagem e posição de Mozart junto da corte do imperador de Viena, onde exercia a função de compositor da corte. Escreveu mais de 40 óperas e muita música sacra. (Fonte BU)

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Foi há 216 anos (1789), TR: pelo breve Quamquam majoribus Pio VI (250º) autorizou D. Maria I (26ª) a reformar a Ordem de Cristo.

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Aconteceu há 193 anos (1812), era TR: as forças de Napoleão vencem os russos na batalha de Smolensk. Em Portugal, perante a incapacidade de D. Maria I (26º), decorria a regência de D. João (VI). Pontificava Pio VII (251º).

Smolensk é uma cidade que se situa nas margens do rio Dniepre, oeste da Rússia. Foi fundada em 882 como principal cidade de uma tribo eslava e foi capturada por Napoleão em 1812. Tropas alemãs tomaram a cidade em 1941 e esta foi libertada por forças soviéticas em 1943. Nas proximidades encontra-se a floresta de Katyn (situada perto da localidade de Smolensk, a sudoeste de Moscovo, na Rússia, onde foram abatidos 4500 oficiais polacos prisioneiros de guerra - capturados no decurso da partilha germano-soviética da Polónia em 1940 - massacre de que a URSS aceitou a responsabilidade em 1989).

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Completam-se hoje 175 anos (1830), foi numa QA: nasceu Francisco José I, imperador austro-húngaro. Em Portugal reinava D. Miguel (29º). Pontificava Pio VIII (253º).
Francisco José, Imperador da Áustria-Hungria desde 1848, sucedeu a Francisco I, seu tio, na sequência da abdicação deste. Suprimida a revolução de 1848, procurou estabelecer uma monarquia absoluta, não sem antes garantir à Áustria a constituição parlamentar (1861) e à Hungria a igualdade com a Áustria (1867). Foi derrotado em 1859, na guerra com a Itália, e em 1866 com a Prússia. O assassinato do arquiduque Francisco Fernando, em 1914, serviu-lhe de desculpa para atacar a Sérvia e precipitar a I Grande Guerra.

Morreu em 1916, aos 86 anos.

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Aconteceu há 172 anos (1833), era DM: o marechal duque de Saldanha bate a divisão miguelista no Porto. Ainda reinava, por pouco, D. Miguel (29º). O soberano pontífice era Gregório XVI (254º)

Trata-se de um dos muitos episódios da Guerra Civil de 1832-34.

Curiosamente, no começo da guerra civil o duque de Saldanha começara por estar ao lado dos miguelistas, mas acabou por se passar para o lado dos liberais.

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Foi há 163 anos (1842), era QI: o que fora o convento da Boa-Hora, ali ao Chiado, em Lisboa, é posto à disposição do Ministério da Justiça para instalação de tribunais. Reinava D. Maria II (30º). Pontificava Gregório XVI (254º).

Antes, o convento da Boa-Hora tinha sido a guarida da Congregação de S. Filipe de Nery.

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No mesmo dia morreu o pianista e compositor João Domingos Bomtempo.

Bomtempo nasceu em Lisboa, aos 28.12.1775, filho do músico italiano Francesco Saverio Buontempo, oboísta na Corte de Lisboa, e que vem a ser o seu primeiro professor de Música.. Após os estudos feitos no seminário patriarcal de Lisboa, fixou-se em Paris (1801), onde as suas obras foram aclamadas. A partir de 1810, dividiu o seu tempo entre Portugal, Paris e Londres, instalando-se definitivamente em Lisboa em 1820, para criar a primeira sociedade filarmónica portuguesa — Filarmónica de Lisboa (1822).

Dadas as suas ideias liberais, foi impiedosamente perseguido pelos absolutistas, chegou a passar alguns anos refugiado na embaixada da Rússia.

Restabelecido o poder dos liberais, foi professor de música da rainha D. Maria II e o fundador e primeiro director do Conservatório Nacional de Lisboa (1835). Deixou uma vasta obra que se sobrepôs ao seu virtuosismo como intérprete. Significativo do seu trabalho é o op. 23, Missa de Requiem (à Memória de Camões), que segue o texto litúrgico da Missa pro defunctis, missa a quatro vozes para coro e grande orquestra.

Em Maio de 1809, o jornal Le publiciste publicou a seguinte crítica sobre um dos seus concertos:

A sua maneira de tocar piano conquistou todos pela sua agilidade e energia de execução, pela nobreza e grandeza de estilo que tão raramente se vêm unidos no mesmo grau.

Em 1810, ano em que a sua 1ª Sinfonia é alvo dos maiores elogios por parte da crítica parisiense.

A sua obra como compositor é extensa, abrangendo trabalhos das mais variadas formas musicais. Os concertos, sonatas, fantasias e variações que compôs para o seu instrumento de eleição (algumas com acompanhamento de violino), combinam uma escrita brilhante muito ao estilo de Clementi (o compositor italiano que mais o influenciou e a quem o ligavam laços de amizade desde Paris) com uma completa exploração dos recursos sonoros e expressivos do piano-forte. As suas duas sinfonias (admitindo-se a existência de mais cinco) revelam talvez de uma forma mais evidente a sua personalidade, mostrando uma assimilação, muito rara em músicos ibéricos daquele tempo, da música germânica do período clássico de Haydn e Mozart.

A Secretaria de Estado da Cultura, na sua Biblioteca Básica Nacional, tem editado as suas obras.

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Completam-se hoje 155 anos (1850), era um DM: morreu, em Paris, Honoré de Balzac, escritor francês. Reinava ainda, em Portugal, D. Maria. Pontificava, em Roma, Pio IX (255º).
Balzac nasceu em Tours em 1799. Foi um dos maiores romancistas do século XIX, sendo considerado o criador do realismo na literatura moderna. Foi um autêntico operário da escrita.

O seu primeiro sucesso foi Les Chouans (1829), inspirado por Walter Scott. Este foi o primeiro de uma longa série de romances de La Comédie Humaine/A Comédia Humana, que inclui Eugénie Grandet (1833) – um dos seus maiores êxitos -, Le Pére Goriot (1834) e Cousine Bette (1846). Escreveu ainda os rabelaisianos Contes Drolatiques (1833).

Balzac estudou direito e trabalhou como funcionário num notário em Paris antes de se dedicar à literatura. Entre as suas primeiras tentativas literárias incluíam-se tragédias como Cromwell (1819) e romances publicados sob pseudónimo, que não obtiveram grande sucesso. Um empreendimento na área da tipografia e da edição, entre 1825 e 1828, envolveu-o numa teia de dívidas que se prolongou por toda a vida. A obra de Balzac é influenciada pelo contexto histórico em que ele viveu: a queda do Antigo Regime e a Revolução Francesa (1789). A publicação do romance Scènes de la Vie Privée aumenta a sua reputação de escritor. Madame de Berny, a sua benfeitora, torna-se uma das personagens de Le Lys dans la Vallée/O Lírio no Vale (1836). Balzac pretendia que a sua mais importante obra La Comédie Humaine/A Comédia Humana fosse composta por 143 volumes (dos quais completou 80), descrevendo cada aspecto da vida da sociedade francesa no século XIX. Deixou inacabada a sua catedral de papel, como alguém escreveu.

O escritor era um excelente observador das características das várias camadas sociais e ansiava tornar-se numa figura de destaque da «cidade das luzes». Teve uma vida amorosa bastante conturbada que era, simultaneamente, uma forma de descontracção pelas muitas horas que dedicava diariamente ao trabalho. Vestido com uma larga toga branca e sempre acompanhado pelo café, um vício irresistível, passava entre 14 a 16 horas do seu dia a escrever com uma pena de ganso – daí que alguém se lhe referisse como “o escritor-fábrica”. Criou, assim, a sua «imagem de marca». Balzac manteve correspondência permanente com a condessa polaca Evelina Hanska depois de a conhecer em 1833, tendo-se ambos casado quatro meses antes de Balzac morrer em Paris, onde está sepultado no cemitério Pére Lachaise.

"Sujar papel: é o único meio de que disponho
- conquanto ignominioso –
para me tornar independente."

H. Balzac à sua irmã Laure, 1821

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Aconteceu há 139 anos (1866), era um SB: assinatura do tratado da Aliança, que funda a Confederação da Alemanha do Norte, sob a liderança da Prússia. Em Portugal reinava D. Luís (32º). Pontificava Pio IX (255º).

Após a derrota da Áustria, em 1866, a Prússia adquire o Holstein e sob o governo de Otto von Bismarck, o “chanceler de ferro”, forma aquela confederação com os ducados de Hanover (na Baixa Saxónia), Nassau, Frankfurt-am-Main, e Hesse-Cassel.

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Faz hoje 113 anos (1892), foi numa QI: é inaugurada a Praça de Touros do Campo Pequeno. Reinava D. Carlos (33º). Pontificava Leão XIII (256º).

«Todos reconheciam que Portugal passara a dispor de uma das mais belas praças do mundo. O mérito cabe ao arquitecto Dias da Silva, que, todavia, mal aconselhado do ponto de vista tauromáquico, não evitou algumas deficiências, como a que resulta das reduzidas dimensões da arena (apenas

35,5 m de diâmetro). A corrida inaugural teve foros de acontecimento mundano nacional. Nessa tarde de 18.8.1892, rompeu praça um touro pertencente (como os restantes) à ganadaria de Emílio Infante da Câmara. Cavaleiros em praça eram Alfredo Tinoco, Manuel Casimiro de Almeida e Fernando de Oliveira. Recorde-se que este último viria a ser mortalmente colhido, nessa mesma arena, oito anos mais tarde. Os destinos do tauródromo «alfacinha» foram confiados, por um período de noventa anos, à Empresa Tauromáquica Lisbonense (responsável pela construção), constituída por um grupo de aficionados endinheirados», como, entre outros, Albino José Baptista, Alfredo Machado, António Anastácio Gomes, Domingos Esteves de Oliveira, Eduardo Perry Vidal, Frederico Ressano Garcia, João Cipriano Batalha, José do Espírito Santo Silva, Luís Reynaud, Manuel Gouveia e Tomás Garcia Puga. «Ao longo de, aproximadamente, cento e dois anos, pisaram a arena de Lisboa todas as figuras importantes da tauromaquia nacional e internacional. Foi no Campo Pequeno que se encontraram, pela primeira vez, os matadores Manuel Rodriguez «Manolete» e Carlos Arruza, os quais, posteriormente, iriam dar corpo à mais importante competição do último meio século. Foi também neste redondel que se imortalizou a arte ímpar de João Branco Núncio no toureio equestre. E ali deu o saudoso Manuel dos Santos morte a um touro na célebre noite que o levou à prisão do Governo Civil, Contudo, após um século de actividade, há que reconhecer a incapacidade de sucessivas empresas no sentido de valorizar o papel do histórico recinto no âmbito do quotidiano de Lisboa. Dois nomes avultam, como os que mais prestígio alcançaram e maiores alegrias proporcionaram ao público: D. Bernardo da Costa (Mesquitela) e Manuel dos Santos. (Manuel Andrade Guerra, in cit. Dicionário da História de Lisboa, 1994)

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Completam-se hoje 104 anos (1901), foi num DM: nasceu, no Porto, o pintor Henrique Medina. Ainda reinava D. Carlos (33º). Pontificava Leão XIII (256º).
Henrique Medina iniciou estudos na Escola Superior de Belas-Artes do Porto, tendo interrompido o curso para partir para Paris, onde prosseguiu estudos.

Em 1922, deu início às primeiras exposições, mostrando a sua obra no Salon des Artistes Français. Em 1929, o seu quadro Irmão do Artista, foi adquirido pelo Museu do Luxemburgo.

Distinguiu-se como retratista com projecção internacional em países como Grã-Bretanha, Itália, Suécia, Dinamarca, Espanha, EUA, tendo pintado, ao longo da sua carreira, retratos de algumas das figuras mais sonantes a nível mundial, desde chefes de estado a vedetas do cinema e do espectáculo como Charlie Chaplin ou Galli Curci (cujo retrato se encontra exposto no Metropolitan Museum, em Nova Iorque). Regressou a Portugal na década de 60, fixando atelier em Goios (Esposende).

Morreu em 1988, aos 87 anos.

O seu trabalho encontra-se no Museu Nacional de Arte Contemporânea — Museu do Chiado (Lisboa) e no Museu — Colecção Metro-Goldwyn Mayer (Hollywood, EUA), entre outros.

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Completam-se hoje 97 anos (1908), era uma TR: morreu Trindade Coelho, jurista e escritor. Já reinava o nosso último (34º) monarca e já se adivinhava a próxima queda da monarquia. Em Roma pontificava Pio X (257º).
José Francisco de Trindade Coelho, que nasceu em 18.06.1861, dedicou-se inicialmente à advocacia, seguindo depois carreira como magistrado (no Sabugal, em Portalegre, Ovar, e, a partir de 1889, em Lisboa). Teve papel activo em campanhas de combate ao analfabetismo, redigindo diversos folhetos, e, em 1906, um Manual Político do Cidadão Português, que se pretendia de esclarecimento político. Foi fundador de jornais e revistas, entre os quais Porta Férrea, Panorama Contemporâneo e Revista de Direito e Jurisprudência.

Retirado da vida política e caído no esquecimento, sofrendo de depressão nervosa, suicidou-se, em 1908, com 47 anos.

De entre a sua obra, destaca-se Os Meus Amores (1891), série de contos rústicos, exemplares dentro deste género, que recuperam muitas das suas memórias de infância, em Trás-os-Montes, e onde surgem tipos e quadros da vida rural, numa atmosfera de ternura, saudosismo e ingenuidade, com linguagem simples e realista, marcada pelo falar das gentes retratadas.

Escreveu, ainda, um volume de memórias coimbrãs, intitulado In Illo Tempore (1902). Postumamente foram, ainda, publicadas Autobiografia e Cartas (1910) e O Senhor Sete (1961).

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Faz hoje 96 anos (1909), foi numa QA: nasceu, em Lisboa, o escritor Adolfo Simões Müller. Ainda reinava D. Manuel. Prosseguia o pontificado de Pio X.
Adolfo Simões Müller foi secretário de redacção do jornal Novidades, fundador e director (até 1941) do jornal infantil O Papagaio e director do Diabrete. Foi ainda director do gabinete de estudos de programas da Emissora Nacional (hoje RDP) e produtor de programas para rádio.

Estreou-se na literatura com o volume de poemas Asas de Ícaro (1926). No entanto, foi a literatura infantil que o celebrizou, tendo escrito obras como Caixinha de Brinquedos (1937, Prémio Nacional de Literatura Infantil), O Feiticeiro da Cabana Azul (1942, galardoado com o mesmo prémio) e A Primeira Volta ao Mundo (1971, Prémio Nacional de Literatura).

Recebeu, em 1982, o Grande Prémio de Literatura Infantil da Fundação Calouste Gulbenkian pelo conjunto da sua obra.

Morreu em 1989, aos 80 anos.

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Foi há 77 anos (1928), : em Lisboa, é inaugurada a Estação de Comboios do Cais do Sodré. Já era PR o general Carmona. Pontificava Pio XI (259º).

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Foi há 72 anos (1933), numa SX: nasceu, em Paris, Roman Polanski, cineasta polaco. Em Portugal prosseguia o vitalício consulado de Carmona como PR. Ainda pontificava
Pio XI.
Filho de imigrantes polacos, regressou a Cracóvia (Polónia), com 3 anos. A sua infância determinou a sua carreira profissional. Em plena II Guerra Mundial, suportou a experiência traumática do envio dos seus pais para um campo de concentração, onde a sua mãe veio a falecer. A sua vida pessoal trágica seria uma constante fonte de inspiração no seu trabalho, sobretudo pelo fascínio da violência psicológica e do horror. Iniciou-se muito jovem no teatro de Cracóvia, vindo a participar, mais tarde, em vários filmes de Andrzej Wajda. Nos anos 50, formou-se na famosa escola de cinema de Lodz. Entre 1958 e 1963, dedicou-se à realização de curtas-metragens influenciadas pelo teatro do absurdo e pelo surrealismo, que de alguma forma permaneceram uma constante no seu trabalho posterior. Destaca-se Dois Homens e Um Armário (1963).

Em 1962, realizou a sua primeira longa-metragem — Knife in the Water/A Faca na Água, que lhe valeu o prémio da crítica no Festival de Veneza e a nomeação para o Óscar de melhor filme estrangeiro. Após este filme, deixou a Polónia, fixando-se no Ocidente, assinando uma obra marcada pelo fantástico e pelo horror.

Em 1969, nos EUA, a sua mulher, a actriz Sharon Tate, foi brutalmente assassinada pelo célebre grupo de psicopatas, designados por «família-Manson». Após um período de inactividade, devido ao choque causado pela morte da sua mulher, Polanski partiu para a Europa, onde realizou Macbeth (1971), num tom particularmente soturno e violento. De regresso aos EUA, filmou Chinatown (1974).

A sua filmografia inclui ainda Repulsion (1965), vencedor do Urso de Ouro no Festival de Berlim, The Fearless Vampire Killers/Por Favor Não Me Mordam o Pescoço(1967), Rosemary's Baby (1968), e The Ninth Gate/A Nona Porta (1999). Em 1984, publicou uma autobiografia intitulada Roman.

Em 1999, Roman Polanski foi admitido na French Institute Academy of Fine Arts, como forma de reconhecimento pela sua carreira e contributos dados ao cinema.

Em 2001, realizou The Pianist/O Pianista, vencedor da Palma de Ouro no Festival de Cannes 2002, premiado pela National Society of Film Critics dos EUA como "Melhor Filme" de 2002, vencedor do Óscar de Melhor Realização e nomeado para o Óscar de Melhor Filme, prémio que não pôde receber pessoalmente por estar impedido de entrar nos Estados Unidos da América, desde 1977, acusado de pedofilia. (fonte: BU)

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Completam-se hoje 68 anos (1937), era um: nasceu Robert Redford, actor e cineasta norte-americano. Em Portugal prosseguia o mandato presidencial de Carmona. Pontificava, ainda, Pio XI.
Charles Robert Redford frequentou a Universidade de Colorado, na área do desporto, mas em 1957 desistiu e foi estudar pintura para a Europa. De regresso aos EUA, ingressou na American Academy of Dramatic Arts, estreando-se na Broadway em 1959. Em 1963, protagonizou a comédia romântica Barefoot in the Park, adaptada para cinema em 1967. Durante os anos 60, participou nas séries televisivas Playhouse 90, Twilight Zone e Alfred Hitchcock Presents. Em 1962, iniciou a sua carreira cinematográfica com War Hunt, mas só a partir de 1965 é que começou a aparecer regularmente, tornando-se o actor mais bem pago de Hollywood nos 70.

A consagração de Robert Redford deu-se com Butch Cassidy and the Sundance Kid (1969) e The Sting (1973, nomeado para Melhor Actor), onde contracenou com Paul Newman.

Recebeu a aclamação internacional, pelo seu trabalho como director, actor e produtor, assim como defensor do cinema independente e ambientalista.

A sua filmografia inclui ainda, Situation Hopeless - But Not Serious (1965), This Property Is Condemned (1966), Barefoot in the Park (1967), The Candidate (1972), The Hot Rock (1972), The Great Gatsby (1974), All the President's Men (1976), Out of Africa (1985), Havana (1990), Indecent Proposal/Proposta Indecente (1993), Independent's Day (televisão, 1998), The Horse Whisperer/O Encantador de Cavalos (1998, galardoado com um Globo de Ouro para Melhor Director), The Legend of Bagger Vance (2000), Spy Game (2001), The Last Castle/O Último Castelo (2001).

Como realizador, dirigiu Ordinary People (1980, galardoado com o Óscar para Melhor Director e Melhor Filme), The Milagro Beanfield War (1988), Promised Land (1998), Some Girls (1989), A River Runs Through It (1992), Quiz Show (1994, nomeado para Melhor Filme e Melhor Director pela Academia de Hollywood), A Civil Action (1998).

Em 1980, criou o Sundance Institute, um organismo com o objectivo de apoiar o cinema independente. (Fonte BU)

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Aconteceu há 41 anos (1964), era TR: é impedida a participação da África do Sul nos Jogos Olímpicos como forma de protesto contra a política racial deste país. Em Portugal Já era PR o cinzento e soturno (mas fiel salazarista) Américo Tomás. Pontificava Paulo VI (262º).

Os Jogos da XVIII Olimpíada da era moderna realizaram-se em 1964 em Tóquio. Os jogos tiveram início a 10 de Outubro, prolongando-se até 24 do mesmo mês.

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Completam-se hoje 23 anos (1982), foi numa QA: morre, aos 83 anos, Carlos Botelho, o pintor que retratava a cidade de Lisboa através de figuras geométricas. Decorre o mandato presidencial do general Ramalho Eanes. Pontifica João Paulo II (264º).

Carlos Botelho nasceu em Lisboa em 1899 e estudou nesta cidade e em Paris.

Participou, em 1934, na I Exposição da União Nacional e decorou o interior do pavilhão português da Exposição Internacional de 1937, em Paris. Aí teve acesso a uma retrospectiva da obra de Van Gogh, que o terá influenciado profundamente, determinando, numa primeira fase, um período expressionista na sua pintura.

Por volta dos anos 50, confina-se à celebração quase constante da paisagem de Lisboa: o casario amontoado, representado em perspectivas angulosas e com o rio Tejo a destacar-se ao fundo, é envolvido por uma luz marítima; por outro lado, a figura humana é tratada em manchas informais, e muitas vezes encontra-se ausente das composições; estes pormenores concorrem para a transformação da cidade em signo pictórico variável, definindo a imagem plástica da sua obra.

Premiado em Portugal e no estrangeiro, recebeu os prémios Sousa Cardoso (1938), Columbano (1940), Grand Prix da Exposição Internacional de Paris (1937) e da Exposição Internacional de San Francisco (1939).

Encontra-se exposto no Museu de Arte Moderna, em Lisboa, no Museu de Arte Moderna, em São Paulo, e no Museu de San Francisco, nos EUA. (fonte: BU)

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Completam-se hoje 14 anos (1991), foi num DM: morre, em Sesimbra, Lindley Cintra, professor universitário e filólogo, aos 66 anos. Já decorria o 2º mandato presidencial do Dr Mário Soares. Prosseguia o longo pontificado do papa João Paulo II (264º).
Luís Filipe Lindley Cintra nasceu em Lisboa, em 05.03.1925, e foi, desde 1950, assistente, e desde 1962, professor universitário na faculdade de Letras da Universidade de Lisboa, onde se formou e doutorou.
Como investigador, teve grande destaque na área da literatura medieval, da linguística românica, da dialectologia e da geografia actual da língua portuguesa.
O Prof Lindley Cintra é uma das figuras principais da Linguística portuguesa.
Publicou, entre outras obras, em colaboração com Celso Cunha (o Prof brasileiro Celso Ferreira da Cunha, nascido em Teófilo Otoni, Minas Gerais, aos 10.05.1917, e falecido no Rio de Janeiro, em 14.04.1989), a Nova Gramática do Português Contemporâneo (1984).
A Faculdade de Letras da Universidade Clássica de Lisboa atribui, anualmente, um prémio literário com o seu nome.
Foi pai do actor e encenador Luís Miguel Cintra (1949-).

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