terça-feira, novembro 22, 2005

MEMÓRIA DO TEMPO QUE PASSA



DE ACORDO COM O CALENDÁRIO DA ONU:

1997/2006 - Década Internacional para a Erradicação da Pobreza.

2001/2010 - Década para Redução Gradual da Malária nos Países em Desenvolvimento, especialmente na África.

2001/2010 - Segunda Década Internacional para a Erradicação do Colonialismo.

2001/2010 - Década Internacional para a Cultura da Paz e não Violência para com as Crianças do Mundo.

2003/2012 - Década da Alfabetização: Educação para Todos.

2005/2014 - Década das Nações Unidas para a Educação do Desenvolvimento Sustentável.

2005/2015 - Década Internacional "Água para a Vida".

2005 - Ano Internacional do Microcrédito.

Ano Internacional da Física.

2005 - Ano Internacional do Desporto e da Educação Física.

Dia Nacional do Líbano.

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Foi há 1507 anos (498), um DM: o Papa Símaco foi eleito.

Símaco (51º) sucedeu a Anastácio II na cadeira de Pedro.

O pontificado do papa Anastácio, que era romano, apenas durou 2 anos.

O pontificado de Símaco, que era da Sardenha, durou 6 anos. Diz-se ter sido o novo papa quem mandou erigir a primeira basílica vaticana - de que só restam vestígios.

A lista do Padre Miguel de Oliveira (in História Eclesiástica de Portugal, 2ª ed, 1948) refere, a seguir ao pontificado de S. Símaco, o antipapa Lourenço. Foi arcediago (dignitário eclesiástico investido pelo bispo de certos poderes junto dos párocos da diocese) da basílica de Sta Maria Maior, de Roma. Após a morte do papa Anastácio II, foi designado sucessor deste por uma das facções que disputava a eleição do novo pontífice. Mas a facção mais numerosa elegeu Símaco. E o árbitro escolhido para resolver esta disputa, o rei Teodorico [foi rei dos godos orientais, os ostrogodos (488-526), governante da Itália (493-526), e regente dos visigodos (511-526)], pronunciou-se a favor de Símaco.

Teve de combater contra o antipapa Lourenço e contra o imperador Anastácio, que excomungara por ser defensor do monotelismo (O monotelismo fez nascer um fatalismo que atacava o livre-arbítrio. Pelo monotelismo, só se poderia conceber o homem como ser escravo, sem vontade livre, e necessariamente usado pela vontade divina). A posição oficial da Igreja Católica Romana (nestes idos tinha particular relevância esta especificação: romana) era a de considerar tal tese uma heresia.

Símaco morreu em 19 de Julho de 514.

Ao papa Símaco sucedeu o papa Hormisdas, que, em termos actuais, se diria italiano. Há quem afirme ter sido Hormisdas um dos mais notáveis pontífices do séc. VI.

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Foi há 508 anos (1497), uma QA: o navegador português Vasco da Gama dobra o cabo da Boa Esperança na sua viagem de descoberta do caminho marítimo para a Índia. Reinava D. Manuel I (14º). Pontificava Alexandre VI (214º).

Vasco da Gama nasceu em Sines, em 1468.

Foi o navegador escolhido por D. Manuel I para comandar a armada que viria a estabelecer o caminho marítimo para a Índia. A possibilidade de seguir esta rota marítima tinha já sido antevista, depois de Bartolomeu Dias, na sua viagem de 1486, ter ultrapassado o Cabo da Boa Esperança.

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Cabo localizado a 243 m de altitude, na África do Sul,

a cerca de 50 km da cidade do Cabo,

é o ponto de união entre o Atlântico e o Índico.

Antigamente conhecido como cabo das Tormentas,

D. João II rebaptizou-o como cabo da Boa Esperança.

Em 1488, o navegador português Bartolomeu Dias,

dobrou o cabo pela primeira vez

e a sua passagem contribuiu na descoberta do caminho marítimo para a Índia,

provando que o Índico não é um mar interior, ao contrário das teorias de Ptolomeu.

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D. João II, aliás, tinha dado ao pai de Vasco da Gama o comando de uma frota, para uma viagem com a mesma intenção, que não chegou a realizar-se. A expedição de Vasco da Gama foi então cuidadosamente preparada e, no dia 8 de Julho de 1497, partiu do Restelo, composta por um navio de transporte (que deveria ser destruído no caminho), a caravela Bérrio e as naus São Gabriel e São Rafael, ambas construídas expressamente para esta viagem. Vasco da Gama seguiu na expedição comandando a nau São Gabriel, enquanto o seu irmão mais velho, Paulo da Gama, comandava a nau São Rafael. A tripulação era constituída por cerca de 170 homens, dos quais apenas um terço regressaria a Portugal.

Vasco da Gama acumulava funções de capitão-mor da expedição e funções diplomáticas, já que era portador de cartas de D. Manuel I para o samorim [rei] de Calecute, com quem o monarca pretendia estabelecer as primeiras relações na Índia.

Depois de algumas paragens e de seis tentativas frustradas para passar o cabo da Boa Esperança, a expedição chegou finalmente a Moçambique em Março de 1498, e aí recuperou forças. A paragem seguinte, em Melinde [no actual Quénia], permitiu ao chefe da expedição contratar um piloto local, que, em Maio de 1498, conduziu a armada a Calecute, um dos grandes empórios comerciais do oriente e o objectivo final da viagem. Aí chegado em Maio de 1498, Vasco da Gama não pôde, porém, levar a cabo as suas missões, já que os mercadores muçulmanos lhe levantaram diversos obstáculos, impedindo o estabelecimento de relações diplomáticas e comerciais estáveis. Não possuindo meios militares para se impor, o navegador iniciou, nesse mesmo ano, uma atribulada viagem de regresso, que resultou na perda de grande parte da tripulação (devido ao escorbuto [doença comum no tempo dos descobrimentos, a bordo das embarcações, pela falta da vitamina C, que se encontra nos vegetais frescos]) e da nau São Rafael. O seu próprio irmão, doente, morreu ao chegarem à ilha Terceira, em Julho de 1499.

Só em finais de Agosto de 1499 desembarcou em Lisboa, tendo sido recebido por D. Manuel I com vários privilégios e mercês honoríficas pelos serviços prestados ao reino.

Partiu novamente para a Índia em 1502, acompanhado por uma armada de 15 naus e com o objectivo de assegurar o domínio definitivo das águas do Malabar [na Índia]. Tornou tributário o rei de Quíloa, castigou o rei de Calecute, pelos entraves antes colocados por este, assinou alianças com os reis de Cochim e Cananor, conseguindo, antes do seu regresso, em 1504, assegurar o domínio isolado dos portugueses no oceano Índico.

D. Manuel I tornou-o conde da Vidigueira e D. João III nomeou-o vice-rei da Índia, com amplos poderes sobre aquele território. A sua última viagem para a Índia teve início nos princípios de 1524, com o objectivo de pôr cobro às desordens que comprometiam a presença portuguesa. Em pouco tempo, colocou em ordem os oficiais corruptos que tomavam conta do território. Acabou por morrer no dia 25 de Dezembro de 1524, em Cochim, vítima de uma grave doença. O seu corpo foi mais tarde trasladado para a Vidigueira [e, daí, mais tarde, em 1898, para o mosteiro dos Jerónimos].

(Fonte: Biblioteca Universal/BU)

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Foi há 231 anos (1774), foi numa TR: morreu o papa Clemente XIV (249º). Em Portugal reinava D. José (25º).

Clemente XIV sucedeu ao papa Clemente XIII, Carlos Rezzonico, que era veneziano e foi papa de 1758 a 1769 (pouco mais de 10 anos). Ainda este papa não tinha subido ao trono e já se verificava a luta entre o conde de Oeiras (depois marquês de Pombal) e os jesuítas. E o clima chegou ao corte de relações diplomáticas entre o Governo de Portugal e a Santa Sé, desde 1760. Relações que só foram restabelecidas no pontificado de Clemente XIV.

Giovanni Vincenzo Antonio Ganganelli era o nome de família do papa Clemente XIV, frade franciscano, sob o nome de frei Lourenço, que nasceu em Rimini, Itália. Foi papa de 1769 a 1774.

A sua eleição, em 4 de Junho de 1769, realizou-se num prolongado conclave de três meses com 179 escrutínios. O mais longo da história, e, segundo alguns, o mais acaloradamente disputado.

Alguns autores defendem que tenha sido eleito “para suprimir a Companhia de Jesus”. É uma presunção; mas a verdade é que era apreciado pelos governos adversários dos Jesuítas. Mais certo ainda foi que, embora pressionado pelas circunstâncias, ele arrastou a decisão por quatro anos.

E aquelas circunstâncias que o pressionavam eram o receio de um novo cisma na Igreja, que já perdera a Inglaterra e parte da Alemanha. Assim, extinguiu a Companhia de Jesus, para não perder a Espanha, Portugal e França, sem contudo culpar os jesuítas de crimes ou heresias. Portanto, sem os condenar. Ou seja, no fundo, uma solução de compromisso. Afinal, apenas uma questão de estratégia.

E os seguidores de Inácio de Loyola obedeceram ao Papa.

Só, pois, em 21JUL1773 publicou o breve “Dominus ac Redemptor noster”, com o qual extinguiu a Companhia, por causa de abusos e desobediência à Santa Sé. Os soberanos Bourbons de França, Espanha, Nápoles e Parma não permitiam a permanência dos jesuítas nos seus países. Sebastião José de Carvalho e Melo, marquês de Pombal, já os expulsara das terras lusitanas. O Geral, Padre Lourenço Ricci,

de há muito que era pressionado para proceder a reformas na constituição da Sociedade, porém, a sua inflexibilidade não admitia modificações essenciais na constituição jesuítica: “sint ut sunt aut non sint” (que sejam como são ou que não existam).

Segundo um testemunho, “esta famosa expressão não faz parte, em absoluto, das Constituições da Sociedade de Jesus. Os seus membros não podem nem aprová-la nem repudiá-la; e duvidam que o geral Ricci a tenha pronunciado: é tudo”.

A Clemente XIV sucedeu o Papa Pio VI (250º), Giovanni Angelo Braschi que nasceu em Casena (na Itália). Foi eleito em 15FEV1775 e morreu aos 29.08.1799.

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Foi há 136 anos (1869), uma SG: nasceu, em Paris o escritor francês André Gide. Em Portugal reinava
D. Luís (32º). Pontificava Pio IX (255º).

André Gide brilhou em quase todos os géneros literários. Em 1947 recebeu o Prémio Nobel de Literatura.

André Gide morreu, também em Paris, a 19FEV1951, aos 82 anos.

Para uma um pouco mais completa informação, ver o site VIDAS LUSÓFONAS

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Foi há 115 anos (1890), num SB: nasceu Charles De Gaulle, general e estadista francês. Em Portugal reinava D. Carlos (33º). Pontificava Leão XIII (256º).

Charles André Joseph Marie de Gaulle era o seu nome completo.

O general De Gaulle (como ficou conhecido) nasceu em Lille, França. Em 1940 recusou a assinatura do armistício da França com a Alemanha nazi, exilou-se em Londres e com a ajuda da Grã-Bretanha dirigiu as Forças Francesas Livres na luta contra a ocupação alemã. Dirigiu o governo francês no exílio e o provisório em França de 1944 a 1947, sendo Presidente da República de 1959 a 1969.

No dia 26 de Agosto de 1944, o general De Gaulle, teve a sua grande consagração no desfile triunfal pela Avenida dos Campos Elísios quando desfilou, rodeado pela multidão, como um libertador da França, tornando-se, para muitos, então, uma figura histórica equiparável à que Joana d´Arc fora na França Medieval. Após um período na chefia do novo governo, época em que fundou o RPF ( Ressemblement du Peuple Français), em 1947, o partido gaulista (cujo acento se pode considerar a independência ou identidade francesa, o conservadorismo social e o dirigismo económico), retirou-se da vida política, em 1953, para escrever as suas memórias da guerra na propriedade que tinha em Colombey-les-deux-Eglises.

Enquanto isso , seu inimigo político, o Marechal Pétain, condenado à morte por traição, teve a sentença comutada à prisão domiciliar perpétua.

Anos mais tarde, em 1958, devido ao impasse da Guerra da Argélia (1957-1962), o general De Gaulle, atendendo a “um apelo” nacional, reassumiu os destinos do país. Período perigoso quando ele enfrentou os atentados da OAS (Organization de l´armée secret), formada por militares da extrema direita que não aceitavam a independência desse território africano, colonizado pelos franceses

Ao mesmo tempo, solucionado o problema argelino, procurou nos seus mais de dez anos de chefia, retirar o país da influência directa dos Estados Unidos, proclamando a necessidade da unidade europeia “ do Atlântico aos Urais”, afastando-se da OTAN/NATO (Organização do Tratado do Atlântico Norte). De Gaulle somente deixou o poder após a Revolta Estudantil de Maio de 1968. Retirado para a sua pequena cidade, depois do resultado insatisfatório do referendo de 1969, aí morreu em 09NOV1970.

O referendo acabado de referir visava aprovar uma reforma política que envolvia o poder do Senado. A derrota da emenda levou-o à renúncia.

Depois da morte de De Gaulle, o conceito de “gaullismo” não é unívoco. Geralmente, hoje refere-se ao Rassemblement pour la Republique (agora integrado na União por um Movimento Popular), o partido de direita de Jacques Chirac.

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"Como se pode governar um país que tem 246 espécies de queijo?"

Charles de Gaulle,

criticando o sistema político de seu país e defendendo eleições parlamentares directas em 1962

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Foi há 92 anos (1913), um SB: nasce o compositor Benjamin Britten. Em Portugal decorria o mandato presidencial de Manuel de Arriaga. Em Roma pontificava Pio X (257º).

O barão Britten de Aldeburgh foi compositor e pianista, e é por muitos considerado o mais importante compositor britânico do século XX.

Edward Benjamin Britten nasceu em Lowestoft, no condado britânico de Suffolk. Inicia-se na música desde cedo. Aos 14 anos teria já composto dez sonatas em piano e seis quartetos de cordas, não excluindo um oratório e um poema orquestral intitulado “Chaos and Cosmos”.

Aos 10 anos impressionara-se ao ouvir uma interpretação de “The Sea”, de Frank Bridge, com quem viria a ter lições de composição três anos depois, e cuja influência na vida de Britten era patente: toda a sua vida o referia com grande afecto e respeito. Depois da escola, o conservatório: o Colégio Real de Música, em Londres. E seria aqui que Britten captaria a atenção do público, ao interpretar uma das suas partituras estudantis, a Sinfonietta (Op. 1).

Britten faz, entretanto, projectos para ir estudar com Alan Berg, em Viena; projectos, no entanto, que não viriam a concretizar-se.

O compositor conseguiu, entretanto, trabalho em Londres com maior regularidade. Aí se torna amigo, em 1935, do poeta, dramaturgo, editor, ensaísta e crítico, também britânico, W. H. Auden (Wystan Hugh Auden: 1907- 1973), com quem colaborou.

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Auden foi por alguns “considerado o maior poeta inglês do século XX, [cujo] trabalho influenciou as gerações seguintes, dos dois lados do Atlântico.

Arnaldo Nogueira Júnior, Releituras (web)

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Em 1936, tendo Auden ingressado na Guerra Civil de Espanha, Britten escreve, em colaboração com o, também compositor inglês, Sir Lennox Berkeley (1903-1989), a obra intitulada Mont Juic (que foi buscar o nome ao ponto mais alto de Barcelona, situado num interessante parque, e um dos “pulmões” desta cidade, onde viriam a decorrer as olimpíadas de 1992), baseada em danças catalãs, que se estrearia muitos anos depois na capital da Catalunha, aquando do III Festival Internacional de Música, em 1965.

Britten conhece, entretanto, o tenor Peter Pears de quem se tornaria amigo e companheiro para toda a vida e que se tornaria seu assíduo colaborador, na interpretação de muitas peças de Britten.

Em 1939, influenciado pelo desenrolar da política europeia e pela crítica hostil inglesa, Britten compõe Paul Bunyan, a sua primeira ópera, com texto de Auden.

Na mesma época compõe a Sinfonia Requiem (para orquestra completa), para satisfazer uma encomenda do governo japonês para comemorar o 2500º aniversário da dinastia Mikado — que, curiosamente, os japoneses se negaram a estrear. Porém, Kussevitzki interpretou-a em Bóston e encomendou-lhe, imediatamente, uma ópera: assim se iniciou Peter Grimes, que concluiu em 1945.

Em 1973 compõe Death in Venice («Morte em Veneza»), baseada na novela de Thomas Mann, uma narração dos últimos dias de um romancista já de idade madura; esta ópera foi aclamada pelo público como a sua obra-prima.

Entre muitas outras peças, compôs Gloriana (1953) para a coração da rainha Isabel II, de Inglaterra e A Midsummer Night's Dream (1960), ópera baseada em Shakespeare.

Britten morreu em 04DEZ1976.

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Foi há 49 anos (1956), era uma QI: abertura dos XVI Jogos Olímpicos de Verão, Melbourne, Austrália. Em Portugal era PR o general Craveiro Lopes (um presidente que Salazar suportou, mas de quem não gostava e por isso não o reconduziu em novo mandato). No Vaticano pontificava Pio XII (260º).

Foram os primeiros jogos olímpicos fora da Europa ou da América, que decorreram de 02.11 a 08.12 de 1956.

Aquando destas olimpíadas, houve uma cisão no C. O. P/Comité Olímpico de Portugal, por divergências entre os seus principais membros. Como resultado o Estado não concedeu subsídio para a deslocação a Melbourne onde apenas nos representámos em Vela. Nesta Olimpíada os Jogos Equestres realizaram-se em Estocolmo, sendo a representação portuguesa a expensas do Ministério da Guerra. (Transcrito do site do Comité Olímpico de Portugal/COP)

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Foi há 42 anos (1963),numa SX: morreu Aldous Huxley, escritor inglês. Em Portugal era PR o submisso e fiel (a Salazar) almirante Américo Tomás. Pontificava Paulo VI (262º).

Aldous Leonard Huxley nasceu em Godalming, Surrey, Inglaterra, aos 26JUL1894.

Estudou na aristocrática escola de Eton. Devido a uma doença nos olhos que quase o cegou, viu-se obrigado a abandonar a escola, aos 16 anos, e a suspender o seu projecto de se formar em medicina. Mas mais tarde recuperou visão suficiente para se formar. No entanto permaneceu quase cego por toda a sua vida.

É em Oxford que ele, pela primeira vez, se compromete com a literatura, talvez influenciado por Lytton Strachey e Bertrand Russell, que entretanto conhecera, e por D. H. Lawrence (David Herbert Lawrence, um “controverso e prolífico” escritor inglês da escola realista), de quem se tornou amigo íntimo.

Em 1921, lançou "Crome Yellow", “o primeiro de uma série de romances e novelas que combinam diálogos emocionantes, e um aparente cepticismo, com profundas considerações morais.

Viveu a maior parte dos anos 20 na Itália fascista de Mussolini que inspirou parte dos sistemas autoritários retratados em suas obras”.

A obra-prima de Huxley, "Brave New World" (cujo título, nas edições em português, é “Admirável Mundo Novo”), foi escrita durante quatro meses no ano de 1931. Os temas nela abordados remontam grande parte de suas preocupações ideológicas como a liberdade individual em oposição ao autoritarismo do Estado.

Em 1959, foi distinguido pela Academia Americana de Artes e Letras com um prémio. Prémio, que é atribuído de cinco em cinco anos, e que, anteriormente, distinguira Ernest Hemingway e Thomas Mann.

Huxley produziu um total de 47 livros.

O crítico britânico Anthony Burgess uma vez afirmou que Huxley fora o pioneiro do "romance cerebral". No entanto, outras correntes de críticos classificaram Huxley como um ensaísta, em vez de romancista. Realmente as suas obras eram conduzidas mais apoiadas sobre suas ideias do que pelo desenrolar de personagens ou contextos de histórias.

Entre as suas 47 obras, e para além dos livros acima referidos, destaco: Limbo, contos de estreia (1920), Point Counter Point (Contraponto), romance (1928), Brave New World Revisited (Regresso ao Admirável Mundo Novo), ensaios (1959), Island (A Ilha), romance (1962) e The Human Situation (A Situação Humana), ensaios (1978).

"O maior pecado contra a mente humana

é acreditar em coisas sem evidências.

A ciência é somente o supra-sumo do bom-senso

– isto é, rigidamente precisa em sua observação

e inimiga da lógica falaciosa."

Aldous Huxley

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Na mesma data morreu o presidente norte-americano John Kennedy.

John Fitzgerald Kennedy (JFK), filho do empresário Joseph Kennedy, nasceu em Brookline, no estado do Massachusetts, em 1917. Com raízes na Irlanda, foi o primeiro presidente católico dos EUA. E o mais novo a ser eleito: aos 46 anos.

Kennedy foi assassinado, com um tiro na cabeça, em Dallas, no Texas, enquanto percorria as ruas da cidade em carro aberto. Esta visita tinha como objectivo consolidar a unidade do Partido Democrata.

O tiro foi disparado, alegadamente, por Lee Harvey Oswald, morto dois dias depois, em circunstâncias que levantaram suspeições, por Jack Ruby.

Em 27.09.1964, o relatório da Comissão Warren conclui ter sido Lee Harvey Oswald, sozinho, a assassinar o presidente Kennedy.

E em 22NOV1966 os membros da Comissão Warren opõem-se à abertura de um novo inquérito sobre o assassinato de John Kennedy.

Assassinado Kennedy, o seu vice-presidente, Lyndon B. Johnson, é declarado o 36º presidente dos Estados Unidos da América.

Democrata, JFK foi o 35.º presidente dos Estados Unidos da América, entre 1961 e 1963.

Estudou em Harvard, onde se formou em Direito, e teve uma breve passagem pela London School of Economics. Cumpriu o serviço militar na marinha, no Pacífico, durante a II Guerra Mundial.

Ao nível de política externa, patrocinou a falhada invasão da Baía dos Porcos, em Cuba.

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A Baía dos Porcos, na costa sul de Cuba,

a uns 145 km a sudoeste de Havana,

foi palco, entre 17 e 20 de Abril de 1961,

de uma tentativa de invasão mal sucedida

por parte de 1500 cubanos exilados,

apoiados pelos EUA;

1173 destes cubanos foram feitos prisioneiros.

A criação deste grupo anti-revolucionário pela CIA

tinha sido autorizada pelo governo de Eisenhower,

e o projecto foi executado durante a governação de J. F. Kennedy.

Em 1962, a maioria dos prisioneiros cubanos foi libertada em troca de 53 milhões de dólares em alimentos e medicamentos.

O incidente, afinal, acabou por fortalecer os laços de Cuba com a, então, URSS.

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Depois de uma curta carreira jornalística, Kennedy foi eleito para Câmara dos Representantes (1946). Em 1952, foi eleito para o Senado pelo estado de Massachusetts, derrotando o republicano Henry Cabot Lodge Jr., um dos principais apoiantes de Eisenhower. E em 1953, casou com Jacqueline Lee Bouvier (1929-1995), que se tornaria Jacqueline Kennedy e, mais tarde, Jacqueline Onassis, quando, viúva de Kennedy, voltou a casar, desta vez com o conhecido multimilionário e armador grego Aristóteles Onassis.

A sua juventude, aliada ao facto de ser católico, foram considerados sérios obstáculos à sua eleição para a Casa Branca.

Mas as suas vitórias nas sete eleições primárias a que concorreu, asseguraram-lhe a posição de candidato democrático às presidenciais de 1960.

Embora tenha resistido bem ao debate com o candidato republicano Richard Nixon, ganhou a presidência com uma das mais pequenas margens de sempre.

Durante os anos em que Kennedy esteve na Casa Branca, os críticos sugeriram que o estilo foi mais importante que a substância. Contudo, facto foi que ele inspirou uma geração de idealistas e criou uma aura de activismo político. Trouxe para Washington académicos e intelectuais como seus conselheiros e a sua esperteza e carisma, associados à sua capacidade política, conseguiram desarmar muitos dos seus críticos. O seu discurso inaugural, no qual enfatizou a «nova fronteira», lembrou os de Roosevelt. Na realidade, Kennedy não conseguiu fazer aprovar a maior parte da legislação que prometera implementar a nível doméstico. No entanto, com a ajuda de seu irmão Robert Kennedy, ministro da Justiça, a política de eliminação da segregação racial prosseguiu e a Lei dos Direitos Civis foi apresentada.

Foi nos negócios estrangeiros que a presidência de Kennedy mais se notabilizou. No início de 1961, dava-se o fiasco da Baía dos Porcos que, apesar de ser parcialmente uma herança da administração anterior, foi sem dúvida responsabilidade de Kennedy. Contudo, o problema foi redimido pela forma espectacular como conseguiu lidar com a “crise dos mísseis de Cuba”, em 1962.

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crise dos mísseis de Cuba:

informados por relatório de que

a URSS estava a construir rampas de lançamento de mísseis nucleares em Cuba,

em 22 de Outubro de 1962, os Estados Unidos impuseram um bloqueio naval

em redor da ilha.

Este foi um dos momentos em que as duas superpotências

chegaram à beira da guerra nuclear.

A 2 de Novembro, a inferioridade soviética ao nível de armamento nuclear

conduziu à sua humilhante capitulação às exigências de Kennedy

quando, nesse mesmo dia,

este anunciou o desmantelamento em Cuba das bases de mísseis soviéticas.

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O “tratado de proibição de testes nucleares” (1963) teve o mérito de reduzir ainda mais a tensão.

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tratado de proibição de testes nucleares

acordo assinado pelos Estados Unidos da América, URSS e Reino Unido

em 5 de Agosto de 1963,

segundo o qual estes países se comprometeram

a efectuar apenas testes subterrâneos de armas nucleares.

Nos dois anos seguintes, 90 outros países assinaram o tratado.

Os dois principais países que não o subscreveram foram a França e a China,

que continuaram a efectuar testes debaixo de água e ao nível do chão.

Em 1993, representantes de 37 estados,

incluindo o Reino Unido, a China, a França, a Rússia e os Estados Unidos da América reuniram-se em Genebra para preparar um tratado de proibição de testes mais abrangente.

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O internacionalismo de Kennedy tornou-o popular na Europa, de uma forma que nunca tinha sido possível aos seus antecessores.

O envolvimento na guerra do Vietname iniciou-se durante a sua presidência.

(Fonte predominante: Biblioteca Universal/BU, com vários excertos)

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Foi há 37 anos (1968), SX: foi editado o “Álbum Branco” (“The Beatles”) dos Beatles. Em Portugal continuava na Presidência da República o almirante Américo Tomás. Prosseguia o pontificado do papa Paulo VI.

É, afinal, não só o lançamento do primeiro LP duplo do grupo, como da história da música popular. Além de que foi o único álbum duplo da banda, que se extinguiria pouco depois..

Só nos Estados Unidos venderam-se 19 milhões de cópias do álbum.

Deste álbum, «algumas faixas, consideradas "peso morto" pelo produtor George Martin, foram pedidas para serem retiradas, mas Martin não foi ouvido. Entre elas estão "Revolution 9" (uma experimentação de John Lennon e Yoko Ono), "Wild Honey Pie" (55 segundos apenas da frase "Honey Pie"), "Why Don´t We Do It in the Road?" (parecida com "Wild Honey Pie") e "Everybody Has Got Something To Hide Except For Me and My Monkey" (só o título já diz tudo).

Também há algumas das músicas favoritas de fãs e críticos: "While My Guitar Gently Weeps", uma das obras-primas de George Harrison; "Julia", uma música escrita por Lennon em homenagem a mãe dele; "Blackbird", balada de Paul McCartney.»

(Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre)

Quando os Beatles lançaram o Álbum Branco, já estavam de “candeias às avessas”, já se previa o fim do grupo.

Os Beatles foram uma banda formada em Liverpool, Inglaterra, no final da década de 50. Na primeira metade da década posterior, obtiveram notoriedade até hoje inédita para uma banda de rock, com o lançamento de uma série de "hit-singles", tais como: "Love me do" em 1962; "She loves you" e "I want to hold your hand" em 1963; "Can't buy me love" e "A hard day's night" em 1964; "Help" e "Yesterday" em 1965. Os "garotos de Liverpool", como eram chamados John Lennon (voz e guitarra), Paul McCartney (voz e baixo), George Harrison (voz e guitarra solo) e Ringo Starr (voz e bateria), não apenas arrastaram multidões aos seus shows, mas também influenciaram pelo seu aspecto. Foi esse sucesso estrondoso que inspirou a criação do termo beatlemania.

Em Outubro de 62, lançaram o primeiro compacto com a música "Love me do".

"Please Please me" lançada em compacto em Novembro seguinte.

Em 1963 editam o seu primeiro álbum, também intitulado Please Please me. Álbum que foi gravado em três dias.

Em Novembro do mesmo ano, apresentaram-se no show Royal Variety Performance na presença da rainha da Inglaterra e gravaram seu segundo álbum With the Beatles.

Em 64 os Beatles foram a primeira vez aos Estados Unidos.

Em Agosto e Setembro desse ano realizaram uma “tournée” pelos Estados Unidos e Canadá, durante 32 dias, realizando 30 shows.

Em 1965, apresentaram-se no Shea Stadium, um estádio de basebol, em Nova York, para 55.000 pessoas – um “recorde na época”. Foi o primeiro show na história do rock a realiza-se num estádio.

Em 1967 os Beatles lançaram o compacto com as músicas "Strawberry Fields Forver" e "Penny Lane".

Sgt Pepper's Lonely Hearts club band foi lançado após o compacto e é considerado por muitos como o melhor álbum de rock de todos os tempos. O som de Sgt Pepper's era considerado inovador para a época

Em 67 John Lennon conheceu Yoko Ono (artista plástica nascida no Japão), e a partir de então os Beatles ficariam relegados para segundo plano na vida de John. Yoko (consciente ou inconscientemente) veio desencadear a dissolução do conjunto.

Reuniram novamente em 1969 para começar o projecto Get Back, que reunia um filme/documentário sobre a gravação de um álbum.

Em Março de 1970, Paul dá uma entrevista e anuncia o fim da banda.

O projecto Get Back não é concretizado, e o filme e o álbum anteriormente gravado para o projecto é lançado com o nome de Let it be.

(Fonte: basicamente Wikipédia)

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Foi há 30 anos (1975), era : Juan Carlos de Borbon foi proclamado rei de Espanha. Em Portugal, deposta a ditadura e restaurada a democracia, decorria o mandato presidencial do general Costa Gomes. Continuava o pontificado do papa Paulo VI.

O general Franco morrera dois dias antes.

O Rei Juan Carlos I (Juan Carlos Alfonso Víctor María de Borbón y Borbón) nasceu em 05JAN1938, em Roma, durante o exílio do seu avô, Afonso XIII, que foi rei de Espanha até 1931, quando foi deposto pela Segunda República Espanhola.

Á República foi posto termo com a ditadura de Francisco Franco, Caudilho da Espanha, que governou até sua morte em 20NOV1975.

Dois dias depois, Juan Carlos foi designado rei da Espanha, sob o nome de Juan Carlos I de Borbón.

Juan Carlos é casado com a rainha D. Sofia, irmã do ex-rei Constantino da Grécia.

Os actuais reis de Espanha têm três filhos. O seu sucessor é o Príncipe das Astúrias, Felipe.

Dos cerca de, pelo menos, 38 títulos do monarca espanhol, enumero apenas alguns: rei de Espanha, rei de Castela, rei de Leão e de outros primitivos reinos (geralmente, hoje províncias da actual Espanha); rei das Duas Sicílias; rei de Jerusalém; rei da Sardenha e rei da Córsega; rei de Gibraltar; rei das Índias Orientais e Ocidentais das Ilhas e Terra Firme do Mar Oceano; arquiduque de Áustria; duque de Milão; conde de Habsburgo e conde da Flandres; conde de Barcelona; Capitão General das Reais Forças Armadas e seu Comandante Supremo; Soberano Grande Mestre da Insigne Ordem do Tosão de Ouro, além de cavaleiro de várias Ordens militares.

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Foi há 28 anos (1977), foi numa TR: realizou-se o primeiro voo, Paris-Nova Iorque, do Concorde. Em Portugal era PR o general Ramalho Eanes. Prosseguia o pontificado de Paulo VI.
O Concorde deixou de operar em 24.10.2003. Foram 26 anos de uma experiência ímpar na história da aviação civil.

Foi um projecto conjunto dos governos inglês e francês desenvolvido nos anos 60. Os seus voos comerciais iniciaram-se em Janeiro de 1976. O supersónico tinha realizado seu primeiro voo experimental no dia 2 de Março de 1969, em Toulouse.

Mas o Concorde não foi, na verdade, o primeiro avião supersónico de transporte comercial a levantar voo. Esse foi, antes, o Tupolev TU-144, projecto da União Soviética que efectuou o seu primeiro voo em 31 de Dezembro de 1968. Mas um acidente em 6 de Março de 1973 com um desses aparelhos acabou por levar ao cancelamento do projecto soviético, até porque, e em simultâneo, se desenvolvia, e com sucesso, o projecto Concorde, tornando-o no único avião civil supersónico em actividade comercial regular.

«Considerado um "milagre" tecnológico e um símbolo do glamour do jet-set internacional, o Concorde voou 18 km acima da Terra a até 2.173 km/h, cruzando o Atlântico em cerca de três horas e meia. Com as cinco horas de diferença do fuso horário, passageiros chegavam em Nova York mais cedo do que haviam deixado Londres».
Contrariamente às expectativas de britânicos e franceses, só 13 unidades foram construídas.

Logo aí o primeiro desaire: os “pais” do projecto esperavam construir e vender centenas, já que, logo em 1968, 74 encomendas foram firmadas por 16 companhias aéreas interessadas neste avião.

Não obstante o seu sucesso técnico, as pressões da indústria aeroespacial concorrente, norte-americana, bem como os sucessivos aumentos no preço dos combustíveis provocados pela crise internacional do petróleo nos anos 70, levaram as transportadoras aéreas a cancelar suas encomendas do novo avião em 1977. Apenas as transportadoras da “casa”, British Airways (BA) e Air France (AF), confirmaram seus pedidos: 7 para a BA e 6 para a AF.

Em 22 de Novembro de 1977, o Concorde foi autorizado a realizar o primeiro serviço regular de passageiros sobre o Atlântico norte, nas linhas Londres-Nova Iorque e Paris-Nova Iorque.
Na sua velocidade normal de cruzeiro (mach 2.02, que corresponde a pouco mais de duas vezes a velocidade do som), o Concorde fazia o percurso Paris-Nova Iorque em 3 horas e 45 minutos, contra uma média de 7 horas e 25 minutos no Boeing 747 (Jumbo), o segundo avião comercial mais rápido, e o maior. O Concorde, nessa viagem, gastava quase a mesma quantidade de combustível que o 747, no entanto, só transportava 100 passageiros, contra os (em média) mais de 350 do Jumbo. Além de que uma viagem no Concorde (classe única) custava bem mais que a mesma viagem em primeira classe no 747.
Para agravar o insucesso do projecto Concorde, surge, em 25 de Julho de 2000, a tragédia que vitimaria mortalmente 113 pessoas: um desses aviões, da AF, despenhou-se momentos depois de descolar de Paris, a uns 15 Km desta cidade.

No dia 10 de Abril de 2003, as duas companhias anunciaram o fim da exploração comercial do Concorde em razão do aumento dos custos de manutenção e do insuficiente número de passageiros em seus voos. A Air France realizou seu último voo com um Concorde no dia 31 de Maio.
O supersónico Concorde aterrou em 24.10.2003 no aeroporto Heathrow, em Londres, no seu último voo comercial, fechando um dos capítulos mais fascinantes da história da aviação.
O avião da British Airways vinha do aeroporto JFK, em Nova York, com cem convidados a bordo.
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Foi há 25 anos (1980), num SB: morreu a actriz norte-americana Mae West, aos 87 anos. Em Portugal era PR o general Ramalho Eanes. Pontificava João Paulo II (264º).

Mae West, o mito e "símbolo sexual" dos americanos, nos anos 30, e a nata provocadora da América bem pensante, conservadora e moralista do seu tempo, nasceu em Brooklin, Nova Iorque, aos 17 de Agosto de 1893.

Mary Jane West era o seu nome. Mae West, o pseudónimo.

Em 1978 ainda mantinha a sua actividade cinematográfica, com participação em “Sexteto”, e nos princípios de 1980 entrou em vários filmes publicitários para a televisão.

Mae West foi “a actriz cuja voz áspera e andar excitante” seduziu toda uma geração de norte-americanos.

“Linda, bela e desbocada”, e pouco convencional, confessou um dia: "O casamento é uma grande instituição, mas eu não estou preparada para as instituições".

«Sua consagração teatral veio em 1926, com a peça "Sex", de sua autoria. A peça narra a história de uma prostituta do porto de Nova York. Tanto o texto quanto a forma de actuar de Mae West eram de tal forma insólitos para a época, que os jornais se negaram a dar publicidade à obra.
Apesar disso, o espectáculo resistiu a 375 apresentações com a casa lotada, até que a Sociedade para a Supressão do Vício conseguiu retirar a peça de cartaz. A autora foi condenada a 8 dias de prisão, por "corromper a juventude"».

Mas a sua experiência fê-la encontrar a receita: "Convenci-me de que se pode dizer tudo em cena, sob a condição de utilizar um tom irónico."

Porém, nem com a máxima ironia os seus ousados diálogos foram tolerados nos anos 20 e 30 da centúria passada.

Como é que a sociedade do seu tempo podia não reagir a declarações suas, como: "claro que meu amante pode confiar em mim. Eu mesma lhe disse que centenas já confiaram." Ou à sua confissão: "Todo mundo sabe que onde melhor trabalho é na cama."

“No ano de 1932 chegou a Hollywood com um contrato da Paramount de 5.000 dólares por semana. Trabalhou sucessivamente em "Night After Night", "She Done Him Wrong" (que bateu todos os recordes de bilheteira) e em "I'm no Angel", todos eles filmes sem mensagens substanciais e de cujos roteiros participou, que destacavam seu "toque" sexy.”
”Durante todo esse período, o mito de Mae West, languidamente estendida em um sofá, ou envolvida por uma pele branca de raposa com um pródigo decote e uma das mãos apoiada na cadeira, invade a América”.

Fotografias suas fervilham, então, expostas nos quartéis, nas cabines dos camiões, nas paredes das oficinas e das fábricas (e em mais recatados e inconfessáveis lugares. Mas escondidas, claro).

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Foi há 15 anos (1990), QI: Margaret Thatcher, primeira-ministra da Grã-Bretanha desde 1979, anuncia a sua demissão dos seus cargos políticos. Em Portugal era Presidente da República o Dr Mário Soares. Prosseguia o longo pontificado de João Paulo II.

A conservadora Margaret Hilda Roberts Thatcher liderou o governo britânico durante onze anos e meio, de 04MAI1979 até esta data, promovendo a “revolução conservadora” ou “neoliberal” que caracterizou o seu consulado.

Nasceu a 13OUT1925, em Grantham, Lincolnshire, Inglaterra.

Margaret Hilda Roberts estudou ciências químicas na Universidade de Oxford e trabalhou quatro anos como investigadora nessa área. Em 1951 casou com Denis Thatcher, um alto executivo da indústria petrolífera, que a introduziu na política. Em 1953 começou a estudar direito tributário. Ingressou no Partido Conservador, do qual o seu marido já era membro, e em 1959 conquistou um lugar na Câmara dos Comuns. Dois anos mais tarde foi nomeada secretária de Estado para Assuntos Sociais, e posteriormente ministra da Educação e Ciência, durante o mandato do conservador Edward Heath. Aboliu a norma que ordenava a distribuição gratuita de leite nas escolas, o que provocou uma onda de protestos. Considerada a líder mais enérgica da ala direita do Partido Conservador, substituiu Heath na direcção do partido em 1975. Elaborou um programa rigoroso para inverter a crise da economia britânica mediante a redução da intervenção estatal. O seus postulados principais foram o liberalismo (geralmente considerado na vertente neoliberal) e o monetarismo estritos. Também reduziu os serviços sociais. Estudou a renegociação para a participação do Reino Unido na, então, CEE e para a abolição do poder sindical.

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Neoliberalismo

Foi a perversão da semântica política que tem tentado transfigurar o significado original da palavra liberalismo (que defende a liberdade e que luta contra a opressão) dando-lhe o sentido oposto – conservador e reaccionário. Já alguns, que defendem ou defenderam, consciente ou inconscientemente, doutrinas que floresceram à sombra dos Gulags, profetizam mesmo futuros Gulags neoliberais!! Os que o atacam têm em comum o estarem todos, de crentes a ateus, de comunistas a conservadores, de acordo com a definição da ortodoxia católica: “Sistema que, apoiado numa concepção economicista do homem, considera o lucro e as leis de mercado como parâmetros absolutos em prejuízo da dignidade e do respeito da pessoa e do povo”. Igualmente, muitos dos que o diabolizam têm em comum o facto de, quando estão no poder, serem constrangidos a adoptarem receitas de índole neoliberal para aliviarem a sociedade do peso insustentável do Moloch estatal.

[Moloch é o nome dado a uma divindade malévola adorada por diversas culturas antigas - gregos, cartagineses e judeus idólatras. Este ídolo pagão sempre foi associado a sacrifícios humanos]

(excerto transcrito do weblog Semiramis. VER)

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Monetarismo

corrente de pensamento económico que coloca o dinheiro no centro da política macroeconómica. Baseada na teoria quantitativa da moeda e divulgada pelo filósofo escocês David Hume (1711-1776), esta corrente interliga o nível de preços com a quantidade de moeda em circulação na economia. Posteriormente, o monetarismo foi bastante criticado pela economia keynesiana, com o argumento que os factores monetários têm uma influência maioritária na economia e que o aumento governamental da moeda em circulação tem mais tendência a gerar inflação do que emprego.

As políticas monetaristas foram largamente adoptadas durante os anos 80, como resposta aos problemas de inflação causados pela espiral dos preços do petróleo, em 1979.

(fonte: BU)

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No poder sucedeu a James Callaghan. E sucedeu-lhe John Major.

Para além de ser o primeiro chefe de governo britânico do século XX que conseguiu vencer em três eleições consecutivas, foi a primeira mulher europeia que desempenhou o cargo de primeiro-ministro. A sua firmeza para dirigir os assuntos de Estado, o seu estrito domínio sobre os ministros do seu gabinete e a sua forte política monetarista valeram-lhe o epíteto de Dama de Ferro.

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Foi há 10 anos (1995), QA: Shimon Peres torna-se chefe do governo de Israel. Em Portugal tínhamos na PR o Dr Mário Soares, prestes a terminar o seu 2º mandato. Continuava o pontificado de João Paulo II.

Shimon Peres nasceu em Visznia, então na Polónia, hoje fazendo parte da Bielo-rússia, aos 15AGO1923.

Peres foi até muito recentemente (10NOV2005) líder do Partido Trabalhista de Israel, e é actualmente, vice-primeiro-ministro daquele país.

O Prémio Nobel da Paz em 1994 foi partilhado pelo líder da OLP, Yasser Arafat (Palestina), Ministro dos Negócios Estrangeiros Shimon Peres (Israel) e o Primeiro Ministro Yitzhak Rabin (Israel), por concluírem os Acordos de Paz de Oslo.

Recordo que Rabin, que assinou o acordo de paz de Oslo com os palestinos, foi morto a tiro por um extremista israelita no dia 04NOV1995.

Shimon Peres encontrou-se, de novo, com o presidente palestino Yasser Arafat na faixa de Gaza em finais de 2000, num esforço para pôr fim à violência na região.

Evento contrastante com este é a notícia seguinte: em 6 de Setembro de 2002, o primeiro-ministro de Israel, Ariel Sharon, declarou enfaticamente que não reconhece mais os acordos de paz de Oslo e, portanto, em negociações futuras com a Autoridade Palestina, "não haverá retorno" aos compromissos firmados anteriormente. "Oslo não existe mais. Camp David não existe mais. Nem Taba. Não voltaremos a esses lugares", disse ao diário israelita Maariv.

Nas eleições recentes, de 10NOV2005, o líder sindical Amir Peretz venceu o vice-primeiro-ministro Shimon Peres e conquistou a liderança do Partido Trabalhista de Israel, tendo, assim, o direito de disputar o cargo de primeiro-ministro nas próximas eleições gerais israelitas. Porém, Amir Peretz apelou, logo nessa altura, a Shimon Peres a favor da unidade do Partido Trabalhista.

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SERÁ QUE TEREMOS, MESMO, DE ENGOLIR UM SAPO?


Para muitos é altura de ir começando a treinar a respiração para, no momento oportuno, tentar engolir o sapo.

Mário Soares, em Maio de 2004, confirmava à SIC que seria um erro político candidatar-se de novo à PR

E em Dezembro do mesmo ano, na festa dos seus 80 anos, esclarecia que acabara a política e o exercício de cargos políticos. “Basta”, disse.

A expectativa era a de que, finalmente, chegara a hora do repouso do guerreiro. A de que o senador, finalmente, se afastava, se aposentava.

Eis senão quando, após insinuações, depois de afirmações, perante certas insistências anuncia, na Quarta 31.08.05, a sua 3ª candidatura…

Segundo o omnisciente Nuno Rogeiro, comentador assíduo sobre qualquer matéria (todas) na RTP, Soares não é fixe… Soares é fixo! (Até teve graça, desta vez, o "enciclopédico" comentador).

Seria interessante que Soares nos desvendasse e enumerasse os "amplos sectores da sociedade" que o “empurraram” para esta aventura… Mas é claro que o sentido do ridículo o não deixa fazer essa revelação.

O “Presidente-Sol” (como se lhe referia, recentemente, o Inimigo Público) submete-se a todos os sacrifícios e incómodos SÓ “por amor a Portugal”, como ele próprio afirmou aquando do seu morno e acidentado discurso de anúncio de candidatura. É contrariado e muito a contra-gosto que avança… Mas avança!

E Cavaco?

Dele escreveu Vasco Pulido Valente, na sua habitual coluna do Público de SX 16SET05:

“Resta evidentemente o espectro de um Cavaco autoritário e "gaullista", pronto a subverter a República e a varrer a politicagem. Há, no entanto, um perigo nisso: e se o país gosta da ideia?”

Qual Messias redentor dum Portugal indolente, incapaz, abúlico, atrasado, sem ânimo nem vontade, sem fé e sem confiança, um Portugal à deriva, por ele (ou também, e especialmente, por ele) moldado… Quem acreditará nele?

A direita, sobretudo a apartidária, a anti-democrática, aposta nele como um mal menor.

Afinal também ele não aprecia partidos, como sobejamente tem demonstrado. Nem sequer aquele de que foi presidente (como o seu desprezo tem evidenciado).

O que o distingue de um Salazar (já que tanto têm de comum) é o pudor que (ainda) tem de recusar a democracia. Nasceu noutro tempo: tem outros temperos!

Mas para além da direita revanchista, também a outra direita, mais civilizada, e o centro, que é o habitat dos camaleões, atento o momento que se vive (e esquecendo a responsabilidade do próprio Cavaco nesta situação), vão seguramente apostar nele.

Não deixando de ter presente que o centro abrange o centro, propriamente dito, mas também, ainda, os chamados centro-direita e centro-esquerda, Cavaco é capaz de provocar o maior desgosto que Soares alguma vez teve: o de não ter tido o senso de sair na hora certa!

Soares sempre foi um pimpão, e nunca se vai curar disso.

Além de que, segundo a generalidade das opiniões, também teve grandes culpas neste cartório. Também teve graves responsabilidades na situação que ora vivemos.

Acerca desta matéria – presidenciais - escrevia João Marques dos Santos, no dia 02.09, no Correio da Manhã:

«No funeral das suas ilusões, Alegre foi eloquente. Cavaco é o projecto contabilístico. Manga de alpaca. Cinzentão. O tesoureiro unhas de fome que boicotará todas as iniciativas que se não encaixem nos seus rígidos esquemas académicos.
Soares é “o mero deleite do jogo político”. De economia e finanças só sabe de ouvir dizer. Para isso tem, no sítio certo, todos os economistas que quiser. Que é para o que eles servem.
No dia em que a contabilidade eliminar a acção e o pensamento políticos, teremos encontrado o sucessor do sistema democrático. A contabilidade faz-se com números. Os maiores dos tiranos. A política faz-se com ideias, criatividade, imaginação e esperança. Política, ou se faz com gozo, ou não se faz.
É esta a nossa realidade. É aí que encaixa Soares. Com todos os seus defeitos e qualidades.»

E mais abaixo continuava o mesmo articulista:

«Soares está em casa! A sua majestade pode ser decrépita, mas é a única que nos resta.
É um soberano polémico. Acusado de não ter pensamento político nem ser capaz de mostrar um mínimo de coerência nas suas intervenções públicas. Puro engano. Historicamente, o seu pensamento político é um enfeite de que muda com o mesmo à vontade com que as madames mudam de fatiota. Sempre teve um para cada ocasião. Coerência também nunca lhe faltou. Negá-lo é equívoco de analistas menos atentos.
Mário é, talvez, a mais coerente das personagens da nossa história contemporânea.
Pauta sempre os seus comportamentos pelo seu interesse pessoal. Que por vezes coincide com o interesse comum.»


E é isto. Não é caricatura, é retrato.

E Alegre?

Era difícil, mas seria melhor.

E sobre Manuel Alegre escreveu Miguel Carvalho, na Visão de 01 de Setembro.

O título: “Alegre se fez triste”.

O destaque:

«Perder ou ganhar, pouco interessava, se acima disso estava, como ele disse, a vontade de ser livre. Alegre quis o verso, esboçou o poema. Saiu-lhe um epitáfio. O seu.»

Recentemente o deputado-poeta reafirmou a sua intenção de se candidatar.

Talvez na esperança de um maior apoio, antes anunciado, de “dentro” do partido… Que, afinal, lhe escapou.

Mas não está só. Nem pensar…

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Mas o drama maior – a somar ao da grave situação em que nos encontramos – é o de hoje termos de optar entre uma ala “jurássica” (coloco comas por tão repetida ser neste momento a expressão, no âmbito deste assunto) e uma ala de imaturos. Na verdade são muito raros os políticos credíveis com idades situadas entre os 30 e os 50 anos. (Mas é claro – a propósito de credibilidade – que entre os “jurássicos” também temos os Jardins, os Loureiros, os Isaltinos, os Ferreira Torres e quejandos…).

Eu, por mim, que ainda tenho uma réstia de esperança, estou numa terrível encruzilhada: que caminho seguir?

Não, não estarei disposto a engolir o sapo. Mesmo com bochechas!...

Muito menos, ainda, a apoiar o “providencial” professor.

“Que fazer”?

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(Reflexão de 20SET05)

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