Fiz uma pausa (quase) forçada e regresso ao agradável “convívio”
dos que têm paciência para ler esta notas.
Sei que a extensão dos postes
desanima grande parte dos potenciais apreciadores destes nacos de história
transversal ou comparada.
Esta postagem já é
ligeiramente mais curta que a generalidade das que a precedem. Mesmo assim
estou a ponderar forma de contornar o problema sem quebra, quanto possível,
da sua abrangência.
Muito obrigado pela visita.
|
Como
sempre, recordo:
Este é o espaço em que,
habitualmente,
faço algumas incursões
pelo mundo da História.
Recordo factos, revejo
acontecimentos,
visito ou revisito
lugares,
encontro ou reencontro
personalidades e lembro datas.
Datas que são de boa
recordação, umas;
outras, de má memória.
Mas é de todos estes
eventos e personagens que a História é feita.
Aqui,
as datas são o pretexto
para este mergulho no passado.
Que, por vezes,
ajudam a melhor entender
o presente
e a prevenir o futuro.
ESTAMOS NA SEGUNDA-FEIRA
DIA 30 DE ABRIL DE 2012 (MMXII) DO CALENDÁRIO GREGORIANO
Que corresponde ao
Ano de 2765 Ab Urbe Condita (da fundação de Roma)
Ano 4709 do calendário
chinês
Ano 5772 do calendário
hebraico
Ano 1434 da Hégira
(calendário islâmico)
Mais:
DE ACORDO COM A
TRADIÇÃO, COM O CALENDÁRIO DA ONU OU COM A AGENDA DA UNESCO:
De 2003 a
2012 - Década da
Alfabetização: Educação para Todos.
de 2005 a
2014 - Década das Nações
Unidas para a Educação do Desenvolvimento Sustentável.
de 2005 a
2015 - Década Internacional
"Água para a Vida".
Por outro lado, 2012 é
o
ANO EUROPEU DO
ENVELHECIMENTO ACTIVO E DA SOLIDARIEDADE ENTRE GERAÇÕES
ANO INTERNACIONAL DA ENERGIA
SUSTENTÁVEL PARA TODOS
ANO INTERNACIONAL DA
AGRICULTURA FAMILIAR
ANO INTERNACIONAL DAS
COOPERATIVAS
HOJE É FERIADO
NOS PAÍSES BAIXOS
(ANIVERSÁRIO DA RAINHA)
E NO VIETNAME (DIA DA
LIBERTAÇÃO)
“O meu maior desejo é ver essa praga da
humanidade,
a guerra,
extinta da face da Terra.”
George Washington
Retrato Oficial do Presidente George Washington
Galeria dos Presidentes na Casa Branca
Foi na QI
30.04.1789, há 223 anos: o 1º presidente dos EU, George Washington, toma posse.
O
mapa político da Europa apresentava-se, então, assim:
Rei
da Grã-Bretanha e da, até há pouco, potência colonizadora das treze colónias
que foram a génese dos Estados Unidos, era Jorge III (58), da Casa de Hanôver,
que foi também rei de Hanôver e a partir de 1800 (Acto da União) era também rei
da Irlanda. Jorge III foi pentavô da actual monarca britânica, Isabel II (66).
Rei
de França era Luís XVI (48) de Bourbon, que foi guilhotinado pela Revolução
Francesa, em Janeiro de 1793, tendo sua mulher, Maria Antonieta, sido também
executada seis meses depois.
Era
rei de Espanha (unificada) Carlos IV de Bourbon que abdicou a favor do seu
sucessor, Fernando VII, por sua vez deposto por Napoleão que no seu lugar
deixou seu irmão José, o qual viria igualmente a ser deposto, pouco mais de
cinco anos depois, pela Guerra da Independência Espanhola.
José
II (43) era o Sacro Imperador Romano-Germânico, da Casa de Habsburgo-Lorena.
O Sacro Império
Romano-Germânico foi uma união de nações e territórios da Europa Central
durante a Idade Média, toda a Idade Moderna e começos da Idade contemporânea. A
extensão territorial do império variou durante a sua história, mas no seu apogeu
englobou os territórios da Alemanha, Áustria, Suíça, Liechtenstein, Luxemburgo,
República Checa, Eslovénia, Bélgica, Países Baixos e grande parte da Polónia,
França e Itália. Iniciado no ano de 800, com Carlos Magno como primeiro Sacro
Imperador, foi dissolvido em 1806 com as Guerras Napoleónicas, quando reinava
Francisco II.
As fronteiras do Sacro
Império
Romano-Germânico
entre os anos de 962 a
1806,
sobre as fronteiras da
Europa moderna
Na
Prússia reinava Frederico Guilherme II, da Casa de Hohenzollern, que aumentou o
território da Prússia à custa da Polónia.
Num contexto mais recente
a Prússia foi um Estado que se formou a partir da Prússia Oriental, hoje
dividida entre a Polónia, a Lituânia e Rússia e parte do Leste da Alemanha.
Aliás, a última capital da Prússia foi Berlim.
A Prússia, como Estado,
foi abolida de facto pelos nazis em 1934
e de jure pelos Aliados em
1947.
Prússia (em azul) no seu
auge, como líder do
estado do Império alemão
Em
Portugal reinava D. Maria I (26) e o Secretário de Estado (cargo equivalente ao
de primeiro-ministro antes da Monarquia Constitucional) era o Visconde de
Balsemão, Luís Pinto de Sousa Coutinho.
O
papa reinante era Pio VI (250º)
George
Washington tomava posse do primeiro dos seus dois mandatos (de 1789 a 1797)
nessa QI 30 de Abril, e teve como Vice-presidente, nos dois mandatos, John
Adams. Na TR seguinte, 05.05.1789, começava a Revolução Francesa.
Revolução Francesa: conjunto de acontecimentos
que durante 10 anos e meio, entre TR 5 de Maio de 1789 e 9 de Novembro de 1799,
agitaram e transformaram o quadro político e social da França. Começou com a
convocação dos Estados Gerais e a Tomada da Bastilha e terminou com o golpe de
estado do 18 de Brumário (18 de Brumário, do calendário revolucionário francês,
equivale ao dia 9 de Novembro de 1799) de Napoleão Bonaparte. Em causa estavam
o Antigo Regime (Ancien Régime) e os privilégios do clero e da nobreza. Ainda
hoje considerada uma das maiores revoluções da história da humanidade, nela
foram decisivos os ideais do Iluminismo e da Independência Americana (1776).
George
Washington nasceu em 1732 e morreu, aos 67 anos, em 1799. Foi comandante do
exército americano durante a revolução americana e primeiro presidente dos
Estados Unidos, aos 57 anos (de 1789 a 1797). Foi um dos “Founding Fathers”
(veremos mais além quem foram), mas, por antonomásia, ficou conhecido como “O
Pai da Pátria”.
Como
soldado experiente (aos 21 anos era tenente-coronel), lutou nas campanhas
contra os franceses (à frente de 150 anos) durante a guerra franco-indígena
(1754-1763), em consequência da pretensão deles ao domínio
do vale do Ohio.
A Guerra
da Independência dos Estados Unidos da América ou Revolução Americana
(1775–1783), começou após a assinatura do Tratado de Paris que, em 1763, pôs
fim à Guerra dos Sete Anos. Na sequência do conflito, o território do Canadá
foi incorporado pela Inglaterra, além de ter proporcionado
um clima favorável ao sucesso da Revolução Americana: as treze colónias
britânicas da costa Oriental americana (Massachusetts, Rhode Island,
Connecticut, Nova Hampshire, Nova Jérsei, Nova Iorque, Pensilvânia, Delaware,
Virgínia, Maryland, Carolina do Norte, Carolina do Sul e Geórgia) começaram a
ter frequentes e cada vez mais duros conflitos com a Coroa britânica: em
consequência dos enormes gastos com a guerra, a Coroa inicia uma maior
exploração sobre essas áreas, traduzida, inclusive, num agravamento
“intolerável” da política fiscal.
Persistente
oposicionista às políticas do governo britânico, George Washington foi membro do
Congresso Continental em 1774 e, novamente, em 1775. Com o eclodir da Guerra da
Independência (ou Revolução Americana), e aliado aos espanhóis e aos franceses,
foi nomeado comandante-chefe do exército americano. Após prolongada luta e
vários desaires e na sequência da batalha de Yorktown, na Virgínia (de 28 de
Setembro a 19 de Outubro de 1781) aceitou a rendição do comandante das forças
britânicas, Major General Lord Cornwallis Cornwallis, em Yorktown (1781). Termina,
assim, a Guerra da Independência dos EUA, independência que foi declarada em
04.07.1776, e seria reconhecida pela Inglaterra dois anos depois do fim da
Revolução, pelo Tratado de Paris (também referido como Tratado de Versalhes) de
03.09.1783.
Era a
primeira vez na história da expansão europeia que uma colónia se declarava independente
da potência colonizadora por meio de um acto revolucionário e declaração
unilateral.
O
fermento da independência dos EUA levedou e no primeiro quartel do séc. XIX a
totalidade (ou quase) das colónias dos países ibéricos na América Latina
declararam a independência, começando com a declaração do México de 16.09.1810
e acabando na do Brasil de 07.09.1822
Na expressão, exactamente,
de George Washington,
«a liberdade quando começa
a criar raízes é uma planta de crescimento rápido.»
Quando
finalmente os britânicos se retiraram de Nova Iorque e regressaram ao seu país,
o exército americano (11 000 homens) comandado por Washington entrou na cidade.
Alguns dias depois, a 4 de Dezembro de 1783, Washington foi até Annapolis, no
estado de Maryland, onde o Congresso se encontrava reunido e aí chegado, a 23
de Dezembro, demitiu-se do seu cargo de comandante dos exércitos e retirou-se
para Mount Vernon, a sua propriedade na Virgínia. Mas em 1787 não resistiu ao
apelo e regressou à política como um dos 40 delegados à Convenção
Constitucional de Filadélfia.
Essa
segunda convenção teve início a 13 de Maio de 1787, em Filadélfia, e Washington
foi escolhido por unanimidade para presidir à mesma. Sendo, sem dúvida, a
Constituição um trabalho colectivo, a verdade é que Washington foi quem mais
fez para remover as dificuldades que foram surgindo.
Foi,
igualmente, por unanimidade que foi eleito, em 4 de Fevereiro de 1789, para
primeiro presidente da república, aclamado no dia 30 de Abril de 1789.
Após a
sua eleição, formou um gabinete governamental com representantes de todas as
facções políticas. Mas, a equidistância que procurou manter, a sua “postura
aristocrática” e a sua aceitação do programa de política fiscal proposto por
Alexander Hamilton afastaram dele Thomas Jefferson (segundo Vice-presidente e
3º presidente), o seu secretário de estado, que se demitiu em 1793. Nasceu,
assim, o sistema bipartidário norte-americano que de início opunha o Partido
Democrata-Republicano, de T. Jefferson (que depois daria origem ao Partido
Democrata), ao Partido Federalista (dos quais se falará mais abaixo).
Era
intenção de Washington pôr termo à sua actividade política ao terminar o seu
primeiro mandato presidencial, mas instado por vários líderes foi de novo
eleito por unanimidade para o segundo mandato.
Foi,
pois, reeleito presidente em 1793, mas recusou candidatar-se a um terceiro
mandato, criando um precedente que se manteve até 1940 e retomado depois de Franklin
Roosevelt, então, também, por força da 22ª emenda constitucional.
De facto,
e a propósito, o único presidente dos Estados Unidos que, até hoje, deteve o
poder por mais que dois mandatos, foi Franklin D. Roosevelt (32º), do Partido
Democrata, que foi eleito para quatro mandatos (de 04.03.33 a 12.4.45),
morrendo durante o último. Foi já da sua cadeira de rodas (consequência da
poliomielite contraída em 1921 aos 39 anos) que ele teve de enfrentar a Grande
Depressão e a II Grande Guerra.
Voltando ao nosso biografado: bisneto de um emigrado do Reino
Unido por meados do séc. XVII, George Washington nasceu no estado da Virgínia na TR 22 de Fevereiro de 1732, de uma família tradicional e abastada, o
que lhe proporcionou uma educação bastante completa e morreu, aos 67
anos, no SB 14 de Dezembro de 1799, na sua
propriedade de Mount Vernon, onde ficou sepultado.
Juntando
à sua fortuna pessoal a fortuna de sua mulher, uma viúva rica com quem casara,
foi através das suas faustosas recepções que contactou com os notáveis de todas
as colónias britânicas da América.
Cedo
começou a participar nas disputas que opunham as colónias e a coroa britânica,
o que facilitou a sua eleição, aos 42 anos, como um dos delegados da Virgínia
no primeiro Congresso Continental (1774).
Aquando
do segundo Congresso Continental (1775), e já a Guerra da Independência
(1775-1783) tinha começado, John Adams (outro dos Founding Fathers, que foi o
1º vice-presidente e o 2º presidente da novel república) propôs Washington para
comandante-chefe dos exércitos coloniais, função que assumiu a 15.06.1775.
No
exercício da sua suprema magistratura, e em matéria de política externa,
realce-se a sua neutralidade face à revolução francesa (o que não era do agrado
dos eu rival, Jefferson, do partido pró-francês). E ainda a assinatura do tratado
de Jay (1794), que punha um ponto final nos problemas pendentes com o Reino
Unido, dando lugar ao restabelecimento das relações comerciais – que também lhe
acarretou violentas críticas.
Já na área de política interna “praticou uma política de desenvolvimento
económico com base capitalista e de colonização de zonas até então de exclusivo
povoamento índio (como o Tenessee e o Kentucky).” (INFO)
Recusado
o terceiro mandato, ficou célebre o seu discurso de despedida, em 19.09.1796,
em que “alertava o país para o perigo de alianças comprometedoras e aconselhava
os Estados Unidos a manterem-se afastados das questões europeias” (BU)
Despedira-se
da actividade política aos 65 anos, mas os apelos patrióticos eram mais fortes do
que a sua necessidade de isolamento: em 1798, perante a ameaça de guerra com a
França levou-o a aceitar, em 3 de Julho, a nomeação de tenente-general e a
chefia do comando do Exército, postos que conservou até morrer, no ano
imediato, aos 67 anos.
Para
deixar uma súmula com o que de mais importante há a dizer acerca de George
Washington, pouco mais seria preciso alongar esta memória, a partir deste ponto.
Considero,
porém, ser esta uma boa oportunidade para deixar algumas notas sobre as
principais instituições políticas americanas e respectivos meandros.
A
Constituição dos Estados Unidos foi discutida e aprovada pela Convenção
Constitucional de Filadélfia - na Pensilvânia, entre 25 de Maio e 17 de Setembro
de 1787, sendo aprovada por todos os estados em 1789. Representa um compromisso
entre a tendência estadista defendida por Thomas Jefferson, que queria grande
autonomia política para os Estados membros da federação, e a tendência
federalista que lutava por um poder central forte.
O
Presidente dos Estados Unidos é eleito pelo período de quatro anos pelos
cidadãos eleitores num sistema em que os candidatos não ganham directamente
pelo número absoluto de votos no país, mas pela maioria resultante de uma
segunda eleição em cada Estado federado.
Duas câmaras
compõem o Congresso: "House of Representatives" (ou, "Lower
House") a Câmara (Baixa) dos Representantes (deputados, na nossa
terminologia), eleita de 2 em 2 anos, com delegados de cada Estado na proporção
de suas populações, num total de 435 membros; e o Senado - "Senate"
(ou, "Upper House") -, Câmara (Alta) dos Senadores, com dois
representantes por Estado, independentemente do respectivo número de habitantes.
Os 100 senadores são eleitos por seis anos, procedendo-se à eleição de um terço
deles a cada dois anos.
Em regra,
tanto os membros deputados quanto os senadores são eleitos directamente pela
população.
O
Congresso reúne no Capitólio - Edifício neoclássico erguido há mais de 200
anos, entre 18.09.1793 e 01.11.1800, em Washington, sob risco do
norte-americano William Thornton (médico, inventor, pintor e arquitecto).
O
Congresso vota leis e orçamentos.
O Senado está
particularmente vocacionado para a política externa. Um Supremo Tribunal
composto por juízes indicados pelo Presidente e aprovados pelo Senado dirime os
conflitos entre Estados e entre estes e a União, garantindo a supremacia da
Constituição Federal em relação às Constituições estaduais e às leis do país.
O
Congresso Continental constituiu o primeiro governo nacional dos Estados Unidos
da América, compreendendo duas câmaras de representantes das treze colónias
britânicas na costa Leste da América no século XVIII:
O
Primeiro Congresso Continental reuniu-se de 5 de Setembro de 1774 a 26 de
Outubro de 1774, na cidade e condado de Filadélfia, no Estado da Pensilvânia.
O Segundo
reuniu-se, também em Filadélfia, de 10 de Maio de 1775, até a ratificação dos
Artigos da Confederação, em 1 de Março de 1781. Com a ratificação dos Artigos,
o Congresso Continental foi sucedido pelo primeiro governo legislativo dos
Estados Unidos.
«Os
Artigos da Confederação e a União Perpétua, conhecidos como os Artigos da
Confederação, constituíram o primeiro documento de governo dos Estados Unidos
da América. Foram aprovadas pelo segundo Congresso Continental em 15 de
Novembro de 1777, depois de vários meses de debate. Foi uma directriz não
obrigatória até à sua ratificação quatro anos depois, em 1 de Março de 1781. Os
Artigos da Confederação são considerados um dos quatro documentos fundadores da
nação norte-americana. Este documento, contudo, não seria efectivo sem a
ratificação dos treze estados. O primeiro estado a ratificá-lo foi a Carolina
do Sul, em 5 de Fevereiro de 1778. O processo demorou três anos mais que o
previsto pois alguns estados se recusaram a renunciar às suas reclamações
territoriais para o oeste. Maryland foi o último estado a fazê-lo, já que
recusava unir-se com a Virgínia e com Nova Iorque que não renunciavam às suas
reclamações territoriais do vale do rio Ohio. Finalmente, Maryland ratificou o
documento em 1 de Março de 1781. Este documento foi substituído pela
Constituição dos Estados Unidos da América depois da sua ratificação em 21 de
Junho de 1788» (cfr Wikipédia: Constituição…). Nos termos da Constituição esta
considerar-se-ia ratificada quando nove dos treze Estados a tivessem
ratificado. Foi o que aconteceu quando, em 21.06.1788, o Estado de Nova
Hampshire a ratificou.
O
Congresso da Confederação ou o Congresso Conjunto dos Estados Unidos durou de 1
de Março de 1781, até que o primeiro governo constitucional fosse empossado na
data que hoje comemoramos, em 30 de Abril de 1789. Os membros do Segundo
Congresso Continental foram transferidos automaticamente para o Congresso da
Confederação.
Tendo
como génese uma assembleia que coordenasse uma resposta comum “norte-americana”
(das colónias, portanto) às “Leis Intoleráveis” da potência colonizadora, o
Congresso Continental tornou-se rapidamente no corpo governante de uma nova
nação, à medida em que a disputa com o Reino Unido se transformava na Guerra
Revolucionária. Uma vez terminada a guerra, os membros do Congresso Continental
reorganizaram-se de acordo com o novo Congresso dos Estados Unidos.
Entretanto,
os 14 presidentes que foram eleitos pelo Congresso Continental, nesta fase pré-constitucional,
ficaram conhecidos como "Os Presidentes Esquecidos", talvez por se
tratar de uma fase menos documentada.
A
Constituição dos Estados Unidos, que mantém sempre o mesmo texto fundamental
desde a sua aprovação, prevê um sistema de alterações, por intermédio de
Emendas, tendo ao longo dos anos sido aprovadas um total de 27.
Sublinhe-se
que não tendo sido consensual a inserção dos direitos fundamentais do cidadão
face ao poder do Estado no texto original da Constituição, aqueles (Bill of Rights) foram apresentados
depois da entrada em vigor da Constituição, constituindo as 10 primeiras Emendas.
A
história do sistema partidário norte-americano que assenta essencialmente em
dois partidos, pode resumir-se assim:
O Partido
Federalista foi um partido político dos primeiros decénios dos Estados Unidos
da América, activo de 1792 a 1816. Foi criado durante o primeiro governo
Washington (1789-1793) para apoiar a política fiscal do secretário do Tesouro
Alexander Hamilton, sendo o partido favorável a um Estado federal forte, a uma
constituição leve, e a uma economia mais mercantil, ou seja, menos agrícola.
Os seus
primeiros dirigentes foram John Adams e Alexander Hamilton, mas a sua grande
referência é George Washington. Entre todos os seus membros quem exerceu a
maior influência a longo prazo foi o presidente do Supremo Tribunal dos Estados
Unidos da América, John Marshall.
O Partido
Federalista opunha-se ao Partido Democrata-Republicano de Thomas Jefferson e
James Madison (3º e 4º presidentes).
O Partido
Democrata-Republicano foi fundado em 1792 por Thomas Jefferson e James Madison,
dois dos Pais Fundadores (Founding Fathers) da nação.
Partido
Democrata é um dos dois principais partidos políticos dos Estados Unidos da
América.
Existe, com
um carácter conservador, desde a fundação do Partido Democrata-Republicano,
fundado em 1792, na vigência do 1º mandato do 1º presidente, G. Washington, na
sequência da cisão do qual nasceria, fundado por Andrew Jackson em 1836. Só no
séc. XX
O Partido
Democrata foi fundado em 1828 por Andrew Jackson (sétimo presidente, e 1º,
exactamente, pelo Partido Democrata) na sequência de uma cisão do Partido
Democrata-Republicano (que fora fundado, entre outros, por Thomas Jefferson em
1792). Durante o século XIX foi um partido de ideologia conservadora, mas, no
século XX adquiriria a matriz ideológica tendente para a esquerda liberal que
hoje o caracteriza.
Adquiriu
sua forma moderna sob a presidência de Franklin D. Roosevelt, o 32º presidente.
O Partido
Republicano dos Estados Unidos da América, coloquialmente conhecido no seu país
como GOP (Grand Old Party), é considerado o mais conservador dos dois maiores
partidos, embora nos Estados Unidos não se aplique na totalidade a terminologia
e a destrinça esquerda-direita tradicional. A primeira convenção do Partido
Republicano dos EUA foi em 6 de Julho de 1854.
É da fase
essencialmente bipartidária, que se iniciou com a cisão do Partido
Democrata-Republicano, que deixo uma lista dos presidentes de cada um desses
dois partidos que congregam o maior número de eleitores nos EUA.
Os, até
esta data, 15 Presidentes Democratas:
7. Andrew
Jackson (1829-1837)
8. Martin Van
Buren (1837-1841)
11. James Knox Polk (1845-1849)
14. Franklin Pierce (1853-1857)
15. James Buchanan (1857-1861)
17. Andrew Johnson (1865-1869)
22 e 24. Grover Cleveland (1885-1889 / 1893-1897)
28. Woodrow Wilson (1913-1921)
32. Franklin Delano Roosevelt (1933-1945)
33. Harry S. Truman (1945-1953)
35. John F. Kennedy (1961-1963)
36. Lyndon B. Johnson (1963-1969)
39. Jimmy Carter (1977-1981)
42. Bill Clinton (1993-2001)
44. Barack Obama (2009-)
Os, até
hoje, 18 Presidentes Republicanos:
16. Abraham
Lincoln, 1861-1865
18. Ulysses
Grant, 1869-1877
19. Rutherford Hayes, 1877-1881
20. James Garfield, 1881
21. Chester A. Arthur, 1881-1885
23. Benjamin Harrison, 1889-1893
25. William McKinley, 1897-1901
26. Theodore Roosevelt, 1901-1909
27. William Taft, 1909-1913
29. Warren Harding, 1921-1923
30. Calvin Coolidge, 1923-1929
31. Herbert Hoover, 1929-1933
34. Dwight Eisenhower, 1953-1961
37. Richard Nixon, 1969-1974
38. Gerald Ford, 1974-1977
40. Ronald Reagan, 1981-1989
41. George H. W. Bush, 1989-1993
43. George
W. Bush, 2001-2009
(O
número que precede o nome respeita à sua posição na ordem numérica dos
presidentes e as datas que se lhe seguem referem-se ao respectivo mandato)
A eleição
presidencial nos Estados Unidos realiza-se, em regra, na primeira Terça-feira
do mês de Novembro, de 4 em quatro anos. A próxima está agendada para 06 de
Novembro de 2012.
«O
eleitor típico do Partido Republicano é branco, religioso, favorável ao
capitalismo e às reduções de impostos. No campo social, defende políticas
conservadoras de defesa da família, opõe-se ao casamento entre homossexuais e
ao aborto.»
«O
Partido Democrata se apresenta como uma organização de centro-esquerda, com a
proposta de equilibrar o capitalismo com programas sociais. Apoiado pelos
sindicatos, defende o direito das minorias, ao aborto, à educação pública e às
minorias.» - (site brasileiro Terra/notícias)
Falámos,
antes, algumas vezes em “Founding Fathers”…
Quem foram?
Os Pais
Fundadores dos Estados Unidos foram os líderes políticos que assinaram a
Declaração de Independência ou participaram da Revolução Americana como líderes
dos Patriotas, ou que participaram da redacção da Constituição dos Estados
Unidos da América onze anos mais tarde. Durante a Guerra da Independência, os
Pais Fundadores (Patriotas) opuseram-se aos Lealistas, que apoiavam a monarquia
britânica e eram contra a independência.
De entre
os Pais Fundadores há que distinguir, antes de mais, os 57 signatários da
Declaração da Independência, entre eles John Adams, Benjamin Franklin e Thomas
Jefferson.
Depois
temos os 55 representantes dos diversos estados, delegados da Convenção
Constitucional, 40 dos quais estiveram presentes durante toda a Convenção e
aprovaram a Lei Fundamental, entre eles Benjamin Franklin, James Madison,
George Washington (presidente), James Wilson e William Jackson (secretário).
Houve
mais 12 delegados que, no entanto, saíram da convenção e não a assinaram. Além
de 3 delegados que se recusaram a assinar.
Por fim
costuma referir-se a existência de mais 19 outros fundadores, designadamente
George Clinton (5º e 6º vice-presidente), John Marshall (o quarto Juiz
Presidente do Supremo Tribunal dos Estados Unidos), James Monroe (quinto
Presidente dos Estados Unidos da América), Peyton Randolph (presidente do
Primeiro Congresso Continental), Marquês de La Fayette (major francês,
originalmente um voluntário, que foi vital para conseguir o apoio da França à
revolução), Friedrich Wilhelm von Steuben (general prussiano que reorganizou o
Exército e que contribuiu para a vitória), Charles Thomson (secretário do Congresso
Continental - um dos responsáveis pelo desenho do Grande Selo dos Estados
Unidos da América)
Temos,
pois, pelo menos, 116 “pais fundadores”.
Barack
Obama foi o presidente mais votado da história dos Estados Unidos. Em 4 de Novembro
de 2008 foi eleito o 44º presidente, tomando posse no dia 20 de Janeiro de 2009.
Já
anunciou formalmente (04.04.2011) a sua recandidatura à eleição de Nov de 2012
Actualmente,
desde 03.01.2011 e até 03.01.2013, decorre o 112º Congresso (como aí se designa
a legislatura) dos Estados Unidos.
Assinatura
de George Washington
2 comentários:
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