. ano 1428/1429 dH do calendário islâmico (Hégira)
. ano 2760 Ab urbe condita (da fundação de Roma)
. ano 4703/4704 do calendário chinês. ano 5767/5768 do calendário hebraico
DE ACORDO COM A TRADIÇÃO, COM O CALENDÁRIO DA ONU OU COM A AGENDA DA UNESCO:
2001/2010 - Década para Redução Gradual da Malária nos Países em Desenvolvimento, especialmente na África.
2001/2010 - Segunda Década Internacional para a Erradicação do Colonialismo.
2001/2010 - Década Internacional para a Cultura da Paz e não Violência para com as Crianças do Mundo.
2003/2012 - Década da Alfabetização: Educação para Todos.
2005/2014 - Década das Nações Unidas para a Educação do Desenvolvimento Sustentável.
2005/2015 - Década Internacional "Água para a Vida".2007 Ano Internacional da Heliofísica
Domingos Bomtempo
Estão decorridos 232 anos, foi na QI 28DEZ1775: nasceu, em Lisboa, o pianista e compositor João Domingos Bomtempo.
Nesse ano reinava D. José (25º) e pontificava Pio VI (250º), que fora eleito em 15FEV do mesmo ano; e também nesse ano foi inaugurada em Lisboa, no Terreiro do Paço, da estátua equestre de D. José, da autoria do escultor Machado de Castro (06JUN).
Como foi ainda o ano em que se iniciou a revolução americana e se realizou o II Congresso Continental em Filadélfia; em que Diderot iniciou a crítica de arte; em que o dramaturgo francês Beaumarchais escreveu a peça “O Barbeiro de Sevilha”, que Rossini transformaria em ópera.
D. Bomtempo morreu, igualmente em Lisboa, na QI 18AGO1842, com 67 anos incompletos. Ano em que reina D. Maria II (30º), pontifica Gregório XVI (254º); se dá o golpe de Costa Cabral e o início da ditadura (27JAN); é aclamada a Carta em Lisboa (11FEV); morre Stendhal (23MAR) e nasce Antero de Quental em Ponta Delgada (18ABR).
Bomtempo era filho do músico italiano Francesco Saverio Buontempo, oboísta na Corte de Lisboa, e seu primeiro professor de Música.
Domingos fixou-se em Paris (1801), onde as suas obras foram aclamadas. A partir de 1810, dividiu o seu tempo entre Portugal, Paris e Londres, instalando-se definitivamente em Lisboa em 1820, para criar a primeira sociedade filarmónica portuguesa — Filarmónica de Lisboa (1822).
Liberal convicto, foi impiedosamente perseguido pelos absolutistas.
Restabelecido o poder dos liberais, foi professor de música da rainha D. Maria II e o fundador e primeiro director do Conservatório Nacional de Lisboa (1835).
Virtuoso intérprete, deixou obra importante, como a op. 23, Missa de Requiem (à Memória de Camões), a quatro vozes para coro e grande orquestra.
Em Maio de 1809, o jornal Le publiciste assinalava: a sua maneira de tocar piano conquistou todos pela sua agilidade e energia de execução, pela nobreza e grandeza de estilo que tão raramente se vêm unidos no mesmo grau. No ano seguinte a sua 1ª Sinfonia é alvo dos maiores elogios por parte da crítica parisiense.
A sua obra como compositor é relativamente extensa, abrangendo trabalhos das mais variadas formas musicais: concertos, sonatas, fantasias e variações que compôs para o seu instrumento de eleição, o piano (algumas com acompanhamento de violino), que combinam uma escrita brilhante muito ao estilo de Clementi (o compositor italiano que mais o influenciou e a quem o ligavam laços de amizade desde Paris), que nasceu em Roma em 23 de Janeiro de 1752 e morreu aos 80 anos, em Worcestershire, perto de Londres, em 10MAR1832, e que compôs mais de 100 sonatas, as famosas sonatinas Op. 36 e 38; sinfonias; aberturas... Além de que foi director da Phillarmonic Societ em Londres.
Estrelas de primeiríssima grandeza na arte musical, na época, como foram um Beethoven, um Mozart e um Haydn, entre outros, ofuscavam, naturalmente, outros grandes valores que emergiam na mesma área.
Daí que não restasse tempo nem espaço aos amantes e estudiosos da música, para descobrir, estudar e apreciar um Clementi, de créditos mais firmados, quanto mais um Bomtempo, de menor projecção e mais reduzida obra.
Na verdade, Bomtempo foi contemporâneo, e praticamente da mesma geração que Beethoven (este mais velho 5 anos) como foi contemporâneo, mais de Mozart e Clementi (o primeiro mais velho que ele 19 anos, o segundo 23) do que de Haydn, em relação ao qual era mais novo 43 anos.
As duas sinfonias de Domingos Bomtempo (admitindo-se a existência de mais cinco) revelam talvez de uma forma mais evidente a sua personalidade, mostrando uma assimilação, muito rara em músicos ibéricos daquele tempo, da música germânica do período clássico de Haydn (31 de Março de 1732- 31 de Maio de 1809), Mozart (27 de Janeiro de 1756-5 de Dezembro de 1791) e Beethoven (16 de Dezembro de 1770-26 de Março de 1827).
Nesse ano reinava D. José (25º) e pontificava Pio VI (250º), que fora eleito em 15FEV do mesmo ano; e também nesse ano foi inaugurada em Lisboa, no Terreiro do Paço, da estátua equestre de D. José, da autoria do escultor Machado de Castro (06JUN).
Como foi ainda o ano em que se iniciou a revolução americana e se realizou o II Congresso Continental em Filadélfia; em que Diderot iniciou a crítica de arte; em que o dramaturgo francês Beaumarchais escreveu a peça “O Barbeiro de Sevilha”, que Rossini transformaria em ópera.
D. Bomtempo morreu, igualmente em Lisboa, na QI 18AGO1842, com 67 anos incompletos. Ano em que reina D. Maria II (30º), pontifica Gregório XVI (254º); se dá o golpe de Costa Cabral e o início da ditadura (27JAN); é aclamada a Carta em Lisboa (11FEV); morre Stendhal (23MAR) e nasce Antero de Quental em Ponta Delgada (18ABR).
Bomtempo era filho do músico italiano Francesco Saverio Buontempo, oboísta na Corte de Lisboa, e seu primeiro professor de Música.
Domingos fixou-se em Paris (1801), onde as suas obras foram aclamadas. A partir de 1810, dividiu o seu tempo entre Portugal, Paris e Londres, instalando-se definitivamente em Lisboa em 1820, para criar a primeira sociedade filarmónica portuguesa — Filarmónica de Lisboa (1822).
Liberal convicto, foi impiedosamente perseguido pelos absolutistas.
Restabelecido o poder dos liberais, foi professor de música da rainha D. Maria II e o fundador e primeiro director do Conservatório Nacional de Lisboa (1835).
Virtuoso intérprete, deixou obra importante, como a op. 23, Missa de Requiem (à Memória de Camões), a quatro vozes para coro e grande orquestra.
Em Maio de 1809, o jornal Le publiciste assinalava: a sua maneira de tocar piano conquistou todos pela sua agilidade e energia de execução, pela nobreza e grandeza de estilo que tão raramente se vêm unidos no mesmo grau. No ano seguinte a sua 1ª Sinfonia é alvo dos maiores elogios por parte da crítica parisiense.
A sua obra como compositor é relativamente extensa, abrangendo trabalhos das mais variadas formas musicais: concertos, sonatas, fantasias e variações que compôs para o seu instrumento de eleição, o piano (algumas com acompanhamento de violino), que combinam uma escrita brilhante muito ao estilo de Clementi (o compositor italiano que mais o influenciou e a quem o ligavam laços de amizade desde Paris), que nasceu em Roma em 23 de Janeiro de 1752 e morreu aos 80 anos, em Worcestershire, perto de Londres, em 10MAR1832, e que compôs mais de 100 sonatas, as famosas sonatinas Op. 36 e 38; sinfonias; aberturas... Além de que foi director da Phillarmonic Societ em Londres.
Estrelas de primeiríssima grandeza na arte musical, na época, como foram um Beethoven, um Mozart e um Haydn, entre outros, ofuscavam, naturalmente, outros grandes valores que emergiam na mesma área.
Daí que não restasse tempo nem espaço aos amantes e estudiosos da música, para descobrir, estudar e apreciar um Clementi, de créditos mais firmados, quanto mais um Bomtempo, de menor projecção e mais reduzida obra.
Na verdade, Bomtempo foi contemporâneo, e praticamente da mesma geração que Beethoven (este mais velho 5 anos) como foi contemporâneo, mais de Mozart e Clementi (o primeiro mais velho que ele 19 anos, o segundo 23) do que de Haydn, em relação ao qual era mais novo 43 anos.
As duas sinfonias de Domingos Bomtempo (admitindo-se a existência de mais cinco) revelam talvez de uma forma mais evidente a sua personalidade, mostrando uma assimilação, muito rara em músicos ibéricos daquele tempo, da música germânica do período clássico de Haydn (31 de Março de 1732- 31 de Maio de 1809), Mozart (27 de Janeiro de 1756-5 de Dezembro de 1791) e Beethoven (16 de Dezembro de 1770-26 de Março de 1827).
Contudo, “a música de Bomtempo, apesar de revestida de inegável qualidade e de ter alargado o panorama musical português da época, não é vanguardista sendo mesmo menos moderna que a de Haydn e Mozart e muito menos do que a de Beethoven (...). Por último é importante referir que João Domingos Bomtempo foi sempre defensor dos valores portugueses e na sua obra assumem posição de relevo os valores da liberdade individual e da soberania da nação portuguesa”. (cfr Wikipédia)
Deixando uma obra a que muitos críticos estrangeiros fazem lisonjeiras referências, “Domingos Bomtempo foi, a todos os títulos, uma figura notável da história da arte em Portugal, ocupando, sem favor, lugar entre os grandes reformadores oitocentistas da cultura portuguesa. A sua obra, à frente do Conservatório foi inovadora e imbuída de uma modernidade notável para a sua época. Se não produziu, depois, melhores frutos, foi porque, infelizmente, não houve continuadores à sua altura. Virtuoso de craveira internacional (...) como compositor, grande parte da sua obra é desconhecida, o que torna difícil a avaliação exacta do seu talento. No entanto, e se outros méritos não houvesse que lhe atribuir - coube-lhe o papel histórico de ter sido o primeiro português a tentar as formas sinfónicas, quebrando uma tradição que muito diminuía a nossa cultura musical”. (Cfr site Compositores portugueses).
Da sua obra há que destacar as Sonatas para piano, a já referida Missa de Requiem (à Memória de Camões), a 2.ª Sinfonia, Variações «Alessandro in Éfeso», Fantasia e Variações sobre Uma Ária de Mozart, etc. A Secretaria de Estado da Cultura, na sua Biblioteca Básica Nacional, tem editado as suas obras – pode ler-se em “Vidas Lusófonas”
Deixando uma obra a que muitos críticos estrangeiros fazem lisonjeiras referências, “Domingos Bomtempo foi, a todos os títulos, uma figura notável da história da arte em Portugal, ocupando, sem favor, lugar entre os grandes reformadores oitocentistas da cultura portuguesa. A sua obra, à frente do Conservatório foi inovadora e imbuída de uma modernidade notável para a sua época. Se não produziu, depois, melhores frutos, foi porque, infelizmente, não houve continuadores à sua altura. Virtuoso de craveira internacional (...) como compositor, grande parte da sua obra é desconhecida, o que torna difícil a avaliação exacta do seu talento. No entanto, e se outros méritos não houvesse que lhe atribuir - coube-lhe o papel histórico de ter sido o primeiro português a tentar as formas sinfónicas, quebrando uma tradição que muito diminuía a nossa cultura musical”. (Cfr site Compositores portugueses).
Da sua obra há que destacar as Sonatas para piano, a já referida Missa de Requiem (à Memória de Camões), a 2.ª Sinfonia, Variações «Alessandro in Éfeso», Fantasia e Variações sobre Uma Ária de Mozart, etc. A Secretaria de Estado da Cultura, na sua Biblioteca Básica Nacional, tem editado as suas obras – pode ler-se em “Vidas Lusófonas”
capa de uma Marcha
“O período de 1810 a 1814 , período em que permanece ininterruptamente em Londres foi, de facto, fértil em produções, às quais pertencem, por exemplo, as 3 Grandes Sonatas, op. 9, o Hino Lusitano, op.10, a I Grande Sinfonia, op. 11, a Marcha de Lord Wellington , assim como mais sonatas e concertos. Em 1820 e, na sequência do movimento liberal em Portugal, Bomtempo regressa a Lisboa, desde logo mostrando-se simpatizante da causa e compondo diversas obras evocativas desses novos momentos da nação portuguesa. É o caso, por exemplo , da Missa "composta em obséquio da Regeneração Portugueza" e que será executada , juntamente com o Te Deum em Fá M na festa do juramento das Bases da Constituição, na Igreja de S. Domingos (29 Março de 1821). No mesmo ano dirige o Requiem, em primeira audição lisboeta, na mesma igreja, em memória dos supliciados de 1817 e do General Gomes Freire de Andrade. Compõe, ainda uma Serenata em Fá M a qual inclui várias variações sobre o Hino da Carta. Em Junho de 1834 retoma o projecto de criação de um estabelecimento de ensino da música, que ficara adiado em 1822 (...) Finalmente, a 5 de Maio de 1835 é criado, por decreto o "Conservatório de Música", que ficou anexo à Casa Pia e, do qual Bomtempo foi nomeado Director. Mais tarde, no âmbito do projecto de Almeida Garrett, esse mesmo Conservatório seria transformado em Escola de Música e anexado ao Conservatório Geral de Arte Dramática que se instalaria no Convento dos Caetanos, escola de que permanece director. escrevendo no seu último ano de vida um "Tantum Ergo, Kyrie, Gloria e Credo", dedicado a D.Fernando II, mas cuja partitura (como tantas outras ), se perdeu” – cfr site do Conservatório Nacional - dados de Maria José Borges.